Essa diretora utiliza o terror para falar de questões complexas e profundas. Nesse caso, além de uma grande miséria financeira, essa família sofre com a solidão e o abandono. A mãe da menina morreu, o pai é pedreiro e trabalha demais. A tia casa e vai embora. A tia era a única que fazia a rotina da criança ser mais organizada. O pai, envolvido em seus conflitos, mal olha a menina. E ainda fica muito bravo quando a menina começa a se apegar aos pedaços da mãe morta, a rituais. Ele nem percebe que a ausência dele é muito mais danosa a menina que esses objetos que acabam fazendo companhia pra ela, que passa a ter algum objetivo.
A menina diz ao pai que a escola está de férias, eu confesso que fiquei na dúvida se ela não estava mentindo. Ele nem vai verificar. A menina fica o dia inteiro nessa casa, uma mulher vai levar quentinhas na hora do almoço, mas todo o resto do tempo ela fica sozinha. A noite ela vê filmes de terror, onde passa a ter ideias dos rituais. É melhor olhar para o sobrenatural do que olhar pra vida dela tão dilacerada e sem perspectiva. Julio Machado está igualmente impressionante. Fiquei imaginando o quanto devia ser difícil pra esses atores fazerem as cenas.
A Sombra do Pai fala muito de pobreza, dessas crianças que ficam sozinhas em suas casas, tendo que se virar totalmente sozinhas, abandonadas a própria sorte, porque seus pais não tem recursos pra colocar quem cuide delas e ficam exaustos de tanto trabalhar. Crianças que precisam amadurecer muito cedo. A festa de aniversário dela é de cortar o coração. Artificial, triste, simplesmente desoladora.
Beijos,
Pedrita
Que tristeza, Pedrita.
ResponderExcluirEvito, cada vez mais, esses temas tristes e sem esperança.
heloisa, eu acabo vendo.
ExcluirOlá, querida Pedrita!
ResponderExcluirÉ triste, porém uma realidade para muitas crianças.
Já vi cada matéria horrorizantes com crianças, casos chocantes, inclusive com os pais.
O Canal Brasil é muito bom.
Beijinhos no seu ♥
andréa, esse filme é muito atual. e gosto de usar o terror como alegoria pra falar do tema.
ExcluirNão conheço os atores, nem a estória.
ResponderExcluirMas parece ser interessante.
Em cinema criança pode trabalhar e não fazem acusação de "trabalho escravo infantil".
liliane, é um tema complexo. crianças trabalhando de sol a sol em minas de carvão é abominável. como atores já é discutido faz tempo. há muitas regras atualmente sobre carga horária de gravação, ter boas notas. em cinema é mais tranquilo. tem filme q é gravado em uma semana, então a criança pode até atuar só nas férias. esse filme especificamente eu não sei se gostaria q um filho meu atuasse. o tema é muito pesado. lembro sempre da mãe da menina que fez o demônio do exorcista, q precisou mudar de cidade. mas hj acho q tanto as crianças como quem assiste já entende mais q é só um trabalho. eu comento nos filmes de terror q falo aqui qd acho q eu não gostaria de meu filho trabalhando nele.
ExcluirNão conhecia. Vou colocar na lista de filmes que quero ver.
ResponderExcluirana paula, é ótimo.
ExcluirFiquei curiosa e amei sua resenha
ResponderExcluirAdoro a Luciana Paes e o Júlio Machado.
Já anotei aqui a indicação.
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
luli, eu gostei muito.
ExcluirPedrita, tive a sorte de ver esse filme no Cine Belas Artes. É muito bom poder ver o crescimento do cinema nacional, e principalmente o fato de entrar em outros gêneros. Esse filme é impactante, principalmente por retratar a solidão que muitas crianças vivem. bjos.
ResponderExcluirandreia, eu até tentei ver no cinema e não consegui. realmente a solidão da criança dói. e concordo, quantas vivem assim pq os pais precisam trabalhar muito.
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