terça-feira, 25 de julho de 2023

A Febre

Assisti A Febre (2019) de Maya Da-Rin . Primeiro eu gravei do Canal Brasil que fez uma Mostra Meio Ambiente, só que logo sumiu então fiquei sem ver a metade. Aí como está na Netflix, agora consegui finalizar. É um belo filme sobre solidão e silêncios e ganhou vários prêmios como o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno.

O protagonista mora na cidade. Regis Myrupu está incrível. Ele tem um trabalho burocrático e monótono de vigilância de containers. Ele mora afastado da cidade com a filha em uma simpática casa com quintal. Ela, Rosa Peixoto) é enfermeira e consegue uma bolsa para cursar medicina em Brasília. Lindo como ele elogia e diz que se é importante ela tem que ir. Mas aos poucos o corpo dele vai mostrando a preocupação. Ele passa a ter dificuldade pra dormir e volte e meia surge uma febre que os exames não dão nada.
Ele tem uma relação muito ruim no trabalho que é praticamente solitário. Com o cansaço das noites mal dormidas, ele pesca um pouco no trabalho. A forma grosseira como o RH fala com ele chega a ser constrangedor. E ele passa a ter uma relação ruim com o funcionário que troca turno com ele. Mas ele não fala nada, está sempre em silêncio, são as pessoas que falam barbaridades pra ele que é muito, mas muito educado e de poucas palavras.
Lindo que é o irmão (Edimildo Vaz) que percebe o que está acontecendo. Ele e a esposa visitam os dois para tirar documentos e é nas conversas e nos silêncios, que ele entende o que acontece. É um lindo filme!

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Pedrita, parece ser muito interessante!
    Beijinhos sorridentes!
    💝💛💝MegyMaia

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  2. Um filme sobre solidão e silêncios. Acredito que seja fascinante de ver
    .
    Cumprimentos poéticos
    .

    .

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  3. Amo obras assim, que tratam de temas sutis, sentimentos ou ações poderosos, porém, imperceptíveis para os que estão em volta.

    Beijo

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    1. marly, sim, há uma dificuldade da sociedade atual de compreender quem fala pouco.

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  4. Fiquei muito curiosa pra assistir!
    Deve ser complexo e cheio de camadas sutis.
    Sempre achei que as pessoas que são mais discretas tem muito a dizer.
    Talvez um dos grandes problemas da atualidade é que as pessoas não disponibilizam tempo ou acessibilidade para ouvir o próximo.
    Levo a indicação.

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    1. luli, exato, como se o fato da pessoa "saber se expressar" a tornasse mais produtiva.

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Cultura é vida!