terça-feira, 19 de outubro de 2021

Ilha Negra

Assisti Ilha Negra (2021) de Miguel Alexandre na Netflix. O Brasil sempre se superando nos spoilers e interpretação de título, Ilha dos Segredos. Tanto que no final é fundamental o filme se chamar Ilha Negra, porque explica tudo. O diretor é português e o filme é alemão. É bem mais ou menos, quase nem ia falar aqui, mas da metade pro final melhora, mas continua bem sofrível.

O filme tem uma pegada bem adolescente e repleta de clichês. No começo vemos uma mulher (Alice Dwyer) provocando a morte de uma avó, uma mãe e um pai. Passa um ano e essa mulher volta como professora, mas ninguém sabe que é ela que matou aquelas pessoas, só nós. Nós já sabemos de tudo, ficamos esperando quando eles vão descobrir e tentando saber os motivos. O garoto (Philip Froissant) leva um ano pra chegar perto da jovem (Mercedes Müller) que é louca por ele. Apesar dos hormônios adolescentes, eles sempre juntos, só um ano depois que se beijam. É filme clichê de ilha lindíssima, que parece que só moram lá a família dos crimes, porque ninguém vê nada. Tem muita gente no colégio enorme, muitas famílias, mas ninguém nunca está em lugar nenhum, muito esquisito.
No final é bem terror. Como ninguém desconfia de nada e não vê nada, nada atrapalha as armações da assassina. Ela consegue matar uma jovem na biblioteca, tirar o corpo de lá e ninguém ver nada, tirar doente (Hans Zischler) de hospital sem ninguém interferir, o plano dela dá sempre certo. E o idoso indo atrás da carta que "explica" tudo em vez de um telefone pra pedir socorro é bem surreal.

Beijos,
Pedrita

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