sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Silo - 1ª Temporada

Assisti a Primeira Temporada (2023) de Silo de Graham Yost na AppleTV+. Essa série vem sendo muito elogiada, já tem disponível a segunda temporada que logo vou começar. Está confirmada até a 4ª temporada É inspirada na trilogia de Hugh Howel que fiquei curiosa. Eu amei esse pôster. Os cenários são incríveis!

Com características próprias, Silo é bastante parecida com Paradise, então volte e meia vou comparar as duas séries. Eu gostei das duas, mas amei Paradise. Silo às vezes não gostava. O mundo ficou inabitável. Em Paradise milionários e seus serviçais vão pra baixo da terra, em uma cidade idílica e luxuosa. Em Silo, os habitantes vão viver em um Silo infinito de escadas. Quem vivia na mecânica, na base, às vezes nunca conhecia quem vivia na parte superior. Há andares de plantações, residências, tudo é de metal. Os cômodos como casas são confortáveis embora escuros, com sala e cozinha, quarto e banheiro. Diferente de Paradise, já são mais de 100 anos vivendo dessa forma. 

Os dois primeiros episódios falam de personagens que querem sair. Há todo um ritual macabro, vestimentas e aparentemente todos morrem assim que saem, é praticamente um suicídio assistido, um pavor. O xerife sai no segundo episódio e designa a engenheira que trabalha na mecânica para ficar no lugar dele. Ela raramente subiu as escadas e é uma incrível mecânica. Ela, Juliette, é a incrível Rebecca Fegurson. David Oyelowo só participou desses dois episódios.

O terceiro episódio é muito, mas muito chato. Juliette diz só aceitar ser xerife depois que autorizem ela parar um gerador para conserto. Todo o sistema vive do ar de geradores, seja pra ar, luz, energia. O episódio inteiro é a equipe consertando naquele formato de chato americano. Até o último segundo nada dá certo, Juliette quase morre afogada e queimada na água quente, pra tudo dar certo no último segundo. É uma chatice sem fim, demorei muito tempo pra ver esse episódio e quase desisti.
A prefeita de Geraldine James que convida Juliette pra ser xerife porque aceita o pedido do xerife anterior. Ela se encanta com a força da mecânica e com o entendimento do todo do Silo. Logo que Juliette assume, várias mortes acontecem, inclusive da prefeita. e do amor de Juliette de Ferdinand Kingsley. Ela resolve então aceitar ser xerife pra investigar.
Forma-se então o núcleo dessa temporada. O vilão é Common. Me incomodou o modelo mocinha e vilão de produções americanas. E a apatia da sociedade. Morrem seus líderes, ok, eles não sabem que foram assassinados, mas amavam a prefeita. O xerife e a esposa morrem lá fora, mas os integrantes do Silo costumam aparecer só como figuração, sem nomes, histórias. A sociedade não questiona, não se indignam é apática. Fica tudo concentrado na mocinha fugindo do vilão. 

As abordagens são ótimas, os assuntos levantados muito bons, mas essa apatia da população me incomodou bastante. Tim Robbins aceita a prefeitura, diz o tempo todo que não queria, que assim que escolherem outro ele sai de bom grado. Como entra um baita suspense de quem matou, não sabemos em quem confiar. Como Paradise, os líderes do Silo resolveram matar quem descobre segredos. Passam a tentar matar a xerife. 
Iain Glen faz o médico e pai da xerife. Eles estavam 10 anos sem se ver porque ele mora lá em cima e cuida do hospital. O Silo tem uma obsessão com relíquias, ninguém pode ter relíquias. Óbvio que na mecânica há muitas relíquias malocadas. 

Juliette mesmo é fã delas e sua mãe adotiva, Martha, também pela ótima Harriet Walters. São ótimos os personagens dos atores mais velhos. Martha nunca mais saiu de seu apartamento. Ela tem rádio, é ótima em equipamentos como Juliette e tem uma consciência de todo o Silo impressionante, mesmo nunca tendo saído de casa. Confesso que achei fraco o que tinha no drive que a Juliette consegue e passa a ser perseguida por isso. Era uma imagem do lado de fora lindo, árvore, pássaros, mas era só dizer que era de antes de tudo ser destruído, não tinha porque tanto stress atrás do troço. 
Mesmo que fraco o segredo, é interessante a abordagem do controle do pensamento das pessoas. Tudo é feito para não se questionar, para enaltecer o lugar. No momento da série, ninguém mais viveu lá fora e não sabe como era, então tentam o total apagamento do que foi para controlar as pessoas e as mentes. Pena que só Juliette se rebele.

Beijos,
Pedrita

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