domingo, 13 de abril de 2025

Casa Mário de Andrade

Fui na Casa Mário de Andrade. Tinha curiosidade em conhecer esse espaço. É um belo museu, muito bem equipado, com vários itens de acessibilidade. Modernizaram toda parte elétrica, então tem boa iluminação e climatização. O espaço costuma abrir palestras e apresentações. 

A casa de Mário de Andrade era somente um desses sobrados. A Barra Funda era no passado um local de vila operária e indústrias. Hoje o quarteirão está mais isolado em meio a inúmeras grandes avenidas. Tem ainda alguns resquícios de sobrados, igualmente descaracterizados. Mário de Andrade voltou a morar com sua família em um desses sobrados onde viviam sua mãe e sua tia e foi lá que ele faleceu. Três sobrados eram da sua família, os três germinados lado a lado. O último, o da esquina era de outro morador. Após sua morte conseguiram todas as casas e transformaram  no museu bem equipado. Eu sinto falta de terem deixado ao menos uma fachada original para termos ideia. E particularmente não gosto nada desse excesso de vidros na fachada, mas o espaço já está tão descaracterizado que não faz muita diferença. 

O museu está com duas exposições. Uma é Estúdio de uma vida com os móveis de Mário de Andrade que integram o Instituto de Estudos Brasileiros, o IEB, na USP. Mário de Andrade pedia móveis sob medida, em madeira escura, confesso que achei eles sóbrios demais, escuros demais.

Ele encomendava muitas estantes para livros.

A outra exposição é Eu Mesmo, Carnaval, com figurinos de carnaval.

Mas o que eu gosto mesmo em espaços como esses são os objetos. Também gosto muito de ver como as pessoas viviam. Tanto que adorei ver as máquinas de escrever.
Gosto de cada detalhe.

O museu tem um jardim interno que estava fechado para visitantes, só era possível ver através de portas e janelas. Nesse jardim está um painel da exposição Amarelo, a obra é Toka da Onça Oka de Tamikuã Txiki.

Há várias estantes com objetos de Mário de Andrade, fotos, livros, cartas, cartões postais. São várias salas com estantes como essas e objetos.



Beijos,
Pedrita

8 comentários:

  1. Também tinha curiosidade de conhecer a casa dele. Mas vc tem que admitir que a época era outra, né? Imagina entrar na casa sem ar condicionado? Nem ele se fosse vivo viveria sem.
    Ele tocava piano. Parece que dava aulas de música. A morte súbita é dolorosa demais. Imagina o desespero da mãe e da tia, na ocasião. Beijo,

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    1. liliane, sim, eu gostaria de ao menos uma fachada similar. mas pra museu mesmo, sem tecnologia, fica inviável. sei muito trágica a morte.

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  2. Eu conheço esse espaço porque fiz um curso de roteiro de TV com o saudoso ator Lafayete Galvão, que fez o irmão André na novela A Viagem.
    É bem interessante visitar para quem não conhece a história de Mário de Andrade.
    beijos
    Lulu on the sky

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    1. lulu, vc e outra blogueira amiga fizeram cursos lá. sim, ficou um espaço bastante conhecido de ampliação de conhecimento. muito bom. sim, gostei muito do espaço. mesmo q quisesse algumas questões diferentes.

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  3. Gosto muito do espaço, fiz "escrita criativa" na oficina cultural que na época ficava no segundo andar.
    No primeiro andar disponibilizavam livros para leitura.
    Agora deve estar muito bonito restaurado.
    Eu tbm amo conhecer objetos antigos.
    Teve uma época que eu via casas antigas no site "São Paulo Antiga" para uma pesquisa de preservação cultural.
    Incrível como MUITAS são "descaracterizadas"
    MAS tbm tem uma outra questão, às vezes, são herdadas e o custo é alto para manutenção.

    Amei seu POST, como sempre eclético, versátil e maravilhosamente escrito.

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    1. luli, muito legal q meus amigos blogueiros fizeram cursos lá. virou mesmo tradição do local fornecer cursos. sim, está bem organizado, mas cada vez mais descaracterizado, que eu acho uma pena. poderiam deixar uma fachada como a original, mesmo que dentro continuasse modernizado. não afetaria. que bom q gostou, tb gostei de fazer.

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  4. Eu bem que gostaria de conhecer, Mario de Andrade teve participação importante no movimento modernista e nas letras brasileiras.

    Beijo

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    1. marly, vc iria gostar, é um belo museu. sim, muito bom ver os objetos, máquinas de escrever, canetas, cartas, esboços, fotos. beijos, pedrita

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