Outro fator que me fez querer ver é que é baseado em uma história do Stefan Zweig. Eu vi dois documentários sobre esse judeu que comentei aqui, mas não tinha lido as suas obras, que ainda quero ler. O roteiro é incrível. Começa com um rapaz que trabalha com sonorização de casas noturnas. A vida dele muda radicalmente, ele fica perdido e aí um amigo da mãe fala que um alemão quer obras de Cícero Dias. Nas anotações do pai que tinha um antiquário, ele descobre que o pai tinha vendido várias gravuras para um homem que vivia em uma pequena cidade na Bahia, Itajuípe, e ele segue para lá. É na região que foi muito rica na época áurea do Cacau, veio a vassoura de bruxa e destruiu as plantações e a economia da região. Tudo é decadente. Eu vi um documentário sobre o cacau na Bahia e comentei aqui.
Nas entrevistas sobre o filme contaram como a cidade acolheu a equipe e que essa interação acabou resultando em participações no filme como Wesley Macedo. São muito difíceis as cenas do Vladimir Brichta com a Clarisse Abujamra e com a Ludmila Rosa. Não devem ter sido fácil gravar aquelas cenas. O motorista de táxi é interpretado por Frank Menezes. A mãe é interpretada por Conceição Senna. O amigo do pai por Dimitri Ganzelevitch. O funcionário da loja da mãe por João Lima. Paulo César Peréio faz uma participação. A Coleção Invisível ganhou Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular no Festival de Gramado e ainda neste festival, Melhor Atriz Coadjuvante para Clarisse Abujamra e Melhor Ator Coadjuvante para Walmor Chagas. A Coleção Invisível é um filme melancólico, lindo, inesquecível!
Beijos,
Pedrita