sábado, 12 de abril de 2014

Ocupação Zuzu

Fui na mostra Ocupação Zuzu no Itaú Cultural. A curadoria é da filha Hildegard Angel. No primeiro andar várias obras que consagraram Zuzu Angel como estilista no Brasil e no mundo. Ela sempre utilizava referências brasileiras, rendas. Há vestidos com rendas maravilhosos.

No subsolo começa o momento trágico na vida da estilista. Após o desaparecimento de seu filho Stuart Angel. A moda então passa a ser de protesto.  Inicialmente Zuzu Angel procurava o filho até que teve uma informação não-oficial que o filho estava morto, que tinha sido morto pela ditadura, então a estilista começa a luta pelo direito de enterrar o seu filho. Sua angústia é tanta que em um desfile na embaixada brasileira nos Estados Unidos ela faz um apelo. Pouco depois sofre um acidente, hoje já confirmado como assassinato. No subsolo há muitos documentos dessa busca incansável. Quem visita pode deixar bilhetes. É muito triste. A história da Zuzu Angel pode ser vista no filme. Um pouco antes de morrer ela deixou uma carta para o Chico Buarque. Ele fez uma música para ela.

Beijos,

Pedrita

8 comentários:

  1. Deve ser bem interessante. Se a mostra vier para cá, vou querer ver.

    Gostei bastante do filme. Cresci ouvindo muito sobre ela, já que a minha avó conheceu pessoalmente e tinha histórias para contar, mas na época não sabiam muito sobre o que estava acontecendo.

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    1. bruxa, era uma época que pouco se podia falar, tudo era motivo para censura, prisões e torturas. tudo devia ser escondido. triste período da nossa história.

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  2. Essa carta que ela deixou está exposta na exposição?

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  3. Oi, Pedrita,

    A Zuzu Angel foi mesmo uma mulher notável. A ditadura, por sua vez,
    foi uma coisa horrível, uma mancha que jamais será apagada da nossa
    história.

    Um beijo e boa noite

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    1. marly, insuportável mesmo. e o filme dá bem essa dimensão. zuzu angel era reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho. não era ligada na ditadura. mas a tortura invadiu a sua vida matando o seu filho torturado e matando-a por querer enterrá-lo. triste período da nossa história.

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  4. Não sou crítica do regime militar. Acho que se veio, foi necessário.
    Via o medo constante de meu pai indo ao trabalho e a baderna na rua. O medo que ele não conseguisse voltar do seu trabalho de funcionário público, para casa era assustador.
    E quem entra numa guerra deve está preparado para tudo.
    O que a gente não está preparada é, para não está em guerra, conviver com 143 mortes/dia, por violência, segundo as estatísticas oficiais.
    Sei pouco de Zuzu Angel, mas lembro de ter lido essa luta em busca do filho. Ela morreu num acidente, desses que tem aos montes todos os dias, sem que haja punição para os infratores.

    O filme RUGAS ainda não voltou a passar.
    Vi hoje pela 4ª vez documentário sobre Cândido Portinari, na voz linda do Herson Capri.

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