Obra Marché Hebdomadaire (2022) de Babacar Niang
Praticamente uma saga! O livro começa falando de literatura. Um aspirante a escritor descobre um livro desaparecido. Elimane é um autor de um livro só, igualmente desaparecido. Quanto mais o futuro escritor pesquisa sobre Elimane e sua obras, menos ele sente impulsos para escrever e sente capaz de fazê-lo. O que só piora quando um exemplar O Labirinto do Inumano chega em suas mãos. Tudo no livro é meio mágico, fantástico.
Obra de Sewa Situ-Prince AgbodjanDepois o livro passa a contar a história de Elimane. Nada é muito claro. Um tio fica responsável pelos cuidados dos sobrinhos gêmeos. Ele decide que um ficaria na aldeia, absorvendo e trocando conhecimentos da sua cultura milenar. E o outro iria estudar na escola francesa. O que fica na aldeia sente um alívio, já que os irmãos eram rivais. Os desacertos voltam quando os dois se apaixonam pela mesma mulher. Um dos dois é pai de Elimane.
O tempo todo o livro fala sutilmente de colonizador e colonizado, que texto brilhante. Elimane vai estudar com um padre que o acha muito inteligente e o encaminha para uma escola francesa. Lá ele bebe da cultura europeia, começou devorando a biblioteca do padre, depois as que teve acesso, até escrever seu livro que é acusado de plágio. Elimane costura trechos de textos clássicos em seu texto. O livro passa a debater sobre plágio, fusão de culturas, e inúmeros temas. Há muitas questões mágicas também. Os críticos que falaram mal do livro, que acusaram Elimane, começam a se suicidar. Elimane tinha esse poder vindo de seu povo? Era coincidência?
Obra Os Pássaros da Felicidade (2008) de Ibra NdiayeO livro termina com o retorno a aldeia. Elimane também tinha feito o mesmo caminho de volta mas já tinha falecido. Que livro! Absurdamente impactada!
Beijos,
Pedrita





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