quarta-feira, 26 de julho de 2023

Dias Felizes

Assisti Dias Felizes de Samuel Beckett no Teatro Cacilda Becker. A ótima direção é de Cesar Ribeiro. Adoro esse teatro e queria muito ver esse espetáculo contundente. Cheio de metáforas, a peça aborda vários temas complexos como relacionamento, passagem do tempo, solidão, apagamento social.

Foto de Bob Souza

Uma mulher só movimenta a parte de cima do corpo. Ela mal vê onde o marido está. Às vezes, depois de muita insistência, ele aparece. Ela lembra do passado, em fragmentos. Ela é a incrível Lavínia Pannunzio e contracena com outro grande ator, o Hélio Cícero, mas a peça é praticamente o tempo todo só ela e seus monólogos, já que solitária, só tem a escolha de falar consigo mesma.

Fotos de João Maria

O texto é longo e em dois atos. A segunda parte é desesperadora, ela se afundou mais, só sobrou a cabeça. O ótimo cenário é de J. C. Serroni. A iluminação de Domingos Quintiliano é igualmente um personagem. Adorei os ratinhos e as cabeças fantasmagóricas. Eu que amo fantasminhas. É o último fim de semana do espetáculo.

Beijos,
Pedrita

14 comentários:

  1. Dica maravilhosa, minha amiga Pedrita. Luiz Gomes.

    viagenspelobrasilerio.blogspot.com

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  2. Deve ser desconfortável e ao mesmo tempo necessário esse roteiro que fala sobre invisibilidade e solidão entre pessoas.

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  3. Parece ser bem do tipo que me prende, rsrs. Os temas abordados - com certeza - são do meu interesse.

    Beijo

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  4. Oi Pedrita. Passando para te desejar um bom final de semana. Filme com detalhes expresso aqui. Bjsss querida. NalPontes

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  5. Acompanhar tua vida cultural é muito gostoso! Uma pessoa que sempre está vendo coisas interessantes e instigantes! Li há um tempo atrás o Samuel Beckett e sempre quero ler mais dele, o problema é que ele tem uma tendência a produzir coisas absolutamente desalentadoras hahah e eu tô rindo, mas é de nervoso...

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    1. pandora, obrigada. os textos do beckett são incríveis mesmo. sim, ele não é nada otimista.

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Cultura é vida!