sábado, 4 de agosto de 2012

Longford

Assisti Longford (2006) de Tom Hooper no HBO Signature. Faz tempo que tento ver esse filme na tv a cabo. É um filme muito interessante, sobre um homem que acredita na fé, que o ser humano, qualquer um, mesmo um assassino, tem o direito de se redimir e de se arrepender. É um olhar que chega até a ser tolo, inocente demais, mas não há como não tentar pensar sobre esse olhar dele. Adoro a Samantha Morton, umas das atrizes atuais que mais gosto, a complexidade de suas interpretações são fascinantes. Ela interpreta uma jovem, que junto com o seu namorado, tortura, abusam sexualmente e matam crianças. No próprio julgamento o namorado assume que foi a obsessão de sua namorada que a fez aceitar tudo, por amor a ele. 

Acreditando nessa versão, esse homem de fé comete vários erros, não só de análise, mas de procedimento. A detenta pede livros e o primeiro que ele envia é sua autobiografia. Sabemos o quanto mentes perversas manipulam, e essa presidiária teve a mão tudo o que precisava para manipular esse homem para atender aos seus objetivos, conseguir liberdade condicional.  É interessante que o namorado chama esse homem. Esse assassino é mais agressivo, menos doce e sedutor, então o homem de fé logo se antipatiza com ele, em vez de analisar friamente que o outro não o seduziu e que o outro tinha a dizer. Muitas fichas de detentos que fizeram atos abomináveis, em geral, na prisão, são os mais simpáticos, solícitos, colaborativos, companheiros, muitas vezes levam o título de presos exemplares. Isso não significa arrependimento, bom comportamento quando estiver sem a vigilância do estado. Esse senhor de fé é interpretado por Jim Broadbent. A esposa por Lindsay Duncan. O namorado assassino por Andy Serkis. Longford ganhou Bafta de Melhor Ator, Melhor Edição e Melhor Roteiro.
Beijos,

Pedrita

5 comentários:

  1. Interessante, mas eu acredito muito pouco na regeneração humana.

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  2. O único filme que eu lembro da Samanta Morton é aquele Con Air que ela fazia par com o Christian Slater.
    Big Beijos

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  3. enaldo, eu quase não vi pelo mesmo motivo, mas o filme mostra exatamente a ingenuidade de quem acredita na salvação de quem não sente culpa.

    lulu, nem sei q filme é esse.

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  4. Me pareceu ser um filme muito forte.

    Dificil acreditar em alguém com um passado tao negro assim.

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  5. georgia, é muito forte mesmo, mas eu gostei muito.

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