quinta-feira, 21 de março de 2019

3%

Assisti a série 3% (2016) de Pedro Aguilera na Netflix. Queria muito ver essa série e é incrível. Me assustou a atualidade do roteiro. A primeira temporada tem 8 episódios profundamente intensos. 3% é o número de escolhidos para viver em paz, com bons recursos médicos, dignidade. A maioria vive miseravelmente, sem remédios, sem atendimento médico, sem moradias dignas, com pouca água e falta de alimentos. Não é muito diferente do que vivemos hoje e não só no Brasil, mas se compararmos só aqui já vamos ver muitas semelhanças. Só um percentual muito baixo de pessoas de renda muito alta tem acesso aos melhores tratamentos e aos hospitais, a maioria fica em filas monstruosas, esperando tratamentos, procedimentos e remédios. Moradia então nem se fala.

O processo de escolha dos 3% é perverso e liderado pelo personagem do João Miguel. O roteiro é muito inteligente, enquanto os jovens passam por provas absurdas vamos conhecendo a liderança e as histórias de como o processo foi criado. O protagonista está sendo questionado por alguns conselheiros que o consideram muito violento, colocam uma mulher para investigar o processo e a ele. A história dele é triste demais!

O elenco todo é incrível, tinha tempo que eu não via um produto com  um equilíbrio tão grande entre atores de várias origens. Bianca Comparato está impressionante, como gosto dessa atriz. Ela costuma ser chamada para fazer personagens que sofrem violências atrozes, o que não é diferente em 3%. No processo há integrantes infiltrados da causa. A causa quer informações do processo para destruí-lo. A personagem da Bianca é uma infiltrada da causa, outro é o personagem do Rodolfo Valente, gostei muito de reencontrar o trabalho desse ator. O personagem tem caráter muito duvidoso. A rebelde é interpretada por Vaneza Oliveira, que atriz, que personagem difícil. Adoro o ator que interpreta o cadeirante, Michel Gomes, é um rapaz sensível, filho de um fanático religioso do processo, que acredita no processo, mas vive de modo miserável do outro lado. Rafael Lozano é herdeiro de uma família que sempre foi bem nos processos, que sempre foram os escolhidos, é arrogante e se sente superior pelo histórico familiar, ótimo personagem também. Luana Tanaka é outra que participa do processo. O que não faltam são bons personagens.
Viviane Porto é outra que tem um personagem importante, ela entra na diretoria do processo para investigar os métodos do líder que acham que são muito violentos. O conselho então só tem feras: Zezé Motta e Carlos Mamberti. Sistemas perversos promovem uma infinidade de injustiças, liberam o que há de pior nos seres humanos.

Luciana Paes tem um personagem determinante na liderança do processo. Fiquei me perguntando o que a personagem teve que fazer para ganhar um cargo de liderança comparando o que foi solicitado a personagem da Vaneza Oliveira.

Que triste e difícil a personagem da Mel Fronckowiak. Ela só aparece na primeira temporada. Na Netflix já está disponível a primeira e a segunda temporada, estão gravando a terceira. Celso Frateschi interpreta o líder da Causa. A primeira temporada termina com o fim do processo.

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Já havia me determinado a assistir a esta série, agora tô muito mais estimulada!

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  2. Pedrita,
    Deve ser uma série muito boa. Mas já estou tão angustiada com nossa realidade, que estou fugindo de temas como esse.
    Beijo.

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    1. heloisa, verdade. comigo acontece ao contrário. eu não consigo ver filmes fofos, parece que atentam a realidade.

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  3. Olá, querida Pedrita!
    Eu ainda não assisti, deve ser top!

    Um beijo no seu ♥

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  4. Confesso que não tinha me interessado por essa série, li/assisti tanta distopia que comecei a achar todas muito parecidas, massssss sua resenha me deixou curiosa e vou dar uma olhada em 3%

    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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  5. Não tive interesse.
    O que gosto de produções nacionais são novelas que nem tenho assistido.

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    1. liliane, não sei se gostaria dessa série, não tem seu perfil realmente.

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