Distrito 9 começa na formato de documentário. Uma nave ficou parada em Joanesburgo. Há logo um texto irônico porque em Joanesburgo e não em Washington ou Nova York. Resolvem ir até a nave, os alienígenas estão fracos e subnutridos de tanto tempo lá, e são levados para o Distrito 9 e largados lá por anos e estão cada vez mais segregados, com leis de restrições, sem as mínimas condições de sobrevivência. Um oficial do MNU, uma espécie de ONU, resolve retirá-los de lá para levá-los a 20 quilômetros da cidade. Falam que é para melhorar a condição de vida dos alienígenas, mas percebemos que é só pra afastar da cidade e minimizar conflitos. O chefe da expedição é um bobo da corte, contam as ações como se estivessem promovendo uma festa. Seguem armados até os dentes, sem o mínimo respeito e de forma truculenta matam sem o menor pudor. Distrito 9 é impressionantemente bem realizado. Inicialmente vemos os alienígenas comendo como animais, repulsivos. Essa visão vai mudando ao longo do filme.
Nessa operação esse agente acaba se contaminando com um produto criado por esses alienígenas e começa a se transformar e a mudar. Fiquei impressionada também com o desempenho desse ator. Um bobalhão inicialmente, vemos surgir um homem forte e determinado depois, ele é interpretado brilhantemente por Sharlto Copley. Gostei que mesmo ele ficando menos monstruoso, ele ainda é egoísta em vários momentos. Não se torna um herói. Alguns outros do elenco são: Jason Cope, Nathalie Boltt e John Summer. Mesmo sendo um filme ficcional, é mais um filme que me choca de imaginar como a humanidade é perversa, egoísta. O quanto cria teorias para justificar ações violentas e desumanas. Mais um filme em que eu me desiludo com a humanidade e com nossa perversidade. O mais impressionante é que Distrito 9 foi recorde de bilheterias, mesmo sendo um filme social e tão contundente. Não sei se conseguiria ter visto esse filme nos cinemas. Acho que foi bom que só vi na telinha porque o impacto foi menor. Já fiquei muito horrorizada, na telona não sei se sustentaria ver tanta atrocidade.
Beijos,
Pedrita