4:44 - Último Dia na Terra

Assisti 4:44 - O Último Dia na Terra (2011) de Abel Ferrara no Max. Eu olhava de manhã na grade de programação do controle remoto o que ia passar no dia. Vi no  Max* esse nome e achei estranho. O Max sem o * até passa mais filmes pipoca, mas no Max* são mais filmes fora do grande circuito, então pensei no que um filme sobre o fim do mundo fazia naquela programação e fui ver detalhes. Assim que vi que o diretor é o Abel Ferrara que eu amo, me programei pra ver. É absolutamente incrível! E claro, fiquei péssima, já que esse diretor é excelente e sabe ir além do esperado e dos limites.

Também é com um ator que eu amo que é o Willem Dafoe. Antes do filme começar passou entrevistas com o diretor e com o elenco. A atriz do filme Shanyn Leigh é esposa do diretor, linda e talentosa. Os dois são um casal e vivem as últimas horas da existência na terra que acabará às 4:44. A camada de ozônio está no fim e a terra irá acabar com hora marcada. Ela prefere ficar trabalhando, é pintora, ele é parecido comigo, angustiado em ter informações mantém a televisão e o computador ligados, se comunica com vizinhos, sai às ruas pra visitar amigos. Fala ao telefone em vídeo com as pessoas. 

Ela não aguenta mais tanta matéria na televisão sobre o assunto. Religiosos tentam explicar o depois, 3 milhões de pessoas no Vaticano esperam a última benção do Papa, cientistas tentam explicar o que acontece. Nos telefones amigos fazem a última festa. Em meio a esses conflitos o casal discute e é só nesse momento que a esposa resolve ligar para mãe, não pela despedida, mas para resolver a questão com o marido, como se uma reconciliação fizesse algum sentido no fim do mundo. Enquanto pinta ela gosta de colocar os seus vestidos, lindos vestidos, ela troca de roupa várias vezes, ele continua sempre com a mesma roupa. O filme é praticamente só com o casal, mas alguns outros atores aparecem: Selena Gomes, Paul Hip, Pat Kiernan, Anita Pallenberg, Dierda McDowell e Trung Nguyen.  4:44 - O Último Dia na Terra é incrível, dificílimo, mas transcende. 

Beijos,

Pedrita