segunda-feira, 7 de maio de 2012

Adrienn Pál

Assisti Adrienn Pál (2010) de Ágnes Kocsis no Max. Tenho gostado bastante dessa diversificação de filmes nos canais HBO. Eles trazem filmes premiados ou não de vários países, mesmo que esses filmes não sejam maravilhosos. Há mais possibilidades e visões, mais filmes experimentais. O Telecine Cult traz mais filmes de diretores consagrados e durante o dia passa só quase filmes clássicos americanos. Diversifica muito pouco. No Max eu tenho visto filmes muito interessantes, que debatem questões pouco abordadas, temas tabus, tenho gostado muito. O diretor de Adrienn Pál é húngaro. O filme é uma co-produção entre a Hungria, Áustria, França e Holanda.

Adrienn Pál é um desses filmes diferentes. Nossa protagonista é enfermeira de uma seção para doentes terminais. Ela trabalha 18 anos nessa seção. Faz tudo automático. Costuma contar a quantidade de mortos em um dia, uma vez foram cinco pessoas. E em geral, se é o plantão dela, é ela que leva os mortos para o IML. Ela é calada, demorei pra descobrir que o homem que fala sempre com ela é o marido dela. Ele implica com ela o tempo todo e fala o tempo todo em como ela tem que fazer regime. Até que um nome de um paciente faz ela procurar uma antiga amiga de colégio, na infância. Conversando com as pessoas, quase ninguém lembra da amiga dela, mas quase todos lembram dela, já que ela era uma menina extrovertida e bem humorada. Fico pensando onde a alegria dessa mulher se perdeu. Ela é rotineira e silenciosa, tanto que é o que incomoda nos colegas de trabalho. É mais um filme que retrata essas pessoas introspectivas, que vivem em um mundo próprio e que pouco conhecemos pelos seus excessivos silêncios. Mas conseguimos ver que essa enfermeira é dedicada, carinhosa e responsável, mesmo em seu silêncio. A atriz está incrível e é interpretada pela Éva Gábor.  O filme é praticamente com ela, os outros aparecem menos: István Znamenák,  Ákos Horváth e Lia Pokórny. 

Beijos,
Pedrita

7 comentários:

  1. Nunca ouvi falar e gostei da dica. Infelizmente não tenho HBO. Parece que a introspecção dela tem a ver com o trabalho alienado, não?

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  2. Você tem razão, Pedrita, no telecine Cult são só os classicos, não passa nada diferente, pena que não tenho HBO. O filme parece do tipo que eu gosto. Beijos, boa semana

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  3. Oi Pedrita.

    Nunca tinha ouvido falar desse filme mas fiquei bem interessada.
    Também não tenho HBO. É uma pena ...

    bjs,
    Elvira

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  4. Pedrita, a gente nunca tem idéia de como sao as pessoas que trabalham num hospital. Lutando pela esperanca de vida e perdendo esta esperanca. Imagina ir pra casa com 5 mortos num dia...ai, eu naom poderia nunca ser uma enfermeira...

    Bjao

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  5. Pedrita, voltei aqui para te dizer que hoje no jornal de meio dia daqui foi feita uma pesquisa na Alemanha e a pergunta foi:

    Quando seus pais ficarem velhos você vai cuidar deles ou vc os deixará num asilo para eles?

    73% responderam que ficariam com os pais em casa.

    Tá respondida a tua pergunta.

    Bjao

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  6. realmente o max dos canais hbo variam bem mais, com filmes independentes e de vários países.

    enaldo, eu fiquei na dúvida de onde vinha a introspecção, permite várias leituras.

    anamaria e elvira, acho q vcs iriam gostar.

    georgia, essa enfermeira parece até q está acostumada, mas pelo jeito dela, ficamos na dúvida. obrigada por me informar da pesquisa. apesar q se a pesquisa foi corpo a corpo, as pessoas às vezes fingem outras preocupações. na hora do problema real, aí tudo pode mudar não concorda?

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  7. Também gosto da variedade de filmes do HBO/Max, das mais diversas origens. Esse ainda não assisti. Já anotei e vou procurar os próximos horários.

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