domingo, 7 de dezembro de 2025

Amores Materialistas

Assisti Amores Materialistas (2025) de Celine Song na HBOMax. Na verdade eu insisti pra ver esse filme, larguei várias vezes. Esse filme tem inúmeros problemas, principalmente de roteiro. É um equívoco só!

A sensação que tive é que o roteiro do filme foi pensado para personagens de uns 20 anos, mas como queriam os queridinhos da vez, Dakota Johnson, Pedro Pascal e Chris Evans, mudaram para pessoas de mais de 30 anos. O trio merecia um roteiro melhor. E adaptaram muito mal. O roteiro é pueril. Dakota trabalha em uma agência de encontros para ricos e é muito bem sucedida na carreira. Há filmes pra promover cruzeiros, esse deve ser pra promover casamentos que são altamente rentáveis. Essa mania de gastar fortunas em casamentos tem no Brasil também, apostam fortunas em uma noite pra todo mundo falar mal depois e se separar um pouco depois também. A protagonista está esfuziante. Não só conseguiu um encontro com um bom partido para a cliente, como deu certo e eles vão casar. A agência deve ganhar uma grana pra promover os encontros e ainda mai8s nas comissões da festa de casamento. É um comércio muito rentável de sonhos de vento. As mulheres escolhem os homens como se fossem comprar algo na prateleira, branco, mais de 1,80, rico e uma infinidade de detalhes imbecis como cor do cabelo, olhos. A "sortuda", se é que casamentos são sorte, faz uma bela festa e o irmão do noivo se interessa pela casamenteira. Ela diz que o perfil dele é perfeito, que não vão faltar candidatas na agência porque ele é o unicórnio, mas ele insiste que quer ela. O filme tenta desconstruir o amor romântico, então nada é apaixonado, explosivo, tudo é calculado. Mas soa falso de qualquer jeito. Há um retrocesso em colocar a vida em casamentos em vez de suas carreiras e o Brasil copiou essa bobagem.
Chris Evans faz o triângulo amoroso. É o pior personagem do filme que tem comportamento adolescente. Ele vive em um ap com mais dois imbecis, bem adolescentes, camisinha suja no meio do caminho, mulheres, bebidas. Pra piorar a vida profissional dele é um monte de equívoco. Ele é ator de teatro, e sonha ter sucesso na área com 37 anos. Com essa idade ele já é um ator. Sim, viver de teatro é financeiramente difícil, vive-se com pouco, mas dá pra dividir um ap ou alugar uma quitinete. Nos Estados Unidos é muito comum quarto e banheiro particular. Em vez dele trabalhar em áreas afins, dar aulas, ter cursos. Ele é garçom em casamentos. Eventos avulsos pagam muito bem, daria pra ele viver confortável, sem luxo, em um pequeno ap. Mas quem faz bico de garçom tem menos de 30 anos e tá começando na carreira. Quem é ator com mais de 30 anos, já completa a renda com trabalhos na área. E não é miserável como vive no filme. O roteirista não tem ideia como ator de teatro vive. E ainda tem preconceito.
Pra desconstruir o amor romântico, tudo é sem graça. E é falso, porque o filme só fala de casamento. Na primeira noite no apartamento do milionário, ele já entrega a chave pra ela. Sim, ele sabia que ela trabalhava na agência já que casou o irmão, mas milionário é sempre muito cauteloso em qualquer negócio. O apartamento não tinha câmeras, empregados e ele não tinha segurança. Ele vivia no fantástico mundo de Oz onde não há violência. Que bom que a vida é muito mais do que viver para casamentos, que bom que o mundo evoluiu ou pelo menos deveria.
Beijos,
Pedrita

3 comentários:

  1. O que gostei foi de ver Dakota Johnson que é toda linda.
    E história é leve.
    Pedro Pascal é feio.
    Beijo,

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  2. Se há resenha mais bem orquestrada que essa desconheço.
    Eu concordo em gênero, número e grau.
    Não saberia colocar em palavras tão bem como você fez.
    Foram muitas as cenas em que parecia nítido o desconforto dos protagonistas.
    Esse trio é mesmo excelente porque fazer render um roteiro tão fraquinho assim é para poucos.
    Os diálogos então absurdamente sofríveis 😵‍💫😵‍💫

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  3. Olá! Que boa atriz, não conhecia o filme, obrigada por partilhar!

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