domingo, 27 de março de 2016

A Letra Escarlate

Terminei de ler A Letra Escarlate (1850) de Nathaniel Hawthorne da Martin Claret. Eu queria muito ler esse livro e comprei essa edição que é bem acessível. É muito bonita a capa mas não tem nada a ver com a obra. Eu sempre quis ler desde que soube dos filmes sobre ele. O maravilhoso do Wim Wenders eu vi em 2011 e coloquei aqui. A Fátima do Abkadraba - Coisas da Vida comentou que leu desse autor A Casa das Sete Torres, eu também li esse e comentei aqui. O post da Fatima sobre esse livro fica aqui. Eu tinha gostado muito desse livro e do estilo do autor.

Obra Autumn on the Deleware de Thomas Worthington Whitredge

Uma mulher é obrigada a andar com a letra A escarlate na roupa porque ela engravidou com o marido ausente há anos. É impressionante o quanto essa obra é feminina, o quanto parece que foi escrita por uma mulher. O livro começa com a filha do adultério bebê, a mãe presa com a bebê, sendo pressionada a dizer quem foi o homem que pecou com ela. E essa mulher nada diz.

Obra Menina do Camponês de William Morris Hunt

Essa mulher é condenada a viver com a letra A escarlate bordada no peito.Ela usa roupas austeras para que não chamassem a atenção, só a letra vermelha destoava da tentativa de invisiblidade. Ela leva a filha em tudo quanto é lugar, já que pega trabalhos para bordar, é exímia bordadeira. Aos poucos a cidade vai se acostumando com essa mulher e sua filha. A menina é hostilizada por outras crianças da cidade que repetem o que os pais dizem e passa a revidar, assustando as outras crianças que passam a ter medo de hostilizá-la. A mulher ajuda os mais pobres, ouve os problemas dos outros, dá conselhos e aos poucos ela e a letra escarlate passam a ser vistas como um consolo, como algo bom. O quanto o tempo muda a percepção das pessoas e tudo se atenua. É uma bela e sensível obra!

Nessa edição há uma biografia do autor. A Letra Escarlate é o seu primeiro livro, ele já tinha trechos de livros escritos guardados, mas trabalhava muito. Quando perdeu seu emprego foi incentivado por sua esposa a debruçar na obra. Foi só depois de outras obras publicadas é que começou a ter mais visibilidade. A Letra Escarlate é considerada a sua obra-prima.

Beijos,
Pedrita

18 comentários:

  1. Sou louca para ler esse livro, vi o filme e gostei muito da trama. Bom saber que vale a pena ler.
    Beijos
    Adriana

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  2. Olá Pedrita!
    Pela resenha deve ser um ótimo livro, eu ainda não assisti
    o filme. Obrigada por mais essa dica preciosa!

    Beijos, ótima semana!

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    1. andréa, tem muitas versões de filme do livro que é ótimo.

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  3. Pedrita
    como sabes comentei este livro há pouco tempo. Também gostei muito. Mas ao ler o teun comentário ocorreu-me o seguinte: não há aqui um paralelismo entre o feminino ligado à liberdade e o masculino associado à tradição e à rigidez de pensamento?

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    1. manuel, agora que lembrei que o seu post me instigou a pegar esse livro que estava na estante a ler. realmente o feminino é muito mais libertador na obra. mais corajoso. a coragem está no feminino.

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  4. Esse dias de não fazer nada, fiz montes de coisas desordenadamente.
    Conclusão, o que comecei a ler, nem cheguei no meio.
    Bagunça total.
    Pensei que tinha esse livro.
    Não tenho.

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    1. liliane, tb meu feriado foi anárquico. mas esse livro eu já tinha terminando faz tempo.

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  5. Pedrita, eu li o livro e assisti ao filme quando tava na faculdade. Eu amei ambos. Claro, ela uma mulher forte,decidida, já ele, um covarde sem classificação além disso. Recomendo, super obra-prima.

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    1. ruby, exatamente, um covarde em nome de deus. muito atual.

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  6. Eu também gosto muito do estilo dele, que influenciou vários outros autores norte americanos. E foi bom ler A casa das sete torres, agora, vou procurar esse que você acaba de ler. Sei que tem um filme com a Demi Moore, mas eu não vi. Legal fala do meu Abrkdbra. Merci!

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    1. fatima, eu gostei muito. falam q esse filme é sofrível. eu vi o do wim wenders que é ótimo.

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  7. Eu assisti a versão apenas razoável protagonizado por Demi Moore nos anos noventa.

    Bjos

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    1. hugo, essa versão não tenho muita vontade de ver. veja a do wim wenders q é incrivel.

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  8. Ainda não tive oportunidade de assistir o filme e ler o livro, mas sua resenha despertou minha curiosidade. A trama parece ser bem intensa, ótima dica!

    Beijos, Pri
    vintage.blogspot.com

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  9. Pois já ouvi falar deste livro, embora nunca o tenha lido.

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