 Assisti ao espetáculo Nacionalismos e Vanguardas: Variações em torno de 1964 com o Núcleo Hespérides - Música das Américas no Centro Cultural São Paulo. Esse espetáculo integrou a programação sobre os 50 anos do Golpe Militar e teve a estreia mundial da obra do compositor brasileiro Paulo C. Chagas,  A Geladeira. Impressionante essa obra. Paulo C. Chagas vive atualmente nos Estados Unidos e esteve no Brasil especialmente para esse estreia. Ele também interpreta já que é uma música com fotos em filmagem e intervenções eletrônicas. A Geladeira é fruto da horrível experiência de Paulo C. Chagas, quando tinha 17 anos e foi torturado na ditadura. Detalhes do que ocorreu ele contou em uma entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo. É angustiante o relato. Como muitos torturados, ele travou e se silenciou. Recentemente quebrou o silêncio após o pedido para que fizesse essa obra impactante.
Assisti ao espetáculo Nacionalismos e Vanguardas: Variações em torno de 1964 com o Núcleo Hespérides - Música das Américas no Centro Cultural São Paulo. Esse espetáculo integrou a programação sobre os 50 anos do Golpe Militar e teve a estreia mundial da obra do compositor brasileiro Paulo C. Chagas,  A Geladeira. Impressionante essa obra. Paulo C. Chagas vive atualmente nos Estados Unidos e esteve no Brasil especialmente para esse estreia. Ele também interpreta já que é uma música com fotos em filmagem e intervenções eletrônicas. A Geladeira é fruto da horrível experiência de Paulo C. Chagas, quando tinha 17 anos e foi torturado na ditadura. Detalhes do que ocorreu ele contou em uma entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo. É angustiante o relato. Como muitos torturados, ele travou e se silenciou. Recentemente quebrou o silêncio após o pedido para que fizesse essa obra impactante.Paulo C. Chagas é o da esquerda da foto.
Sob regência de Ricardo Bologna, interpretaram A Geladeira: a pianista Rosana Civile, os cantores Maria Lúcia Waldow e Ademir Costa. A violinista Eliane Tokeshi. A violoncelista Ji Yom Shim, o viola Ricardo Kubala e o percussionista Joaquim Abreu.
Cenas de A Geladeira
Introdução: a escuridão da inconsciência
A eletricidade: máquina de meter medo
Os ruídos: imersão nas vibrações caóticas
O frio: sopro da morte
A culpa: testemunhando a tortura de um ser amado
A dor: sentimento de finitude
As formas de tortura: a tortura invisível
A paz: música que vive não-cantada
Na primeira parte estavam obras dos compositores brasileiros envolvidos nos Manifestos Musicais de 1944 a 1966. Participaram dessa primeira parte Adélia Issa (soprano), Maria Lúcia Waldow (meio-soprano), Ademir Costa (barítono), Eliane Tokeshi (violino), Ji Yom Shim (violoncelo), Ricardo Kubala (viola), Rosana Civile (piano).
Programa da primeira parte:
Programa da primeira parte:
Camargo Guarnieri (1907-1993)
Hans-Joachim Koellreutter (1915-2005)
Cantos de Kulka, para soprano e piano (1964)
César Guerra-Peixe (1914-1993)
Ê-Boi!,  para canto e piano (1958)
Duo, para violino e viola (1946)
Eunice Katunda (1915-1990)
Duas cantigas das águas, para canto e piano (1957)
    Em louvor de Oxum
    Em louvor de Yemanjá
Edino Krieger (1928)
Canção do violeiro, para canto e piano (1956)
Cláudio Santoro (1919-1989)
Adagio, para viola e piano (1946/1965)
Meu destino, para canto e piano (1958)
Gilberto Mendes (1922)
Lamento, para canto e piano (1956)
Ernst Widmer (1927-1990)
Massacre, op. 32 nº 6, para voz grave e piano (1964)
Beijos,
Pedrita


 
 
Deve ter sido super interessante esse espetáculo.
ResponderExcluirbig beijos
Acredito q com o frio nada melhor q programas culturais....bjos
ResponderExcluirana, no dia dessa apresentação estava um grande calor.
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