Terminei de ler A Condição Humana (1933) de André Malraux. Comprei esse livro em um sebo por R$ 10,00, mas ele é encontrado nas livrarias. Tive dificuldade de ler porque não é um livro que sinto identidade nem facilidade de continuar a sua narrativa. Apesar de A Condição Humana ter sido escrita por um francês, fala de um período na China, entre 1927, na época da revolução comunista. Sobre o quanto achavam louvável o uso de armas, homens bombas, para salvar o povo de uma opressão, como se os sistemas comunistas não fossem igualmente opressores e violentos.
Me impressionou um momento que deixam claro que a morte é o sentido do sofrimento. Falamos atualmente tanto em terroristas e esquecemos quantos revolucionários tinham orgulho em colocar em risco a própria vida por uma causa, como se essa fosse a justificativa do seu comprometimento. Também acreditavam na luta armada, violência, guerras e mortes pelos seus ideais. Eu não concordo com essa visão violenta.
A Condição Humana é um livro difícil, em guerra o tempo todo, com muitas mortes, inclusive de crianças para uma utopia que leva igualmente os povos a opressão. O autor foi chefe de uma esquadrilha, a favor dos republicanos espanhóis.
Seguem alguns trechos de A Condição Humana de André Malraux:
“Ousaria Tchen erguer o mosquiteiro?”
“-Por que gasta ele então todo o seu dinheiro numa noite, senão para dar-se a ilusão de ser rico?...
...- Tudo se passa como se ele tivesse querido demonstrar a si mesmo, ontem à noite, que, embora tivesse vivido durante dez horas como um homem rico, a riqueza não existe. Porque, então, a pobreza também não existe. O que é essencial. Nada existe: tudo é sonho. Não esqueça o álcool, que o ajuda...”
“-E metade das feridas morrerá... O sofrimento não pode ter sentido senão quando leva à morte e leva quase sempre.”
“É bom que existam a submissão absoluta da mulher, a concubinagem e a instituição das prostitutas. É porque meus antepassados pensaram assim que existem estas belas pinturas de que se orgulha, e eu também. A mulher está submetida ao homem como o homem está submetido ao Estado; e servir o homem é menos duro do que servir o Estado.”
Beijos,
Pelo o que eu entendi, esse livro nos que proporcionar uma reflexão sobre guerras, morte e violência.
ResponderExcluirPasse lá no meu blog e deixe seu comentário!!!
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ResponderExcluirNunca consegui entender os comunistas. É sempre interessante ler sobre épocas difíceis que fazem parte da história de um país.
ResponderExcluirCamila
mesmachuva.blogger.com.br
Eu gostei da pintura oriental. Linda, linda!
ResponderExcluircamila, também não.
ResponderExcluirmarion, eu também adorei esse pintor. sempre procuro pintores dos países do livro ou mencionados no livro, e no período da publicação do livro e sempre tenho gratas surpresas. além de descobrir pintores que desconhecia.
Oi, Pedrita.
ResponderExcluirEstou aqui para falar do seu blog como um todo, a concepção geral que vc deu a ele. Um blog extremamente caprichado, meticuloso em cada postagem, um painel de gostos construído com carinho e delicadeza.
Parabéns, e obrigado pela passadinha que deu no meu!
Beijos!
Marcelo Novaes
Oi, Pedrita.
ResponderExcluirEstou aqui para falar do seu blog como um todo, a concepção geral que vc deu a ele. Um blog extremamente caprichado, meticuloso em cada postagem, um painel de gostos construído com carinho e delicadeza.
Parabéns, e obrigado pela passadinha que deu no meu!
Beijos!
Marcelo Novaes