O marcador de livros ganhei de uma amiga.
Obra Composição (1905) de Mikalojus Konstantinas Čiurlionis
A capa tem tudo a ver com o livro, é praticamente uma fotografia do que ocorre. O protagonista tem uma Píton em seu apartamento, uma espécie de serpente que não tem veneno. Ela captura as suas vítimas com um abraço apertado. O livro é todo cheio de metáforas, ironias, trocadilhos e é genial. Muito carente, nosso protagonista se sente amado pela Píton que o abraça enquanto dormem, um abraço bem apertado.
Obra Torre de Menshikov (1929) de Alexander DrevinO livro começa com o protagonista procurando um padre. Ele comprou uma preá para dar de comer ao Píton, mas ficou com pena, comprou um ratinho, também não conseguiu e passou a criar o ratinho também. A conversa dele com o padre é muito engraçada. O padre tenta fazer Cousin entender que é da natureza do animal, que um Píton como animais vivos.
Obra Bananal (1927) de Lasar Segall
Cousin é uma pessoa horrível. Ele acha que ele é magnânimo, que ele salvou o Píton da solidão. Ele também diz ter um relacionamento com a Srta. Dreyfus. Eles trabalham no mesmo escritório e ele a espera todo o dia para subir no mesmo elevador, raramente eles tem algum contato verbal no elevador, é só quando se encontram, mas ele jura que eles vão casar, como se ela soubesse do relacionamento. Ela é negra e ele é muito racista. Como a Píton, ele acha que ela precisa dele. É pavoroso a forma como ele se refere aos negros. Que homem horrível. O livro é todo inquietante.
O final é todo desconcertante. Bom, o livro é, mas o final enlouquece completamente. No início a edição conta que o autor escreveu um final, que foi modificado para a primeira edição, então essa edição iria trazer os dois finais. O primeiro com o que realmente foi publicado e depois o que o autor escreveu primeiro. São bem parecidos. O que não foi publicado é mais extenso, mas as loucuras estão lá nos dois com desfechos diferentes. Que livro incômodo.
Beijos,
Pedrita
Pedrita depois de ler a resenha do livro confesso que fiquei curiosa pra ler também, obrigada pela sua avaliação, desejo uma feliz segunda-feira bjs.
ResponderExcluirDeve mesmo ser um livro inquietante e muito diferentão.
ResponderExcluirPolêmica essa coisa dos pseudônimos.
E o relacionamento com a srta Dreyfuss que só existe no imaginário do protagonista.
Curioso a forma como lida com a solidão.
Um livro excêntrico.
Fiquei curiosa.