O filme é sobre isso, as duas mentem tanto que elas não sabem mais em quem acreditar. A que vai pra palestra, leva o palestrante pra casa dela, aquela mansão maravilhosa. Ele está bem de vida, fazendo umas palestras cafonas recheadas de bobagens supostamente inspiradoras. Me deu preguiça.
Mata Hari
A vida cultural da Pedrita.
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
Fiéis
Assisti Fiéis (2022) de André van Duren na Netflix. Eu fui na busca procurar por filmes de países europeus e achei esse holandês. Faço isso de vez em quando, escolher um país pra ajudar o algoritmo a me indicar filmes diferentes. É um bom suspense, mas não maravilhoso. Dá pra ver!
Duas mulheres casadas viajam pra participar de uma palestra em outra cidade. As duas são Bracha van Doesburg e Elise Schaap. Uma delas tem uma belíssima casa a beira mar de uma tia, onde elas ficam. Assim que chegam na estação de trem, elas se separam. Uma deixa o celular com a amiga e diz que o marido colocou um rastreador, pra amiga postar como se fosse ela na palestra. E passa um número de um celular pré-pago pra elas se comunicarem. Eu logo já adivinhei o criminoso e não errei, mas como disse, dá pra ver o filme.
No começo aparece uma frase dizendo ser do Bernard Shaw, não chequei a veracidade: "A punição de um mentiroso não é de afinal ninguém acreditar nele, mas dele mesmo mesmo não poder acreditar em mais ninguém."Se for mesmo dele, ele deve estar se revolvendo no túmulo por terem utilizado uma frase dele em uma trama tão rasa. Os textos pobres de coaching de um personagem do filme combinam mais.
Ao voltar do mar, há sangue na casa e a perícia descobre ser da amiga dela. Os maridos vão pra casa, são eles Narsdin Dchar e Gijs Naber. Ela começa então a perceber que ela não sabe mais quem engana quem há cada nova evidência, é interessante. Ela é bem tolinha, mas pra viajar pra ver palestra daquele picareta não podia ser uma mulher muito brilhante. Spoiler: ela sempre gostou de aventuras, descobrimos que ela viajava com frequência pra essa cidade e levava uma infinidade de homens pra essa casa. Ao final ela vai se encontrar com o coaching. Ela devia ter continuado livre, já que não gostava de compromisso. Não faz sentido ela enganar mais um, mas pode ser isso, ela tem prazer em enganar, mais do que nas aventuras.
Beijos,
Pedrita
terça-feira, 30 de setembro de 2025
Traição
Assisti Traição do Núcleo Teatro de Imersão no Polo Cultural Chácara do Jockey. Faz tempo que queria ver esse espetáculo, gosto muito da dinâmica. O público acompanha os atores por cômodos para ouvir a história.
A peça começa em 1968 e vai voltando no tempo. Um casal se encontra depois de anos em um bar para conversar. E vamos acompanhando a história de trás pra frente. É uma trama inteligente sobre traições, cheia de textos subentendidos, como o do tênis. Um é editor de livros, falam de literatura, o texto é ótimo. O bom da peça é ir descobrindo aos poucos. O público era muito divertido também, nos divertimos muito. Começamos com algumas cadeiras vazias, mas pessoas que estavam no local vieram assistir também, inclusive muitas crianças. Foi muito engraçada a interação de todos, tinha tempo que não me divertia tanto.
Outra surpresa foi o Polo Cultural Chácara do Jockey. Tem um tempo que esse espaço passou a ser da prefeitura, depois foi tombado e agora abriga uma escola com atividades culturais.
Uma galeria de arte, com trabalhos das crianças. Reparem na baia de água para cavalos ao fundo. Eu fiz contato com vários que assistiram a peça e uma me contou que lá em cima, que seria mais perto da av. Francisco Morato, é mais cheio, porque lá tem jogos com bolas, futebol, basquete, pista de skate, então fica cheio de garotada. Onde foi a peça estava mais tranquilo. Mas é um ótimo lugar para caminhar, fazer piquenique. Foi uma tarde muito especial.
Fotos de Hernani Rocha
O texto é baseado no de Harold Pinter, adaptado pela Adriana Câmara, que faz um dos personagens. Outros do elenco são Glau Gurgel e Carlos Rahal.
Ao final Adriana contou que o grupo sempre faz teatro de imersão. Nossa, quero ver outros espetáculos, adoro essa experiência. E que no início era em quartos de um hotel. Uma pessoa do público disse que era o San Raphael no centro. Eu adoraria ver em uma mansão, ou mesmo em algum hotel. Agora o cenário tem divisórias de cada ambiente. Nós ficamos embaixo de uma lona linda demais. Cada espaço já tem as cadeiras para o público e a produção nos encaminha para cada mudança de cena. O simpático cenário é do Hernani Rocha e da própria Adriana. O grupo é muito inteligente. Ao final ganhamos o programa com um QR, onde colocamos nome, email e telefone, assim receberíamos em casa uma cena extra, de personagens que ouvimos falar o tempo todo, mas nunca apareciam. Ótima jogada de marketing, porque podem nos avisar dos próximos espetáculos. Eu amei o extra com a jovem faceira da produção, Amanda Policarpo como Judite e Nando Barbosa, como Camargo.
Tem uma biblioteca para se emprestar livros. Tinha inclusive uma criança pegando emprestado um livro quando eu passava.
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Paradise - 1ª Temporada
Assisti a 1ª Temporada da série Paradise (2025) de Dan Folgeman da Hulu na Disney+. Eu assisti parcialmente o Emmy, essa série concorreu em várias categorias e era muito elogiada pelos comentaristas. Logo fui ver e não queria parar mais. Absolutamente genial! Ansiosa pela segunda temporada.
Sterling K. Brown está maravilhoso! Ele acorda em uma bela casa, vai correr, depois vai para o trabalho. Ele é o segurança do presidente de James Marsden. Lá ele vê o presidente assassinado. Ele pede a equipe de segurança meia hora para olhar todos os detalhes e a equipe ajuda. Avisam, chamam, e esses 30 minutos são caros a ele que é afastado. Estranhamente o segurança que dormiu no período que o presidente é morto continua no cargo. Mas esses estranhamento é nada com o que vamos descobrindo.
Spoilers: Nós vamos descobrindo que essa cidade é construída, me lembrou O Show de Thurman, um dos filmes que mais amo. O mundo lá fora acabou, e alguns privilegiados, os milionários, claro, vão para essa cidade dentro da terra. A série começa a falar dos poderosos, que acham que podem tudo. Só eles se salvam, largam o barco, abandonam a população a sua própria sorte. E claro, carregam alguns funcionários, porque eles não fazem nenhum serviço básico. Julianne Nicholson é a líder, para manter o controle de tudo, ela faz qualquer coisa, inclusive mandar matar.Há uma psicóloga de Sarah Shahi que foi contratada para criar ambientes de memória afetiva na cidade. Tudo é para parecer o melhor possível com o mundo aqui fora. E tudo é de luxo para milionários. Sim, um verdadeiro Paraíso.
domingo, 28 de setembro de 2025
Kate Liu - Festival Chopin
Assisti ao concerto de Kate Liu no encerramento do Festival Chopin na Estação Motiva Cultural. Já estou com saudades e em crise de abstinência. E que pianista. Kate Liu é de Singapura e vive nos Estados Unidos. A pianista ficou em terceiro lugar no Concurso Chopin de Varsóvia.
Kate Liu interpretou divinamente Scriabin, César Frank e Chopin, no bis tocou Cantate BWV 106 - "Gottes Zeit ist die allerbeste Zeit": Actus de Bach.
Programa
A.Scriabin ( 1872/1915)
Sonata no. 3 em Fá -sharp minor, op. 23. 20’
Dramático
Allegretto
Andante
Presto con fuoco
C. Franck (1822/1890)
Prelúdio, Coral, e Fugua, FWV 21. 20’
Prelúdio Moderato
Coral Poco più lento
Poco Allegro
Fuga Tempo
Come una cadenza
F. Chopin (1810/1849)
Noturno em Fá maior, op. 15, nº 1. 6’
Berceuse Ré bemol maior, op. 57. 4’
Sonata. No. 2 em Si bemol menor Op. 35. 25’
Grave-Doppio
Scherzo
Marche funèbre. Lento
Finale. Presto
Beijos,
Pedrita
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
A Noite Sempre Chega
Assisti A Noite Sempre Chega (2025) de Benjamin Caron na Netflix. Vi em conta gotas, que filme chato. A protagonista acha que só ela que pode se dar bem, ela usa quem bem entende e quer ficar com tudo só pra ela. Sim, a história dela é muito triste e ela não sabe lidar com os conflitos, então só faz insanidades que me deram uma profunda preguiça. Tinha visto elogios, então achei que ia gostar, mas é um filme chato. Logo ficou nos trendings da Netflix, mas qualquer filme que estreia costuma ter esse feito, não diz muito estar entre os mais vistos quando estreia.
Ela começa a cometer uma série de desatinos pra conseguir o dinheiro pela casa. Ela não quer que eles sejam despejados e precisem morar na rua. Ela tem uma única noite pra conseguir o dinheiro. Li que falam que é eletrizante, você não larga da tela, eu achei sonolento. Me deu preguiça.
Vanessa Kirby está muito bem. Ela conseguiu convencer o proprietário de fazer um adiantamento pela casa e financiar o resto. A mãe, Jennifer Jason Lee, é uma irresponsável. Ela, sem falar com a filha, compra um carro com o dinheiro do adiantamento. Não há diálogo na família. A protagonista trabalha duro, mas é tudo sub emprego, ou bicos. Ela cuida do irmão de Zack Gottsagen.
E pior, ela é a maior egoísta, usa as pessoas pra alcançar os seus objetivos e as descarta com a mesma facilidade. E eu achei o filme cheio de furos. Um carro de luxo vermelho aberto, em um lugar ermo e cheio de moradores de rua, seria depenado rapidinho, ou a polícia apareceria, enfim. Sim, ela conta com o silêncio dos homens casados, dos criminosos, mas meio fácil demais que eles se calem. Achei o filme sofrível.
A mãe é uma cretina. Dá pra entender um pouco porque a jovem é assim destrambelhada. Nessa noite que nunca termina, acabamos entendendo os absurdos que ela passou e porque é desse jeito. O final melhora, demora muito pra chegar, mas melhora. A mãe perversa não conversou, não contou a filha o que já tinha há tempos decidido. É outra egoísta. E a filha faz o melhor que poderia ter feito há muito tempo, ir embora dessa casa. Uma terapia também ia ajudar.Beijos,
Pedrita
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