quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Vanity Fair


Assisti Vanity Fair (2004) de Mira Nair no Telecine Premium. Uma co-produção entre Estados Unidos e Inglaterra. A estética desse filme é maravilhosa! Figurinos lindíssimos de Beatrix Aruna Pasztor, que ganharam o prêmio Golden Satellite Award, cenários impecáveis e uma fotografia maravilhosa de Declan Quinn. Vanity Fair é baseado no livro de William Makepeace Thackeray que não li, vou tentar achar para ler. Essa obra foi filmada várias vezes, 1915, 1922, 1923, 1932, 1935, 1967, 1987 e 1998, mas não vi nenhuma versão. Gostei muito da estética dessa.

Nossa protagonista é a bela e talentosa Reese Witherspoon. Em todas as chamadas do filme e textos que li falam de uma alpinista social, mas essa vesão do livro não me deu essa sensação. Só se coloriram demais e mudaram o perfil da protagonista. Quero ler a obra para comparar. Na verdade ela me pareceu uma mulher muito determinada que viveu em 1820. Filha de uma cantora de ópera, o que era considerado péssimo socialmente, artistas eram marginalizados e mulheres eram consideradas fáceis e de um pintor e sonhador. Quando ela fica órfã, vai para um orfanato e lá aprende vários ofícios e consegue alcançar a função de governanta, já que era muito prendada, cantava, tocava piano, pintava, falava francês.

Ela começa então a procurar um bom partido rico ou nobre para casar. Não vi nada demais nisso, já que todas as mulheres da época procuravam bons casamentos. Na maioria das vezes seus pais que resolviam essas questões. E as ricas e nobres faziam bons casamentos arranjados e garantiam o seu futuro. Nossa protagonista sendo órfã e filha de pais humildes não teria a mesma sorte, só se fosse inteligente o suficiente para aceitar condições não tão favoráveis, mas casar e se colocar socialmente. Não acho que isso seja uma alpinista social, pensar isso dessa mulher, nessa versão do filme, é ser preconceituoso com a mulher. Querer que uma mulher pobre não possa fazer um bom casamento e viver na miséria por toda a vida. E que pobre tem que definitivamente ficar no seu lugar e se tentar uma ascensão, e a mulher só era possível por casamento, era visto como uma alpinista social, quando na verdade ela só buscava uma sobrevivência mais confortável. Mas preciso ler o livro para ver se não romancearam muito nossa protagonista.

O elenco é extenso e com muitos atores bonitos: Gabriel Byrne, James Purefoy, Roger Lloyd-Pack, Ruth Sheen, Lillette Dubey,
Romola Garai, Tony Maudsley, Deborah Findley, John Franklyn-Robbins, Paul Bazely, Rhys Ifans, Jonathan Rhys Meyers, Bob Hoskins, Douglas Hodge, Meg Wynn Owen, Tim Preece, Geraldine McEwan, Natasha Little, Eileen Atkins, entre outros. Gostei bastante de Vanity Fair.


Beijos,
Pedrita

7 comentários:

  1. E a provocação continua, né? Tudo bem... Eu fui assistir a Banda de Boca que passou por aqui também hehehehe. O final de ano por aqui é recheado de atrações culturais. Vou ver se consigo um programa, depois te conto. Estou entrando em recesso hoje, só volto ao trabalho no ano que vem. Vim te desejar boas festas, com muita arte para todos nós! Beijo grande!

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  2. o filme parece interesante, se tiver oportunidade vou assistir. Ultimamente, só tenho visto filme infantil, mas tenho gostado. Vi O mar não tá pra peixe e também Vida de Inseto, amanhaã devo ver um filminho também. beijos e obrigada pelo comentário, volte mais vezes, fui.

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  3. Não conhecia o filme e nem a obra literária. Me interessei pela história e adoro a Reese.
    Eu não vejo nada de mal em uma mulher procurar um bom partido para se casar. Afinal , que quer casar com um homem em situação financeira pior? Olha, como diz minha mãe, se é para sair de casa e ficar em situação pior , não se case!
    Vou procurar o filme com certeza. E a doll está muito chique!

    Beijos

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  4. Peds, não deixe de ler o livro, o filme é lindinho mas suuuuuuper resumido. Bjs

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  5. aqueta, que bom que sua cidade trouxe muitas atrações culturais no fim do ano. aqui estão demais, consegui ver algumas.

    anônimo, adoraria voltar ao seu blog se me dissesse qual é.

    andrea, vou ler sim.

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  6. Pedrita
    Li o livro em 2005 (eu tenho aqui e posso emprestar mas está no original em inglês)e gostei muito. O filme tem algumas modificações (como o relacionamento com o cara que colecionava obras do pai dela e o final na Índia), mas também é muito bom. A Reese está muito bem no filme (e confesso que eu tinha um certo preconceito em relação a ela).
    No começo do livro (entenda nas primeiras 200 páginas :)), a gente faz uma confusão danada, já que são muitos personagens e eles só se tratam pelo sobrenome (Mr. Pitt, Mr Osborne...) e você nunca sabe se é do pai ou do filho que eles estão falando. Mas tenha fé e continue em frente pois vale a pena.
    Denise

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  7. dê, achei que só eu que confundia quem é quem em livros. eu vi que só acha o original em inglês, sem chances. gosto de degustar cada palavra e entender mais ou menos não saio da primeira página. vou ver se acho em sebos, quem sabe no passado publicaram alguma tradução.

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Cultura é vida!