O marcador de livros é uma pintura de Fátima Pombo.
Obra Saboneteira Rosa (2020) de Ana Elisa Egreja
A protagonista é Júlia, que tem uma infância dilacerante. Sofre violência sistemática da mãe e abandono do pai. O estilo é muito interessante, as palavras parecem ter sentidos, expressar, dor, medo. Tem horas que parecem poemas. O texto só tem parágrafo quando Júlia escreve em seu diário e quer ser escritora. Só ao final a personagem parece ter algum sonho. Até então ela só arrasta a vida.
Obra Desbundo-me (2019) de Monica PiloniA leitura me causou estranhamento. Em vários momentos eu me perguntava como ela sabia. Por que ela escrevia a minha história. Claro, não tudo, mas a violência, o pai que nada quer ver, o balé, a pensão, foi tudo muito esquisito. Mas Júlia tinha algo muito diferente, ela não tinha perspectivas, profissão, trabalhava em um bar, vivia na pensão, só existia. Isso só muda um pouco depois. Bela obra!
Beijos,
Pedrita
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