terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Valsa com Bashir

Assisti Valsa com Bashir (2008) de Ari Folman no Max. Eu pensava em ver essa animação, mas sabia que teria que estar preparada, sabia que não seria um filme fácil e foi sim, muito difícil. Ex-combatentes da Guerra do Líbano, quando defendiam o exército de Israel na década de 80, contam o que lembram após 20 anos. Como um documentário começa com um oficial contando para um cineasta o seu sonho recorrente e o motivo de sonhá-lo. Essa lembrança mexe com o cineasta que igualmente começa a sonhar de forma recorrente sobre um bombardeiro. Mas tanto ele como o amigo lembram pouco do que ocorreu.

Ele quer lembrar, mas não consegue e é aconselhado por um amigo a procurar as pessoas que estavam no sonho. A maioria bloqueou o que aconteceu, uma psicóloga ajuda a explicar o bloqueio. Ele viaja para a Holanda e cada um que conversa começa a ter sonhos e lembrar aos poucos, aos fragmentos. Eles eram jovens na guerra, tinha entre 18 e 20 anos. É um relato cru da guerra, sem líderes, sem saberem porque tinham que atacar aqui ou ali, quem atacavam. Sem glamour, sem herois, Valsa com Bashir revela um dos relatos mais indigestos da guerra que já vi. A ideia de animação ajuda, os amigos não querem ser fotografados, seria muito difícil fazer imagens daqueles horrores que vemos, a animação diminui um pouco o impacto, não resolve a dor que sentimos, mas diminui. Valsa com Bashir ganhou Globo de Ouro e César de Melhor Filme Estrangeiro.

Beijos,
Pedrita

5 comentários:

  1. Eu achei o traço da animação meio feio e deixei de vê-lo.

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  2. Concordo com o Enaldo. Geralmente nao assito filmes de guerra fico muito nervosa e agitada, deve ser a idade, ou porque sou muito emotiva rs.

    Te desejo uma semana abencoada

    Bjao

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  3. enaldo, a animação é um recurso para o filme ser possível. é só um detalhe.

    georgia, eu tb, mas como eu conheço muito pouco da história desses países me esforço pra ver. mas ensaio várias vezes até ter coragem. agendei várias vezes qd ia passar e desistia.
    uma ótima semana pra vc tb.

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  4. Oi!
    De fato, Valsa com Bashir é um belíssimo filme e é um documentário em formato de animação. Algumas cenas foram gravadas realmente e transformadas em animação e outras foram feitas totalmente em animação. Por exemplo, a cena do menino com uma bazuca no meio da 'selva'. Bom, isso possibilitou uma redução enorme de custos. Já imaginou gravar aquela cena com uma bazuca real, numa selva real? Ia custar muito caro, não?

    beijosss
    =*

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  5. edilma, além da questão financeira, logo o diretor mostra que um dos entrevistados não queria aparecer.

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