Começa com uma jovem atravessando Nova York até um restaurante. O estilo de filmagem é incrível. Ela passa por barco, trem, com um pequeno papel rasgado de um caderno, vai perguntando sobre o endereço. Quando chega são corredores e corredores, um verdadeiro labirinto, até a sala da entrevista. Ela conhece o protagonista, Pedro, interpretado maravilhosamente por Raúl Briones. Ele é um complexo cozinheiro. Visceral, violento, é também sensível. Ele é apaixonado por uma garçonete de Rooney Mara. Ela está grávida e decidiu abortar. Ele não quer porque quer a criança. O filme todo dói na alma. Vidas sem perspectivas, exploradas, exaustas. Os textos são inacreditáveis!
A maioria no filme é de imigrantes. Se fosse hoje o restaurante deixaria de existir com as deportações. É uma infinidade de idiomas e nacionalidades. Pessoas exploradas, maltratadas, humilhadas, enganadas, para aumentar o desempenho. Promessas mentirosas, são tantos desrespeitos que é revoltante. Que filme! Tinha tempo que não via um filme tão contundente sobre imigração. Cada um faz o seu trabalho extenuante, fala pouco, mas esse pouco é sempre muito, sempre doloroso. O filme já levou vários prêmios.
Beijos,
Pedrita
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