Assisti a peça O Caminho para Meca de Yara de Novaes no Teatro Cosipa Cultural. Uma amiga em convidou para ver esse espetáculo e não titubeei. É com a maravilhosa Cleyde Yáconis que simplesmente arrasa! Tinha visto há uns anos ela deslumbrante em Longa Jornada de um Dia Noite Adentro e não queria perder esse espetáculo. O texto me surpreendeu, é fascinante, não conhecia nada desse autor Athol Fugard que nasceu na África do Sul. Gostei tanto das frases que fui procurar livros do autor, achei traduzido somente um na Livraria Cultura e já coloquei na minha lista de desejos.
O texto é inspirado em Helen Elizabeth Martins, que viveu entre 1897 e 1976 em um vilarejo na África do Sul. Ela recebe uma visita inesperada de uma amiga que viajou 12 horas de carro para vê-la. Helen está com bastante idade e relata a amiga que o pastor e moradores do vilarejo desejam enviá-la para um asilo. Esse pastor inclusive aparece mais tarde para buscar a assinatura de sua suposta amiga. O texto fala de preconceito, racismo, oportunismo, solidão. É de uma beleza inestimável. Essa senhora solitária é uma artista e é incompreendida pelos habitantes convencionais de onde mora. A amiga é interpretada por Lúcia Romano e o pastor por Cacá Amaral. Gostei demais do cenário de O Caminho para Meca de André Cortez e da belíssima iluminação de Telma Fernandes. As belíssimas fotos são de João Caldas.
Essa peça estreou um novo espaço cultural, o Teatro Cosipa Cultura. Fiquei muito feliz de ver mais um espaço cultural em São Paulo e fora dos locais tradicionais. Várias vezes ouço conhecidos dizerem que não vão ao teatro porque ficam longe. Acho muito importante a criação de espaços culturais em vários bairros da cidade. O Teatro Cosipa Cultura me impressionou pela facilidade de chegar. É um pouco longe de onde moro, mas é tão fácil e seguro que fiquei tranqüila. Fica em frente aos prédios do Itaú, ao lado do Metrô Conceição e com estacionamento dentro. O teatro fica dentro do Centro Empresarial do Aço que também não conhecia. E fiquei impressionada como o teatro é grande e bem dimensionado.
Música do post: Ladysmith Black Mambazo - Ngingenwe Emoyeni (South Africa)
Pôxa, me deu vontade de ver...
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Aquela mansão em Higienópolis é o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo? Poxa vida, eu estudei no Sion, por 13 anos, que fica a frente e não sabia kkkk...Bjs e parabéns pelo novo visual do blog! Ficou mais leve. Bjs, Fabio
ResponderExcluirEu gosto muito da Cleyde Yáconis, mas a peça me parece muito triste , não?
ResponderExcluirBeijos
Que bom que fizeram essa peça aqui no Brasil. Quero muito assistir!
ResponderExcluirJá vi 3 vezes em Buenos Aires, com a China Zorrilla (atriz de Elsa e Fred), inclusive eles se apresentaram em Porto Alegre no ano passado.
Esse teatro novo ficou muito bonito.
que bom que gostou, querida, fico feliz. Infelizmente não partilho da mesma opnião, o texto não me pegou, achei bem enfadonho. Mas ver a Cleyde em cena é sempre um grande prazer. Beijos, Erika
ResponderExcluirEi!! Blog com novo visual. Acho que eu preferia o outro, com um clima mais cult.
ResponderExcluirLegal saber desse novo teatro. Adorei que você colocou a música da Ladysmith Black Mambazo. Desde que eles gravaram com o Paul Simon, fiquei fã desse conjunto.
Denise
aqueta, acho que esse espetáculo vai ser mais difícil de ver já que não deve viajar. mas há o livro no idioma original, em inglês.
ResponderExcluirfabio, não é em frente ao sion não, é um quarteirão antes da angélica, não depois. mas era onde ficava o consulado da itália, faz pouco tempo que o istituto italiano di cultura está lá e faz menos tempo ainda que tem promovido eventos gratuitos lá.
marion, a moça que viaja vai para defender a amiga então atenua um pouco a tristeza.
camila, que máximo, é raro eu falar de peças de teatro e alguém ter visto ao menos alguma montagem. adorei. eu tb gostei do teatro.
erika, eu amei o texto. obrigada pelo convite.
oi dê, eu achei esse cult tb hehe. nossa, vc conhece a música, procurei por south africa na verdade, nunca tinha ouvido. queria uma música para ilustrar o post da obra desse escritor sul-aficano.
Será que ninguém filmou a peça com Cleide Yáconis e a guardou pra prosperidade em algum arquivo acessível? @ a.versiani (Instagram)
ResponderExcluirEu gostaria imensamente de assistir essa peça. Seria possível, mesmo após seu passamento?(alguém pode ter filmado)
ResponderExcluirQuero assistir a peça. Meu email: andreversiani@gmail.com
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