Começa com um casal exultante, preparando a casa para o nascimento do primeiro filho. O casal está muito, mas muito feliz, só que semanas antes da cesárea ela passa mal e tem que fazer parto normal. A mudança de planos angustia muito o casal ainda mais ela com as dores. Quando ela acorda ela descobre que o filho nasceu com muitos problemas porque o coração estava fraco. Ela vê o bebê cheio de tubos. Mostra a frieza com que o hospital lida com o caso. É só mais um bebê com problema, nenhum médico para conversar com ela que entra em estado de choque. O filme aborda tantas questões, vou ficar anos pensando nos temas.
A catarse dela é muito perceptível, ela fica horas olhando o berço, dormindo encolhida, não quer ver o filho. Então ela é enviada para um grupo de apoio. Mostra bem como a sociedade é com quem demonstra dificuldade de lidar com uma questão. Mas esquecem completamente do marido que parece que está reagindo melhor, mas não está. A raiva da vida não programada faz ele ser muito agressivo verbalmente com a mulher, ele não entende o comportamento da mulher e constantemente a condena duramente. Se ele não entende, ele deveria se afastar, não agredir verbalmente a mulher. E estranho ninguém perceber e fazer ele também ir procurar tratamento.
O grupo que a protagonista segue lembra os alcoólicos anônimos onde cada um conta o que quiser. Com pouca interferência dos mediadores. Os encontros são espaçados demais, a cada 15 dias, Achei muito pouco para essa mãe tão em crise. Ela deveria ter acompanhamento psiquiátrico, psicológico e esse quinzenal complementar. 2 ou 3 vezes por semana e ainda terapia de casal. Realmente parece que o grupo não anda, tão espaçados os encontros. Até que a protagonista lembra algo que leu, sobre ir a hotéis para serem outras pessoas. 5 gostam da ideia. Muito interessante como tudo passa a modificar. Continua um filme difícil, até porque os 5 somem e nenhum terapeuta tenta encontrá-los e ajudá-los no processo.
É muito interessante como realmente eles começam a mudar. A menina que vivia encolhida e com roupas largas, coloca uma blusa justa e passa a andar erguida. Eles resolvem ajudar ao outro. Cada vez um quer viver a sua loucura e todos ajudam. É muito lindo o acolhimento deles sem julgamento as pirações do outro. Ela encontra acolhimento algo que nem o hospital nem a família tinha feito. Só a acusavam da dificuldade de lidar com os seus dramas. Eu acredito muito em terapias não convencionais. Não precisam ser malucas demais, como muitas vezes o filme mostra, mas às vezes ajudam bem mais do que o paciente só falar sem ninguém auxiliar como alguns tratamentos antiquados. Sem falar nos excessos de remédios de muitos tratamentos, como uma forma de jogar ao medicamento a responsabilidade do tratamento, esquecendo de ouvir o outro.
O filme é muito angustiante. Todos estão excelentes: David Dencik, Anna Bjekerud, Henrik Norlén, Mira Eklund e Simon J. Berger.
Beijos,
Pedrita
Não conhecia. Há alguns anos adorava esse tipo de filme. Atualmente não sei se teria paciência, mas fiquei curiosa.
ResponderExcluirbruxa, eu gosto sempre.
ExcluirOlá, tudo bem? Gostei bastante do filme A Chegada na minha maratona do Oscar. Adorei o trabalho da Amy Adams. Como ela não aparece entre as finalistas de melhor atriz? Eu recomendo. Bjs, Fabio www.tvfabio.zip.net
ResponderExcluirfabio, nem sei q filme é esse.
ExcluirAcho que não gostaria do filme mesmo sendo com essa bonita atriz.
ResponderExcluirliliane, eu tinha quase certeza q ia gostar muito.
ExcluirHello, Pedrita!
ResponderExcluirGostei da resenha, pra mim é um filme imperdível!
Beijinhos ♥
andréa, é muito bom sim.
ExcluirOlá, Pedrita. Vi um pouquinho desse filme, não sou fã dessa atriz, mas vou ver todo em outra oportunidade.
ResponderExcluirruby, é um filme indigesto. eu fui vendo em partes, pq angustia.
ExcluirOláááááá Pedrita
ResponderExcluirooowwnnn puxa não conheço o filme.
VC tem razão quando diz que a sociedade pode ser muito cruel com as pessoas que estão passando por problemas sérios e não conseguem lidar com isso :/
Acho tão interessante, importante e mesmo indispensável terapias e as de grupo criam uma empatia e um vínculo que podem salvar.
Sou super a favor de terapias pouco convencionais, afinal tudo se transforma o tempo todo e sempre se cria algo novo :)
Quero muito assistir, mesmo sendo o tema difícil e um filme que mexe com s sentimentos.
Já está na lista!
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede
luli, tb não conhecia. nunca tinha ouvido falar. realmente a sociedade se incomoda com o sofrimento do outro e muitos desejam que a pessoa resolva rápido pq querem deixar de se sentirem incomodadas. tb acho terapias fundamentais. é muito bom, mas incomoda. veja qd estiver preparada.
ExcluirPedrita, minha amiga,
ResponderExcluirEste filme parece que é ótimo, pela resenha eu já vi a diversidade de temas dos quais ele trata, vou tentar vê-lo com certeza. Os filmes dos países nórdicos costumam abordar - com especial competência - os dramas psicológicos e morais dos seres humanos, né? Estou me lembrando agora que vi, há uns três meses, um filme dinamarquês (nome: Segunda Chance)que também levanta questões inquietantes, você já o viu?
Beijoca
marly, não vi esse filme que comentou. e como vc, gosto de temas psicológicos. vou procurar. acho q vai gostar de hotell. é inquietante. muito forte. mas muito bom.
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