quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Agora Brilha o Sol


Assisti Agora Brilha o Sol (1957) de Henry King no Telecine Cult. Eu queria muito ver porque tem a belíssima Ava Gardner no elenco. É baseado no livro de Ernest Hemingway. Estava gostando bastante. O personagem de Tyrone Power parece ter tido uma história com nossa protagonista, mas ele finge não sentir nada por ela. Ela, em contrapartida, tem o comportamento de muitos depois da guerra, viver o dia de hoje como se fosse o último. Também busca um casamento que lhe dê segurança financeira. Enquanto se relaciona com o milionário tem vários envolvimentos com outros homens.

O filme começa a ser realmente um problema pra mim quando o grupo que vive em volta da nossa protagonista vai para a Espanha participar das festas que têm como "divertimento" principal as touradas. São cenas e cenas de touros sofrendo e dos seres humanos achando que isso é diversão. Até entendo que é uma época que não via como violência aos animais, mas hoje em dia ainda acham essa prática ser esporte e no Brasil aumentou consideravelmente os investimentos em rodeios, que apesar de um pouco diferentes, é desumano igualmente com os animais. Aqui no Brasil inclusive, o investimento parte de uma emissora de televisão que ainda divulga exaustivamente o abuso de seres humanos sobre animais só para mostrarem o que eles acham que é virilidade. Desse momento em diante de Agora Brilha o Sol foi um suplício continuar a ver o filme. Tinha o livro do Hemingway em uma lista para ler, vou repensar.
Agora Brilha o Sol é da época que a indústria do tabaco investia consideravelmente no cinema americano e a maioria dos personagens fumam desvairadamente. Como já comentei aqui em outros posts, viam também o consumo excessivo de álcool como falta de força de vontade, de alguém libertino e não como uma doença.
Há muitos outros atores no elenco: Erroll Flynn, Mel Ferrer, Errol Flynn, Eddie Albert, Gregory Ratoff, Robert Evans e Juliette Gréco.
Pedrita

6 comentários:

  1. Infelizmente hoje ainda a tourada é vista como tradição e ainda temos os rodeios. Eu não tenho pena do toureir o que é atacado, sabia? Bem feito!

    O interessante de ver filmes antigos é notar como as coisas mudaram. Por exemplo cigarro nesta época era algo sexy, charmoso. Não tinha a imagem negativa que tem hoje.

    Beijos

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  2. Eu vi o filme e li o livro, mas realmente as cenas de touradas tanto do filme quanto do livro são uma tortura! Ainda mais para uma vegetariana.
    Bem, e Ernest Hemingway era fã de uma caçada.
    Marion: eu também fico torcendo para o touro!
    Denise

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  3. Quanto custaria, proporcionalmente, hoje em dia, reunir num só filme esta autêntica "constelação" de estrelas da época??

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  4. Nossa Pedrita estou por fora dos filmes que andasse assistindo.
    Assisti motoqueiro fantasma e achei bacana até.

    Bjos

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  5. O anônimo sou eu a Pathy

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  6. marion: eu tenho dó de todos, do touro, dos homens, é de doer o touro com os espetos no corpo.

    Dê: acho que muitos ingleses eram fã de caçadas, era cultural, no filme a rainha, sobre o período da morte da lady di, mostra bem isso.

    pathy: eu tenho vontade de ver o motoqueiro fantasma.

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Cultura é vida!