sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Dang Thai Son no Festival Chopin

Assisti a abertura do Festival Chopin com Dang Thai Son na Sala São Paulo. Amo esse evento, adoro esse pianista, que sonho! Que privilégio! Dang Thai Son foi o vencedor do Concurso Chopin de Varsóvia em 1980. Além de tocar pelo mundo ele ainda é orientador de vários grandes pianistas. Son nasceu no Vietnã. Eu vi o pianista em outro Festival Chopin e comentei aqui. O Festival Chopin traz na maioria pianistas entre os finalistas do Concurso Chopin de Varsóvia! O teatro estava lotado!

E Son escolheu uma belíssimo repertório pra essa vez, Chopin e Debussy. Sua interpretação delicada, parece que seus dedos deslizam pelo piano, parece mágica, é lindo demais, que concentração, que escolhas melódicas, foi lindo demais! Após calorosos aplausos, Dang Thai Son voltou duas vezes ao palco para o bis.

Foto de Isadora Vitti

Programa

C. Debussy (1862-1918)   

Rêverie

Images, Livro 1 (Reflets dans l’eau;  Hommage a Rameau; Mouvement) 

Masques

Childern’s Corner  (Doctor Gradus ad Parnassum, Jimbo’s Lullaby, Serenade for the doll , The snow is dancing, The Little Shepherd, Golliwogg’s Cakewalk

F. Chopin (1810-1849)

2 Nocturnos op. posth

Dó menor.  

Dó sustenido menor.

Barcarola op. 60.

4 Valsas

Mi maior op. posth. 

Mi bemol maior op. posth.

Sol bemol maior op. 70 n°1. 

Si menor op. 69 n°2.    

Scherzo No. 2 em si bemol menor op. 31

O Festival Chopin segue em todo o mês de setembro, agora na mais nova sala cultural da cidade, a Estação Motiva Cultural ao lado da Sala São Paulo. Amanhã é o pianista polonês Andrzej Wierciński Depois se apresentam J J Jun Li Bui, no dia 13 de setembroIngrid Uemura, piano e Rafael Cesário ao violoncelo, dia 20 de setembroKate Liu, no dia 27 de setembro. É bom correr pra comprar os ingressos porque anda lotando e esse teatro tem menos lugares.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Until Dawn

Assisti Until Dawn (2025) de David F. Sandberg na HBOMax. Esse filme vem sendo muito elogiado, estava na lista de mais vistos e sábado é dia de fantasminhas. E ainda fala de outro tema que amo, passagens de tempo. O nome é ótimo, Até o Amanhecer. No Brasil completaram com spoiler ruim.

Sim, tem uma pegada adolescente, mas é muito bem feito. A irmã resolve voltar os passos da irmã desaparecida e leva seus amigos pra ajudar. A turma é ótima Ella Rubin, Michael Cimino, Ji-young Yoo, Odessa A'zion e Belmont Cameli. Tinha até me esquecido como eles chegam bonitinhos no lugar. O filme é inspirado em um video-game.

Um homem (Peter Stormare) sugere que eles sigam pra casa onde todos desapareceram. Está uma chuva torrencial, quando visualizam a casa não há chuva alguma. A chuva faz uma parede em volta do terreno da casa. E pronto, já estava fisgada. Amo lugares mágicos e sinistros, onde o tempo é outro. Pra me fisgar mais tem uma ampola que vira sozinha. O local é um hotel.

Os cenários e a fotografia são ótimos. Eles descobrem que morrem diariamente e revivem, mas sempre um pouco pior do que antes. E sofrem um bocado até morrer. As cenas são bem pesadas. Eles resolvem então investigar pra ver se conseguem sair desse looping. Se eles sobreviverem até o amanhecer, estão livres. E sim, o filme termina deixando no ar uma continuação, com outras vítimas.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Recital de Piano do Centro de Música Brasileira

Assisti ao Recital de Piano do Centro de Música Brasileira no Mackenzie Higienópolis. Foram dois pianistas que ficaram em terceiro lugar no Concurso de Piano Hotel Toriba 2024. Primeiro tocou Isabella Perazzo. Gosto muito dessa pianista e amei a escolha do repertório. A pianista é da Paraíba, então costuma incluir no repertório compositores do seu estado, como José Siqueira, que adoro. Dele, ela interpretou divinamente Cantiga e Sonatina nº 5. Muito bonita as duas obras de Emilia de Benedictis, a compositora era também pianista. Perazzo tem participado das comemorações de 90 anos do compositor José Alberto Kaplan (1935-2009), então tocou dele a Sonata.

Programa 

José Siqueira

Cantiga

Sonatina nº 5 (Allegro brilhante, ⁠Devagar – Modinha e ⁠Allegro non troppo – Dança)

Emília De Benedictis

Berceuse

Recordação (Noturno nº 1)

J. A. Kaplan – Sonata (Allegro Enérgico, ⁠Scherzo – Presto, Lento – Livremente quase Cadenza e Alla Toccata)

 

Com Jordan Alexander, tocaram a Brasiliana nº 8 de Osvaldo Lacerda  para piano a 4 mãos.


Jordan Alexander tocou obras de Édson Santana, Lorenzo Fernandes e Villa-Lobos. O recital foi gratuito.

Programa

Édson Santana

Toccata

Fantasia das Flores

Poetina 1

Lorenzo Fernandez – 3 estudos em forma de Sonatina

Villa-Lobos – Festa no Sertão


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Echoes

Assisti a série Echoes (2022) de Vanessa Gazy na Netflix. Em algum instagram falaram que essa série era boa, é mais ou menos. Dá pra ver.

Gina fica sabendo que sua irmã desapareceu na cidade que nasceram. Ela viaja pra lá para procurá-la. Lá encontra pistas que é para ela se vestir da irmã para tentar descobrir o que aconteceu. Michelle Monagan faz as irmãs. Os primeiros episódios são bons. A Gina não é bem recebida e era considerada a irmã má.

Aos poucos descobrimos que elas anualmente trocavam de lugar no aniversário. É quando os furos começam a aparecer e ficar forçado. Leni teve um bebê, Gina perdeu o dela. Leni está com depressão pós-parto então sugere que elas troquem de lugar. Ela seguirá como Gina para Los Angeles e para o marido de Gina (Daniel Sunjata) e Gina ficará como Leni sendo mãe do bebê e esposa do marido da Leni (Matt Bonner). É bem incoerente. O corpo de uma mulher logo após o parto fica diferente. Mesmo que tome remédios para o leite secar, mesmo que o corpo não tenha mudado muito durante a gestação, é difícil um marido não perceber as mudanças. A série tenta consertar um pouco depois dizendo que a cada aniversário elas dormiam juntas em um hotel para ver se tinham novas pintas, marcas, mas depois de um parto as mudanças são muito grandes. 
A série usa uns recursos meio óbvios. Primeiro Leni é a enganada por Gina que seria a vilã. Depois provoca a reviravolta e é o contrário. Eu acho difícil ver qualquer uma das duas como mocinhas. As duas enganaram a filha, os maridos, familiares, o pai, os amigos, os colegas de trabalho se alternando entre uma e outra. É traiçoeiro demais. A "mocinha" continuou aceitando todo ano, então é vilã também. Dá pra entender a troca na depressão pós-parto e a destroca depois, o resto, vários anos, já foi vilania demais. Karen Robinson faz a policial. A série termina meio em aberto.
Beijos,
Pedrita

domingo, 31 de agosto de 2025

In on It

Assisti a peça In on It no Tucarena. Queria muito ver esse espetáculo pelos prêmios e elogios que recebe. Gostei bastante!

O grupo diz "entender não é fundamental e sim a experiência".

O texto é do canadense Daniel Maclvor. A direção é de Enrique Diaz. No palco dessa vez Fernando Eiras e Emilio de Mello. Os três se alternam nas produções. In on It estreou em 2009 e desde então vem se apresentando e viajando. Eu adoro os três atores. Eiras começa um drama sobre a imprevisibilidade da vida. Mello está na plateia vendo. Ele para o texto de Eiras e pergunta se é assim que ele quer começar o espetáculo, de modo tão trágico. Dá-se então o tom da peça. O tempo todo eles alternam entre personagens e conversas sobre escolhas dramáticas, muito bom.
Entre as discussões sobre escolhas dramáticas, surgem personagens, como o homem que descobre que vai morrer. Dramas familiares, traições, despedidas. A linguagem corporal é incrível. No formato de arena eles sobem e descem na plateia, discutem na coxia, ficam sozinhos ou em duplas, fiquei cansada só de ver os dois ágeis em ação. Sem falar nas dancinhas que amei, ainda mais ao som de Sunshine, Lollipops and Rainbows de Lesley Gore, que amo. Adorei as conversas sobre música. Eiras começa ao som de Maria Callas, Mello fala se o fato dele gostar de erudito ou dizer que gosta de ópera é verdade, ou só pra mostrar erudição. Eles fazem o público dar palpites, é bem divertido.

In on It está nas últimas apresentações, até 28 de setembro.






Beijos,
Pedrita