terça-feira, 25 de agosto de 2020

Retrato de uma Jovem em Chamas

 Assisti Retrato de uma Jovem em Chamas (2019) de Céline Sciamma no TelecinePlay. Queria muito ver esse filme, as críticas eram muito elogiosas, mas o aparecimento do filme no Now passou despercebido. Um dia, olhando o que estava disponível pra ver que tive essa surpresa. E que filme lindo! Que poesia!

Uma pintora segue para um lugar distante para fazer um retrato de uma jovem. A mãe conta que a jovem não quer posar para o retrato porque um pretendente quer ver o retrato para fazer o pedido de casamento. A mãe diz que a pintora ficará como acompanhante da filha e assim poderá vê-la para pintar escondido depois. 

A locação é belíssima, é na Bretanha, na província de Saint-Pierre-Quiberon. Ficar em um lugar que o único contato pode ser feito por horas de viagem ou mensageiro. A jovem chega na casa. É um filme que fala do feminino, mas muito de arte também. A jovem gostava de ficar no convento porque lá tinha música. Era o pouco acesso que tinha a cultura. Tanto que logo pergunta se a pintora tem algum livro com ela.

A mãe viaja e as três mulheres passam a ter uma convivência muito estreita. Lindo como o filme fala do feminino, das imposições sociais ao feminino, em uma época de poucos direitos às mulheres. A empregada da casa é a que mais sofre com essas restrições, ela está grávida e as amigas auxiliam ela a resolver a questão. Uma mulher grávida perderia o emprego e seria afastada da família. Teria duas saídas, o convento e a criança ser dada ao nascer, ou a prostituição. Era uma época de poucas possibilidades para as mulheres. Todas as atrizes são belíssimas: Noémie Merlant, Adèle Haenel, Luàna Bajrami e Valeria Golino. As cenas são delicadas, profundas e lindas. O desfecho do filme também é muito delicado e bonito. Obra de arte!

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Boa tarde minha querida amiga. Obrigado pela dica especial.

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    1. liliane, com o festival varilux tenho visto alguns, mas esse não é do festival. e é maravilhoso. um dos melhores filmes que vi nesse ano.

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  3. Amei forte esse filme.
    Delicado, sensível, visual apurado esteticamente e artisticamente falando.
    De uma realidade triste pra época mas belíssimo em sutilezas.
    Achei sensacional quando a Marianne pinta o autorretrato na página do livro e depois quando vê o retrato da Heloise exposto, ela está com o livro na mão, aberto na página 28!
    E como elas não se encontram no recital 😢😢

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    1. luli, é tudo ou mais do que dizem, q filme diferente, delicado, sensível. e sim, que lugar maravilhoso. sim, foi demais essa cena do roteiro. por o desenho na mão da modelo. ai, triste no recital.

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