quinta-feira, 8 de junho de 2017

Rock Story

Assisti Rock Story de Marília Helena Nascimento na TV Globo. A direção era de Dennis Carvalho. Que novela incrível, inesquecível! Em geral não assisto novela das 19h. Só acompanho mesmo às das 18h porque o horário é mais favorável. Mas agora posso gravar, então o que eu perdia eu via no dia seguinte. Em geral sempre vejo o início de todas as novelas, às vezes só o primeiro capítulo. Mas essa me pegou logo e ansiava a hora de começar mais um capítulo diariamente. Que saudades!

Foi muito bem feita a parte musical. Com vários clipes, shows, muito bem realizados. Gordo (Herson Capri) é sócio da Som Discos com sua filha Diana (Alinne Moraes) que é casada com um famoso roqueiro, o Gui Santiago (Vladimir Brichta) que está em decadência. Estourado, ele faz cada vez menos shows. 

A vida de Gui vira do avesso. Um cantor pop, Léo Régis (Rafael Vitti) rouba sua música. Ele descobre que sua esposa está de caso com o rapaz e um filho adolescente que ele não tinha contato é preso e fica sob sua guarda. Muito bem feita a parte empresarial da novela. Lázaro (João Vicente de Castro) era seu empresário.

Surge então Lorena (Nathália Dill), na verdade Júlia, acusado de tráfico e começa a mudar a sua vida. Gui lança então a 4.4. Muito bem feita a construção da banda, o início dos ensaios, a profissionalização dos garotos interpretados muito bem por Nicolas Prattes, João Vitor Silva, Danilo Mesquita e Maicon Rodrigues. Depois um outro integrante apareceu na trama interpretado pelo Enzo Romani. Só a parte erudita é sempre um equívoco. Inacreditável que pesquisam tudo, todo o universo da música, mas acham que sabem como funciona o mercado erudito e cometem uma sucessão de erros. Deviam procurar consultoria exatamente como nas outras áreas.

Linda demais a relação da Gilda (Suzy Rêgo) com o Haroldo, o Coelhão (Paulo Betti). Casados há muitos anos, eles adoravam apimentar a relação e viver personagens. Muito fofo! O filho esconde deles que tem câncer. Inclusive muito bem feitas as cenas, sem exageros de músicas melodramáticas. Com bastante realismo. Mostrou a dureza do tratamento, mas sem sensacionalismo e melodrama. Haroldo era dono da Boi Inimigo, afinal, não há um único boi que seja amigo de uma churrascaria. Lá se apresentava a Rebola Embola, grupo musical que tocava em geral samba com apresentação específica para turistas. Gostei de Rock Story mostrar várias formas de se viver de música.

E vários outros clichês foram quebrados. Gui passa a viver sozinho com o filho. Volte e meia ele prepara lanches para a filha, interpretada pela fofa Lara Cariello, conversa com eles na cozinha lavando louça. Júlia mesmo fica sentada na mesa enquanto Gui prepara o lanche, lava louça. Quando todos vão morar juntos no ap, todos tem funções. Há vezes que o filho está lavando louça. E inclusive em uma cena Gui colocava roupa na máquina e Júlia lavava a louça.

Vários negros integraram o elenco e fora de esteriótipos. Nanda (Kizi Vaz) era o braço direito de Gordo na gravadora e muito talentosa. Ela se apaixona por ele e precisa de tratamento. O advogado (Rocco Pitanga) e o médico (Rodrigo dos Santos), pena que esses dois personagens não tinham histórias completas, atuavam sozinhos, não mostravam família. Mas Luizão (Thiago Justino) era o tio do JF. E sustentava o garoto para que ele pudesse estudar piano. Luizão era o maître da churrascaria.

Amei que Dona Néia ficou com o Ramon. Eu e vários internautas queriam #ForaAlmir. Almir (Evandro Mesquita) era o ex da Néia. Ele era casado, mas mesmo quando ficou viúvo não quis saber dos filhos. Só quando viu que eles viviam a larga em uma casa enorme. Um interesseiro. Ramon já gostava de verdade da Néia. Ajudava a Nèia em tudo o que ela precisava. Muito engraçado os dois fazendo faxina. Ela era muito brava, um dos grandes trabalhos da Ana Beatriz Nogueira. Gabriel Louchard que fez o Ramon também estava muito bem. Ele era explorado pelo Lázaro que o chantageava. Muito bacana mostrar várias famílias com formatos diferentes. Léo Régis que era o dono da mansão e levou a mãe e a irmã pra viverem com ele. A mãe era machista e conservadora.

Gostava muito também da família da Edith, em um grande personagem para Viviane Araújo. Ela era casada com Nelson (Thelmo Fernandes). Ele era o vocalista do Rebola Embola, ela tinha sido a primeira morena do grupo, mas escolheu ser dona de casa e cuidar da família e dos filhos. Ela que percebe que sua filha Vanessa (Lorena Comparato) tem uma paixão fora do normal por Diana, e com cuidado consegue ajudar a filha a ver que essa relação só faz mal a menina, que acaba se apaixonando por Bianca (Mariana Vaz). Para ajudar no faturamento, Edith fazia doces para a churrascaria e para outras pessoas.

Amava os patetas Romildo (Paulo Verlings) e William (Leandro Daniel). Fiquei feliz que eles foram para o interior cuidar de um bebê.  Sim, eram bandidos, mas nunca gostei tanto das trapalhadas desses dois. Eles bem que tentaram arrumar trabalho, serem honestos, mas não conseguiam. E a tia do William? Outros grandes momentos!! E gostei que não transformaram Mariza (Júlia Rabello) em uma mãe zelosa quebrando o clichê do instinto materno. Ela não estava nem aí para o filho, só engravidou para tirar dinheiro do Haroldo, já tinha tentado isso de outros. E foi embora do país largando o filho sem sofrimento. 

Os shows eram demais. Em entrevistas, o elenco contava que tinha todo um trabalho de preparação vocal, ensaios. Adorava a dupla Miro (Guilherme Logullo) e Nina (Fabi Bang). Atores conhecidos de musicais. A história deles também era muito boa. Eles começaram a cantar quando crianças e durante a trama descobrimos que eles não eram irmãos, mas namorados. E que mentiam para o público há anos. Bonito que o público os perdoa depois de um tempo e eles voltam a ativa. Ótimas as apresentações de Laila (Laila Garin), adoro essa atriz. Pena que a personagem não valia nada.

Adorava a Yasmin (Marina Moschen). Irmã de Léo Régis, tinha sido muito pobre e estava deslumbrada com o que o dinheiro poderia comprar. Lindo o romance dela com o Zac. Várias personagens eu adorava: Luana (Joana Borges), Zuleica (Cristina Müllins), Stefany (Giovana Cordeiro) e Astrid (Júlia Marini). Bacana também o personagem do Paçoca (Max Lima). Ele começa ajudando a banda e depois é contratado como técnico na Som Discos. Gostei que mostraram que nem todos se tornam artistas, mas nem por isso as profissões são desinteressantes. Não gostei no final que Lázaro mandou entregar convites gratuitos para lotar o show e colocar a culpa no Gui. Mesmo que ficou provado depois, dificilmente um artista se livra dessa mancha. Muitos vão achar que o Gui comprou alguém pra levar a culpa. E ainda teve uma morte. Foi pesado demais. 

Mas gostei de inovarem no casamento final. Gui e Júlia já tinham casado, inclusive todos os casamentos da novela foram lindos e caprichados. Até mesmo o não casamento da Diana. O casamento final foi do Gordo com a Eva (Alexandra Richter).  Eva era uma psicóloga talentosa.  Adorava os clipes, a trilha, a música de abertura com a Pitty. Foi lindo demais o final primeiro com Vladimir Brichta e Milton Nascimento cantando. Depois os que interpretaram músicos na novela e por último todo o elenco. Foi lindo demais! Inesquecível! Sou fã do Milton Nascimento, mas quem não é?

Beijos,
Pedrita

14 comentários:

  1. Oooooooowwwwnnnn Pedrita 1000 vezes own vc faz resenhas maravilindas!
    Queria tanto saber fazer assim fofis!
    Ainda nem deu para fazer a resenha de Rock Story :/
    eu ameeeei a novela, faz tempo que não tinha uma novela assim bacanuda <3
    Eu era noveleira quando só estudava, depois quando comecei trabalhar e estudar a noite ficou complicado, mas agora que dá para gravar ou ver na GP, ficou mara de novo :)
    Eu já estou com saudades de Story <3
    Ler seu texto foi visualizar toda a história em "letra & música"
    Obrigada por um texto tão adorável!
    Siiiiiiiim eu tb fui #ForaAlmir (bléééééééh)
    e siiiiiim eu ameeei Neia & Ramon <3 muito amorzinho!
    Gostei da realidade do tratamento do Nick, bem real e viável.
    Gostei dos malucos Romildo e Willian, geeeeente como ri da "tia" do Willian :))
    E achei interessante fazer a Marisa descaracterizada de amor maternal.
    E siiiim fofis de mais a "ursinha" e o "coelhão" <3
    Bjs Luli

    Café com Leitura na Rede

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. luli, eu adoraria escrever mais em todos os posts. mas só alguns consigo. tb queria ter mais habilidade. ah, faça a resenha, essa novela foi muito legal. ah, eu fui noveleira depois da faculdade. antes tb trabalhava e estudava não via nada. mas gravar ajuda muito. mas se tem q gravar sempre aí não dá muito certo pq acumula muito capítulo. tb já estou com saudades. #ForaAlmir!!! ´20 vzs bléééé. surtei com a tia do william. ouvíamos a novela toda, foi uma sacada genial. tb achei interessante. essa obrigatoriedade de amor maternal que todos tem é uma arapuca para mães que se perdem após o nascimento do filho.

      Excluir
  2. Pedrita, a novela foi perfeita! Eu já estou morrendo de saudades! Eu não perdi um capítulo. O que eu não consegui a assitir no dia que passava, eu via pelo app GloboPlay. Eu adorei o roteiro, a novela sempre tinha uma história para contar e muitas vezes se resolvia rápido, era como se a novela tivesse temporadas como as séries, Ah, eu amei os shows da novela! Sempre perfeitos! Adorava as performance dos meninos da 4.4! Os atores estavam perfeitos cantando e interpretando. Gostei muito da aproximação do Zac e do Gui, foi realista, bem difícil no começo e depois os dois desenvolveram uma relação linda de pai e filho. A novela me emocionou muito e vários momentos e teve um final lindo! Beijos e adorei o post!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. patry, odiei aquele acidente medonho no final. do resto gostei de tudo. sim, tb gostava muito q sempre tinham novas tramas para acontecer. ágil. os shows foram demais. que produções. tb amei. obrigada.

      Excluir
  3. Adorei a sua resenha. E essa novela vai deixar muitas saudades!!

    ResponderExcluir
  4. Não vi a novela por conta do horário.
    Mas amo as novelas da Globo.
    Vou começar a gravar para não perder.

    Estou super atrasada em ler suas postagens.
    Mas vou ler todas. E comentar, viu?

    ResponderExcluir
  5. Hello, Pedrita!
    A única novela que eu estava assistindo era A Gata Comeu no Viva, uma pena que acabou. Já fui amante de novelas, hoje em dia não assisto mais.

    Beijinhos ♥

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. andréa, pouco vi de a gata comeu nas inúmeras reprises e nunca gostei. eu amo novelas. mas vc ainda gosta pq vê no viva.

      Excluir
  6. Olá Pedrita,
    Essa é a única novela que eu via e adorava. Não curto Pega pega, nem Novo Mundo e A Força do Querer

    Big Beijos,
    Lulu
    BLOG | YOU TUBE

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. lulu, era incrível mesmo. vi só o primeiro capítulo de pega pega e não curti. e detesto força do querer. gosto de novo mundo.

      Excluir
  7. Pedrita,

    Esta novela é "das minhas", gostei demais do enredo, pois sou fã de obras que abordam a indústria musical/fonográfica, em especial se o assunto for rock and roll, rsrs. Mas, infelizmente sequer sabia que ela esta sendo exibida.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. marly, tb é das minhas. gosto demais qd falam de música em novelas, mas é estereotipado na maioria das vezes. rock story foi uma exceção. tb adorei falar do rock q foi tão forte na juventude do gui. ah, que pena marly. eu sempre presto atenção nas novelas q vão começar e vejo o início.

      Excluir

Cultura é vida!