Eu vi pouco dos primeiros, via algumas matérias, trechos, um ou outro pedaço de um programa, mas ver direto só uns anos depois. Bam Bam foi o primeiro vencedor e continua insuportável. Ele tem aquele ranço que as pessoas tinham no passado de achar que a maioria some depois, que poucos "deram certo", o que significa que é estar na mídia, sendo que alguém conseguir viver dignamente, ou mudar a vida financeiramente com a administração financeira do prêmio é ter dado certo. Arrogante comentou que só ele, a Sabrina Sato e a Grazi Massafera é que chegaram em algum lugar depois. Primeiro o erro de achar que se a pessoa não fica na mídia não deu certo, depois aquele olhar preconceituoso que existia no começo sobre ex-BBBs. Teve um tempo que a maioria temia ser ex-BBB. Hoje já mudou tanto, que é só mais um veículo para ter visibilidade. Agora inclusive já tem os Camorates, que são pessoas já dá mídia que participam. Eram meio a meio, mas pela preferência do público pelos Pipocas, agora são em menor número. Nessa foto está DG, Douglas Silva, já ator consagrado, que conseguiu um pouco mais de visibilidade e logo depois emplacou um personagem no ótimo Todas as Flores.
O documentário entrevistou os apresentadores, como o icônico Pedro Bial e lembraram as mudanças no tempo. 25 anos integram as inúmeras mudanças tecnológicas. Mostraram que pra votar as pessoas ligavam em telefone discado e nem falaram do alto custo de cada ligação. Imagino o susto dos pais na hora da conta. Amei todos os apresentadores. Tive resistência as mudanças, achava sempre que ninguém ia ser melhor ao que estava no ar, mas adorei Tiago Leifert e agora Tadeu Smith. Espero ansiosamente a vez da Ana Clara, uma ex-BBB que já comandou dois programas de realitys, um no Multishow e outro na Globo.Entrevistaram Boninho que pela primeira vez não estará na direção do programa. E também o criador internacional do modelo. Ele contou que ofereceu gratuitamente pra Holanda, que ao final ele já tinha inúmeros pedidos de vários países. O Brasil é um modelo de muito sucesso, nunca pararam de evoluir. De vez em quando um participante de um BBB internacional faz intercâmbio com o Brasil e vemos pedaços do programa e é apavorante a "casa", que é sempre um cenário tosco, tudo feio.
No Brasil aguardamos ansiosamente as imagens da casa. O BBB se inova a cada ano. Nesse Tadeu apresentava os participantes no Big Day em cada departamento da casa. Depois entraram influencers, jornalistas, fofoqueiros, então temos vídeos e vídeos da casa que está deslumbrante. O tema desse ano é em comemoração aos 60 anos da TV Globo. No passado era preciso assinar a peso de ouro o Pay Per View, termo que caiu em desuso. Agora a GloboPlay disponibiliza o programa em seu streaming então aumentou expressivamente quem assiste em tempo real o BBB.Eu adorei os painéis na área externa, tem o pantanal, o mar e a cidade. O BBB se inova a cada ano, nesse as turmas vão entrar em dupla, mas como o BBB aprende sempre com seus erros, em um momento eles vão se separar e concorrer individualmente. Algumas invenções vem de outros BBBs pelo mundo, mas boa parte das invenções vem da mente criativa dos próprios organizadores brasileiros. Agora tem o pavor das torcidas, a força da internet. A Globo está tentando o tempo todo impedir avalanche de votos, pode até votar inúmeras vezes, mas a contagem tem outros critérios, mas a gente reclama sempre todo ano. A gente é o público que eu me incluo, mas também o grupo de Whatsapp que participo há anos só pra falar de BBB, só é ativado nessa época.
O documentário não se furtou de falar de assuntos polêmicos, como a participação da Emily Araújo e a violência doméstica que sofreu na casa. O BBB na época demorou pra agir e o público, ainda não acostumado a essas pautas, demorou pra acolher a jovem. Também falou da Ariadna, a primeira trans que participou da casa e que infelizmente saiu na primeira semana, o fato mais temido para qualquer BBB, mas que nunca foi esquecida como normalmente acontece.Solange Vega teve também atualização histórica. Em sua participação ela sofreu racismo e o público não a acolheu, nem o programa. Tudo passou como desavença entre participantes, o que hoje não aconteceria. Sim, devagar, nós evoluímos. No começo só escolhiam brancos com raras exceções. Eram sempre jovens, lindos, modelos, profissionais de educação física. Aos poucos foram fazendo sorteio para o público entrar e foram misturando etnias, vários estados, inclusive de cidades pequenas do interior, multiplicidade de idades, pessoas com deficiência. Era comum só ter um único negro no grupo.
As profissões também foram mudando. Duas médicas já venceram Thelma Assis e Amanda Meirelles. Há regularmente professores e variação etária. Na pandemia mais velhos foram vetados por serem do grupo de risco, mas nessa edição que será em duplas, tem bem mais diversidade etária. As edições tem a cota agora de atletas olímpicos, paralímpicos. Os participantes são bem mais diversos.
No último episódio destacaram os vencedores, alguns com mais destaque como uns que amei Diego Alemão, Maria e Juliette. E pincelaram vários outros como a Mari, outra vencedora. Ela comprou várias casas na terra dela com o dinheiro do prêmio e uma escola para a filha que já se formou. Ela vive com um certo conforto porque soube ampliar o valor do prêmio e realizar os seus desejos. Mari inclusive foi uma que foi escolhida por sorteio em uma revista.
Beijos,
Pedrita
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