domingo, 16 de fevereiro de 2025

Clock

Assisti Clock (2023) de Alexis Jacknow da Hulu na Star+ na Disney. Faz tempo que tinha começado a ver esse filme de terror, mas parei. É um assunto difícil sobre maternidade.


 

A premissa é muito boa. Uma mulher de 38 anos (Dianna Agron), muito bem casada, não quer ter filhos. Ele (Jay Ali) quer. Eu sempre fico triste com casais que chegam nesse impasse difícil de solucionar. Já vi muitos casais se separarem por isso. É algo difícil de abrir mão pelo outro. No caso do filme é pior, porque é a mulher que não quer e é a mulher que vai carregar 9 meses uma criança na barriga, passar os próximos anos cuidando do bebê, que são atividades mais da mulher mesmo, é o corpo que vai mudar, o tempo que vai mudar. Mesmo que o homem seja muito participativo, é a mulher que terá as maiores transformações.
Uma médica sugere uma clínica com um tratamento inovador, que vai colocar na mulher o desejo de ser mãe, meio cura gay. O lugar que fica a clínica é lindo, a clínica é linda. A médica da clínica é Melora Hardin.

O filme se perde completamente. Ela começa a tomar um monte de remédios sem saber o que são, alguns falam que são hormônios, então ela fica muito transtornada. O filme começa meio que culpar a mulher, ela vira assassina, violenta. Em um momento a médica diz que a mulher precisa avisar se algo acontece, se ela está com efeitos colaterais e ela não conta. Enfim, o filme meio que coloca toda a culpa na mulher. Sim, a leitura pode ser outra, mas o estrago é tão grande na culpabilização feminina, que acho que não ajudou em nada debater o não desejo a maternidade.
Beijos,
Pedrita

12 comentários:

  1. Atualmente (de dez doze pra cá), os que se acham donos do mundo resolveram que os costumes repressivos do passado eram melhores que a busca de liberdade do presente.
    Então criaram planos para demonizar tudo que se relacione com essa busca. A mulher não deseja casar? é uma louca! Não quer ter filho? é desnaturada! É feminista? tem que ser escrachada! E olha que estou falando só de coisas que dizem respeito às mulheres, mas há outros grupos humanos que também estão sendo alvos de tais planos. A arte reflete isso.

    Beijo

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    1. marly, sim, estão surgindo radicais do retrocesso. assusta. e principalmente ligadas a religiões igualmente radicais.

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  2. Não gosto de filmes de terror, porém, este filme, pelo que relata parece interessante!
    .
    Caídos no esquecimento...
    Beijos. Bom fim de semana.

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  3. Pena que o filme não conseguiu passar a proposta de reflexão sobre o tema importante, sensível e atemporal.

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  4. Olá, tudo bem? Preciso assistir O Brutalista. Li sua crítica sobre Emilia Perez. Interessante o paralelo com o filme brasileiro. Bjs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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    1. fabio, gostei bastante de emilia perz e sim lembra bem o brasil. quero ver o brutalista.

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  5. O tema é interessante, mas a abordagem parece ser lastimável.
    Beijo

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