Os trabalhadores de uma fazenda são avisados que não vão mais trabalhar lá e que podem acertar as suas contas e pegar os seus documentos. O filme é realizado em Pernambuco, na Fazenda Morim em São José da Coroa Grande. Aos poucos percebemos que os trabalhadores são o que chamamos hoje em dia de trabalho análogo a escravidão. Primeiro é proibido ficar com documentos das pessoas, depois há um caderninho com o que eles devem, que sempre é superior ao que eles tem pra receber, em geral eles devem dinheiro, pra que eles nunca recebam nada e fiquem presos ao trabalho e ao local. Eles viveram sempre no local, amam aquela terra e se revoltam, o filme desanda num grau que é absurdamente desconcertante. O elenco é incrível: Zuleika Ferreira, Carlos Amorim, Marcílio Moraes, Amara Rita Magalhães, Clebia Sousa, não em um único personagem desimportante em toda a engrenagem.
Os proprietários chegam na fazenda sem saber da rebelião. Malu Galli faz a esposa. Ela consegue se esconder no carro, mas o carro é novo, ela não sabe a senha pra ligar. Por sorte o marido blindou o carro. Enfim, o filme é uma agonia só, uma violência sem fim. Muito, mas muito reflexivo!
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