Quem relata a história é o garoto. Tudo é visto pelo olhar do garoto. Ele começa contando a história da mãe quando criança, ela vinha de uma família de posses e viviam confortáveis. A mãe se casa e tem seu único filho. Judeus, eles inicialmente fogem da Ucrânia, depois na Segunda Guerra Mundial fogem para o Mandato Britânico na Palestina. É época de muita tristeza, fome e miséria. O pai é escritor, fiquei curiosa para conhecer o livro do pai de Amos e trabalha em uma livraria. A mãe adora contar histórias para o filho, interessante que não são histórias infantis, algumas são bem trágicas. Histórias de tradição oral. O menino é louco pela mãe.
Os ingleses tiram a posse da terra, é criado o Estado de Israel, o pai fica eufórico, a mãe nem tanto e é quando o casal começa a se descompassar. Os palestinos são segregados e começam a se confrontar com os israelenses. Há muita sutileza em falar dos confrontos. Na narração falam que palestinos e israelenses passaram a se atacar quando na verdade quem sempre atacou os judeus e os palestinos foram a Europa e em vez deles lutarem com quem os massacrou, eles passaram a brigar entre si. O pai vai a luta armada, o garoto passa a colaborar procurando objetos, tudo com muito risco, bombas e violência.
Pela casa deles ser mais segura, eles abrigam várias famílias separadas por lençóis. Uma amiga da mãe é morta. A mãe vai se silenciando em uma dor sem fim. É lindo demais como o garoto cuida da mãe, de cortar o coração. Gostei demais do filme, da delicadeza como é retratado. O garoto cuida muito da mãe, com uma dedicação que emociona. É no garoto que a mãe se ampara. Lindinho quando o garoto imagina várias formas de salvar a mãe como se fosse um super herói. Com a desilusão, o garoto vai viver no Kibbutz Hulda e muda de nome. Gostei da direção, da delicadeza em mostrar o universo feminino e suas sensibilidades, pouco visualizadas pelo perfil masculino. Natalie Portman está maravilhosa e como é fofo o ator que faz o garoto, Amir Tessler, é o único filme que ele atuou. O marido foi interpretado por Gilad Kahana. O filme é falado em hebraico, não sabia que Natalie Portman fala em hebraico, nem que ela é judia, nem que nasceu em Jerusalém. A família dela se mudou para os Estados Unidos quando ela era bebê. Minha admiração por essa atriz aumentou mais ainda após esse filme.
Beijos,
Pedrita
Eu já quero muito ver esse filme!
ResponderExcluirParece maravilhoso <33
matilda, é muito bom.
ExcluirEu já li Judas do Amos Oz, muito bom. Gostei muito dele. Quero ver se leio esse do filme antes de assistir. Amei saber que é todo em hebraico. Não sabia.
ResponderExcluirBeijos
Adriana
adriana, eu quero ler ao menos uma obra dele.
ExcluirSó li de Amos Oz a obra que dá origem a este filme, confesso que gostei muito do livro e recomendo.
ResponderExcluirhttp://geocrusoe.blogspot.pt/2013/08/uma-historia-de-amor-e-trevas-amos-oz.html
carlos, fiquei com vontade de ler algum livro. não esse especificamente.
ExcluirAdoro o autor e esse é o meu livro preferido. O filme mostra uma parte bem pequena do livro, porém importante e muito bem adaptado. Gostei muito!
ResponderExcluirHebraico é um idioma lindo! Vou querer aprender no futuro.
bruxa, q bacana q souberem escolher só uma parte do livro e adaptá-la bem.
ExcluirNatalie Portman é excelente atriz.
ResponderExcluirbig beijos
lulu, e mostrou-se uma diretora delicada.
ExcluirPedrita,
ResponderExcluirFiquei curiosa pra ver esse filme, gostei da resenha!
Beijos ♥
andréa, acho q vai gostar.
ExcluirMe arrepiei lendo a resenha, fiquei louca de vontade de ver esse filme. Deve ser daqueles que a gente chora rios, fica dias pensando e carrega para a vida. Arte em tudo aquilo que importa.
ResponderExcluirnão cheguei a chorar rios, mas fiquei bem triste.
ExcluirOlá Pedrita
ResponderExcluirTeve uma época que li seguidamente Amós Oz, "Entre amigos", "Sumri", "Judas" que foi o meu favorito, e "De amor e trevas", mas ainda não assisti o filme.
A delicadeza com que vc diz que a narrativa foi tratada deve ter sido muito emocionante e de uma tristeza reflexiva.
Adoro a atriz Natalie!!!!
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede
luli, tb adoro a natalie. o filme é muito delicado.
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