segunda-feira, 24 de março de 2008

Pequena Miss Sunshine

Assisti Pequena Miss Sunshine (2006) de Jonathan Dayton e Valerie Faris no Telecine Premium. Sempre quis ver esse filme pelos elogios que recebeu e é uma graça! Minha mãe não gostou muito. Fala muito da infelicidade das pessoas, do desentendimento entre elas, da falta de diálogos, de solidão e da falta de sonhos na vida das pessoas. Muitos parecem sonhar em Pequena Miss Sunshine, mas é mais um delírio, sem bases reais, delírios de sonhadores sem análises de objetivos. Até mesmo o pai da família busca na auto-ajuda e nas respostas "fáceis" uma solução para o seu fracasso, mas não pensa em procurar um emprego e ajudar sua esposa no sustento da família. Acredita realmente que os seus delírios de soluções fáceis irão torná-lo, naquela altura da vida, um vencedor em um piscar de olhos. Típica fórmula fácil de resultado nulo do mundo moderno e do estilo de vida do americano.

O que mais me surpreendeu é que a criança é a única mais lúcida dentro daquilo tudo. Ela é criança, apesar da maioria das meninas do concurso que ela vai participar não serem mais. Ela vive a realidade clara de uma criança, os raciocínios típicos de uma menina que não atropela a infância, que não se torna uma aberração de adulto antes do tempo. E a atriz Abigail Breslin é realmente muito fofa.
O elenco é muito bom, Paul Dano está muito bem, já tinha gostado muito desse ator em Sangue Negro. Gosto bastante também de Steve Carell. Outros são: Toni Collette, Greg Kinnear e Alan Arkin.

Adorei que eles viajam em uma kombi e tive momentos de saudosismo. Meu pai tinha uma, verde clara, o nome dela era Paulistinha, e fizemos várias viagens nela com a família. Era muito divertido!

No final fica claro o quanto a família era desconectada e como viviam cada um em seus processos. Eles nem tinham idéia do que o avô tinha escolhido para a menina dançar tal o distanciamento e a alienação de todos.

Pequena Miss Sunshine ganhou 2 Oscars, Melhor Ator Coadjuvante (Alan Arkin) e Melhor Roteiro Original. 4 prêmios no Independent Spirit Awards, Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Alan Arkin) e Melhor Roteiro de Estréia. 2 prêmios no BAFTA de Melhor Ator Coadjuvante (Alan Arkin) e Melhor Roteiro Original. César de Melhor Filme Estrangeiro. Prêmio do Público, no Festival de San Sebastián. Prêmio Especial, no Festival de Deauville, Prêmio do Público, no Festival de Estocolmo e os prêmios de Melhor Diretor, Melhor Atriz (Abigail Breslin) e do Público, no Festival de Tóquio.

Música do post e do filme: DeVotchKa - The Winner Is


DeVotchKa - The Wi...




Beijos,
Pedrita

9 comentários:

  1. Que pena! Não consegui assistir. Fica para a próxima.
    (posso entender porque a mãe não gostou :)))).
    Denise

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  2. Pedrita, não gostei do filme. Achei morno, não me empolgou. Mas gostei muito do avô e da cena da apresentação do concurso. Ótima a cena que coloca toda a hipocrisia deste tipo de concurso.

    Beijos

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  3. Na verdade a história também não me agradou muito, por isso não tive interesse de ver esse filme quando ele passou por aqui... Bem, estou de volta, sobrevivi! Beijos!

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  4. Aaaah, o Nando pegou esse filme! Huuummm... E eu sempre quis ver desde que eu vi no Oscar.

    Parece ser bacana. É agora que me deu mais vontade de ver!

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  5. Oi Pedrita.

    Não consegui assistir esse filme no cinema mas peguei em dvd.
    Adorei !!!
    Muito legal a cena da apresentação no concurso.

    Bjs.
    Elvira

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  6. dê, não posso contar do que a mãe não gostei, depois que vc ver eu comento hehe.

    patry, elvira e tati, eu gostei bastante.

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  7. Há tempos que eu queria ver esse filme e finalmente consegui!!! Adorei!

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  8. Tá vendo? Este filme eu assisti, gostei muito, queria comentar e acabei esquecendo. Aliás, o tempo anda curto para elaborar as postagens... :( Mas que bom que v. colocou ele aqui! Bjos.

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  9. camila é ótimo mesmo

    ed, aguardo o seu post

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