quarta-feira, 19 de abril de 2023

O Rapto do Serralho

Assisti a ópera O Rapto do Serralho de Mozart no Theatro São Pedro. Que montagem impecável! Que espetáculo completo, bonito, bem tocado, bem cantado, cenários lindos e funcionais, figurinos elegantes. A direção musical foi de Claudio Cruz a frente da Orquestra do Theatro São Pedro. A divertida direção cênica foi de Jorge Takla. Os lindíssimos cenários são do Nicolas Boni. Os figurinos são de Fábio Namatame. Ótimos cantores, Jean William, Raquel Paulin, Ludmila Bauerfeld e Daniel Umbelino. A música é maravilhosa!

Fotos de Heloisa Bortz

Junta-se ao time de excelentes cantores o baixo Luiz-Ottavio Faria. Todos tem árias enormes, complexas, é uma ópera de fôlego, pra grandes intérpretes como os que essa montagem mostrou. O engraçado libreto é de Johann Gottlieb Stephanie Der Jüngere. Ótimo texto de apresentação de Camila Fresca. É engraçado não só porque é uma comédia, mas porque tem umas partes tão inverossímeis em qualquer tempo, que não há como não se divertir.

O Paxá é o principal, tudo acontece por ele, por causa dele, pelas ações dele, mas apesar de ser uma ópera, ele não canta e foi interpretado por Fred Silveira. Hoje nós diríamos só novela mesmo e na época deveriam dizer, só ópera mesmo, o paxá respeitar a raptada e só consumará o ato quando ela o amar. Imagine, um homem de um harém, que raptou pessoas ser bonzinho assim. Bem surreal. O final então é mais engraçado ainda porque ele perdoa tudo, não mata ninguém, não obriga ninguém e ainda deixa ir. 

Beijos,
Pedrita

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