quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Paraíso

Assisti Paraíso (2023) de Boris Kunz na Netflix. Eu fui em categorias e ficção científica, escolhi esse incrível filme alemão. Tive muita dificuldade de ver, parei várias vezes, porque é desconcertante e infelizmente atual.

A ciência descobriu uma forma de fazer as pessoas a viver mais. Incrível o debate sobre quem merece ou não viver mais. Para que alguns escolhidos possam viver mais, outros precisam doar suas vidas. O laboratório passa então a comprar anos de vidas de pessoas pobres, refugiados, para pessoas que consideram mais importantes possam viver mais. O protagonista (Kostja Ullmann) é o funcionário modelo, com ótima capacidade de argumentação, ele é o que mais convence pessoas a vender anos de suas vidas. É tão hábil que é elogiado por convencer pessoas a doar mais anos de vida por mais dinheiro e fazer as pessoas acharem que fazem um bom negócio.
Ele e a esposa (Marlene Tanczik) se endividam seriamente porque o apartamento pega fogo. Pelo contrato, a esposa tem que doar 50 anos de vida pra pagar a dívida. Ele resolve então sequestrar a cientista (Iris Berben) pra dar as vidas de volta a esposa. O desfecho é bem impactante, como o filme, provoca muitos questionamentos porque nada sai como o esperado. Ódio gera ódio.

O filme acaba sendo muito atual já que as estatísticas mostram que pessoas com mais recursos vivem mais, porque podem ter alimentação de qualidade, tempo para exercícios físicos e atendimento médico no tempo certo e melhores condições de vida. No Brasil há o Sistema Público de Saúde, mas muitos morrem na espera pelo tratamento. Nos Estados Unidos tudo é pago e há americanos com dívidas impagáveis porque ficaram meses na UTI com Covid. Ou em países em guerra que cortaram energia de hospitais porque a vingança é mais importantes que a vida. Como no filme, o sistema decide quem pode ou não viver mais, quem vai ter direito ou não a recursos para viver mais.
Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Decerto um filme que agrada muito a quem o vê
    *
    Abraço/beijinho.
    */*
    Madrugada
    */*

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  2. O enredo me lembrou do filme 'O preço do amanhã', que vi faz tempo. Nessa obra, as pessoas mais pobres são obrigadas a vender tempo de vida, enquanto que os mais abonados podem viver eternamente. Quanto às questões suscitadas no filme do post, faz tempo que há rumores que dizem duas coisas: 1 - que já há meios de fazer com que um ser humano viva até 150 anos. E 2- que muitas das doenças que hoje matam - inclusive o câncer - já têm cura, mas não há interesse (no momento, pelo menos) em curá-las. São coisas para se pensar.

    Beijo

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    1. marly, vou procurar esse filme. é realmente igual o roteiro. eu acho q nem sempre a medicina tem cura pra tudo, mas q quem tem um bom plano de saúde ou muito dinheiro tem mais chances pq faz o tratamento no tempo certo tem mais chances de curar do quem espera 6 meses pra começar um tratamento e muito provavelmente bem menos intenso que o de quem tem dinheiro.

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  3. Boa tarde de quinta-feira, com muita paz e saúde. Um excelente mês de novembro. Obrigado pela visita e dica, Pedrita.

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  4. Olá, tudo bem? Eu nunca paro de assistir.... Bjs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  5. CARACA deve ser MUITO impactante.
    Me lembrou O preço do amanhã com Justin Timberlake, Amanda Seyfried e Cillian Murphy com um mote bastante parecido.
    Levo a indicação.

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