
Assisti
Vanity Fair (2004) de
Mira Nair no
Telecine Premium. Uma co-produção entre
Estados Unidos e Inglaterra. A estética desse filme é maravilhosa!
Figurinos lindíssimos de
Beatrix Aruna Pasztor, que ganharam o
prêmio Golden Satellite Award,
cenários impecáveis e uma
fotografia maravilhosa de
Declan Quinn.
Vanity Fair é baseado no livro de
William Makepeace Thackeray que não li, vou tentar achar para ler. Essa obra foi filmada várias vezes, 1915, 1922, 1923, 1932, 1935, 1967, 1987 e 1998, mas não vi nenhuma versão. Gostei muito da estética dessa.

Nossa protagonista é a bela e talentosa
Reese Witherspoon. Em todas as chamadas do filme e textos que li falam de uma alpinista social, mas essa vesão do livro não me deu essa sensação. Só se coloriram demais e mudaram o perfil da protagonista. Quero ler a obra para comparar. Na verdade ela me pareceu uma mulher muito determinada que viveu em 1820. Filha de uma cantora de ópera, o que era considerado péssimo socialmente, artistas eram marginalizados e mulheres eram consideradas fáceis e de um pintor e sonhador. Quando ela fica órfã, vai para um orfanato e lá aprende vários ofícios e consegue alcançar a função de governanta, já que era muito prendada, cantava, tocava piano, pintava, falava francês.

Ela começa então a procurar um bom partido rico ou nobre para casar. Não vi nada demais nisso, já que todas as mulheres da época procuravam bons casamentos. Na maioria das vezes seus pais que resolviam essas questões. E as ricas e nobres faziam bons casamentos arranjados e garantiam o seu futuro. Nossa protagonista sendo órfã e filha de pais humildes não teria a mesma sorte, só se fosse inteligente o suficiente para aceitar condições não tão favoráveis, mas casar e se colocar socialmente. Não acho que isso seja uma alpinista social, pensar isso dessa mulher, nessa versão do filme, é ser preconceituoso com a mulher. Querer que uma mulher pobre não possa fazer um bom casamento e viver na miséria por toda a vida. E que pobre tem que definitivamente ficar no seu lugar e se tentar uma ascensão, e a mulher só era possível por casamento, era visto como uma alpinista social, quando na verdade ela só buscava uma sobrevivência mais confortável. Mas preciso ler o livro para ver se não romancearam muito nossa protagonista.

O
elenco é extenso e com muitos atores bonitos:
Gabriel Byrne, James Purefoy, Roger Lloyd-Pack, Ruth Sheen, Lillette Dubey, Romola Garai, Tony Maudsley, Deborah Findley, John Franklyn-Robbins, Paul Bazely, Rhys Ifans, Jonathan Rhys Meyers, Bob Hoskins, Douglas Hodge, Meg Wynn Owen, Tim Preece, Geraldine McEwan, Natasha Little, Eileen Atkins, entre outros. Gostei bastante de Vanity Fair.

Beijos,
Pedrita