quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A Hora do Desespero

Assisti A Hora do Desespero (2021) de Philip Noyce no TelecinePlay. Que filme angustiante! O nome original é Lakewook, o nome de uma cidade na Califórnia cercada de mata. Como o lugar é bonito! O maravilhoso roteiro é de Chris Sparling.

A protagonista prepara a filha bem pequena e a coloca no ônibus da escola. E vai acordar o filho adolescente que quer ficar dormindo. A gente entende que ela é viúva recente e que estão todos tentando superar. Ela vai correr naquelas paisagens maravilhosas e o celular não para. É a filha que esqueceu algo que precisa pra aula, a mãe que vai chegar de viagem, são pedidos e mais pedidos pra essa mãe sobrecarregada. 
Polícias começam a passar, ela ouve pelo celular que as estradas estão fechadas porque algo aconteceu na escola. Desesperada ela tenta saber da filha, que está bem e fala com ela. Ela descobre que o que acontece é nas turmas dos mais velhos. Ela fala com uma amiga e diz que o filho não foi a escola, mas a amiga diz ter visto ele entrar na escola. Começa o desespero dessa mulher. O carro está no conserto, são duas horas correndo até a escola e ela já está exausta. Ninguém consegue dar carona porque estão presos pela interdição. Ela consegue ajuda do mecânico que mora em frente a escola e ele confirma a caminhonete do filho no local. 
Muito corajoso o filme falar sobre essa temática. Eu tinha lido Passarinha que é infanto-juvenil e fala pra esse público sobre a reconstrução da escola após uma tragédia dessas. Esse filme não julga. É só a mãe tentando saber pelo celular enquanto corre até a escola sobre o seu filho. Ela fala com policiais, até mesmo com o atirador. Não há julgamento, estranhamente o filme fala muito de amor. Ela está cheia de culpa porque anda com raiva do filho que está sendo difícil de lidar, uma porque é adolescente, outra porque está revoltado com a morte do pai. É uma família tentando superar uma grande perda, um pai amoroso que morreu. E aí precisam lidar com essa tragédia! Uma família que se perdeu pelo caminho. Que filme complexo. Naomi Watts está impressionante! Que atriz! O filme é praticamente só ela na floresta ao telefone. Nesse as outras pessoas só ouvimos as vozes, que filme! Provavelmente mais um filme realizado na pandemia, quando as pessoas não podiam se encontrar. Tínhamos dúvida se filmes com um ator só funcionaria e tenho visto filmes inacreditáveis com um único ator em cena como esse. 
Beijos,
Pedrita

12 comentários:

  1. Não vi este, mas fiquei com vontade de ver. Pois é, as dificuldades - pandemia - oferecem outras oportunidades e, pelo que você relata, a ótima Naomi Watts, soube bem aproveitar a oportunidade que apareceu. Não ficou claro o que aconteceu na escola. Foi um tiroteio?
    Na vida real, acho que os tiroteios (especialmente em escolas!) tem que ser encarados, refletidos e combatidos. Li, recentemente, que nos EUA, no ano passado, ocorreram mais de 80!

    Beijo

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    1. marly, é impactante. verdade, tivemos q ter criatividade na pandemia pra continuar fazendo arte que salva. naomi está maravilhosa. o filme não deixa nada claro, é uma mãe correndo e tendo informações vagas sobre o ocorrido daí o desespero. sim, há tiroteios demais, sem falar sobre o tema é difícil enfrentá-lo. ainda mais essa educação atual de blindar os filhos de notícias ruins. eles vivem contos de fadas e ficam alienados. difícil combater no silêncio que mata.

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  2. What a compelling review! *The Desperate Hour* sounds like a deeply emotional and intense experience, showcasing both the beauty of its setting and the harrowing reality of its subject matter. Naomi Watts’ ability to carry such a film with minimal interaction beyond voices is truly a testament to her talent. The exploration of grief, family struggles, and resilience in the face of unimaginable tragedy seems profoundly moving.

    Wishing you a wonderful weekend! Feel free to check out my latest post.

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  3. Vi esse filme. O pior era ela correndo e não se perdendo. Ou se perdendo. Angustiante, viu?

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    1. liliane, exato, que angustia ela tentando correr e já machucada, e no celular falando que tinham 40 minutos ainda. q desespero.

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  4. Olá, Pedrita. Gosto da atriz, mas não tenho psicológico para ver filmes como esse.
    Estou com uma pesquisa de público no blog e te convido para responder.
    beijos

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  5. Olá, tudo bem? Na segunda-feira, divulgarei os vencedores do Prêmio APCA no meu blog. Bjs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  6. Confesso que não tinha me interessado muito pelo filme, mas depois da sua ótima resenha (Que me fez pensar em filmes realizados na época da pandemia e passaram sua mensagem de realidade e sobrevivência sem julgamentos) vou levar a indicação.

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