terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Pequena Viagem ao Brasil de Stefan Zweig

Terminei de ler a Pequena Viagem ao Brasil (1936) de Stefan Zweig da Versal Editores. Fui a feira de livros da USP com encomenda e uma lista fechada, mas quem resiste a Stefan Zweig? Logo eu que acompanhei o filme Lost Zweig e depois passei a acompanhar outros projetos dele. E olha que tinha um outro livro de cartas, a Liliane do Paulamar vai se interessar. Mas resisti bravamente, mas \Aa esse não. E adorei! A capa é do Acervo do Instituto Moreira Salles com foto de Marcel Gautherot. No Brasil recente há mais esses livros que falam do Zweig no Brasil. Quero muito ler ainda os seus textos literários.

É um livro fininho que Stefan Zweig escreveu após sua primeira viagem ao Brasil. Ele já morava na Inglaterra, veio para Buenos Aires dar uma palestra e passou pelo Brasil. Ficou no Rio de Janeiro, mas visitou uma fazenda de café no estado de São Paulo e visitou São Paulo. Há um parágrafo sobre o Instituto Butantan. Inteligente, ácido, ele fica encantado com o Brasil, mas não deixa de ser crítico também. No Instituto Butantã ele se surpreende com o jeito de circo quando pegam a cobra indefesa e na frente dos visitantes tiram o veneno. Uma mostra de poder sob o animal indefeso. Eu mesma quando visitei ainda tinham essa prática que já na época que Zweig visitou ele só tinha visto na Índia. Não sei como é hoje. Mas ele elogia os pesquisadores do instituto, ainda tão importantes e tão presentes, apesar do Governo do Estado de São Paulo continuar insistentemente querendo destruir a pesquisa, os incentivos e terminar com os pesquisadores. Zweig fica impressionado com os prédios em São Paulo e com a rapidez que eram construídos.

Obra Café Secagem (1940) de Quirino Campofiorito

Zweig visita uma fazenda de café, fica encantado com os sistemas manuais de colheitas, secagem. Ganha uma máquina enorme de fazer café. Ele fica encantado também com a mistura de raças, negros e brancos trabalhando lado a lado. Ele acaba não conhecendo o preconceito além do trabalho. Mas é fato que no Brasil há mistura de raças, casamentos inter-raciais. E Zweig vinha de uma Europa que passava há décadas a perseguir e segregar judeus, deve realmente ter se encantado com nossa miscigenação. Mesmo que não sejamos assim tão acolhedores com todos os povos.
Obra Vista do Rio de Janeiro (1982) de Lia Mitakkaris

Obviamente Zweig fica encantado com o Rio de Janeiro. As praias, os cariocas nas praias, o ritmo da cidade. Amei o livro.

Beijos,
Pedrita

18 comentários:

  1. Penso que a maioria dos livros de Zweig são pequenos, sobretudo os de ficção que mais parecem contos grandes ou pequenas novelas, mas gosto muito da sua escrita, embora esta retrate, exemplarmente, aquele olhar para as coisas e as situações de quem pertence a uma sociedade aristocrática.
    Nunca o li fora da ficção, mas sei que adorou o Brasil de tal modo que refugiou-se nesse País e aí se suicidou.

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    1. carlos, não sabia, uma hora vou procurar em sebos. no aqui perto não tem nenhum.

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  2. Querida Pedrita,
    Pela capa e relato fiquei fã do livro, deve ser maravilhoso fazer essa viagem com o autor.

    Beijinhos

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    1. andréa, é muito legal sim. tb amei a capa e a edição.

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  3. Nunca li nenhuma obra do autor. Boa dica.
    big beijos

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  4. A vida de Stefan Zewig renderia um ótima, sem contar o doc que já existe.

    Bjos

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  5. Eu não conheci o livro e nem o Zweig, mas pelo o que você falou dele me peguei com vontade de ler o livro e viajar pelo Brasil através do que ele escreveu nesse livro... As fazendas de café e o Rio de Janeiro e tudo o mais \o/

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    1. pandora, zweig é autor de textos famosos q viraram filmes como o hotel budapeste.

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  6. Oieeeeeeee Pedrita
    Nossa que capa linda e que plot mara, eu também não teria resistido rsrsrs aliás pra que resistir a uma obra tão magnífica e tão adorável????
    É quase um pecado!
    Fiquei encantada com sua resenha, é fascinante a maneira como você coloca em palavras as letras do autor!
    Amei <3
    Bjs Luli
    Café com Leitura na Rede

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    1. luli, demais a capa não? eu não tenho resistido aos textos do zweig depois q vi filmes adaptados e vi documentário e filme. ah, obrigada.

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  7. Conhecia o autor, mas não esse livro. Fiquei curioso para conferir essas impressões dele sobre o Brasil.
    Tentarei achar a obra para adquirir.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de janeiro. Serão dois vencedores, dividindo 4 livros.

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  8. Acredita que ainda nem vi Lost Zweig?
    E está anotado desde que vc mandou.
    Sim, sou fã dele porque minha tia me levava numa Biblioteca onde tinha muitos livros dele. Li alguns.
    Não lembro de nenhum.
    Alberto Dinnes não sei se conheceu Stefan mas tem livro sobre ele.
    Vou vê esse documentário.

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    1. liliane, é muito bom. eu quero muito ler a ficção dele.

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  9. Menina, andei procurando esse livrinho, um tempo atrás, em sebos e não o encontrei, vou voltar à carga, rsrs.

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    1. marly, acho que não é um livro achado em sebos. só na editora mesmo.

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