A questão não é tanto o terror e sim o debate sobre maternidade que vai em lugares inacreditáveis. Fiquei em choque, mas muito pensativa. Sim, o filme é antiético, amoral, ilegal, mas exatamente pelo fato de ir em lugares profundos, é que seu debate passa a ser tão relevante. Uma mãe exausta descobre a filha febril, deixa com a vizinha. Ela é enfermeira, ocupadíssima, tem que atender sistematicamente o celular, até que o celular estraga e ela fica sem contato. Bem tarde, depois de atravessar exausta em ônibus a cidade, ela fica sabendo que a filha foi ao hospital. Quando chega a filha já está morta. Por ser meningite bacteriana, ela não pode ver a filha. Como enfermeira ela tenta ter acesso a filha pra ver a menina mais uma vez. São tantas culpas, mas tantas, que não cabiam no meu peito.
Em paralelo tem uma médica legista. Antiética, amoral e pesquisadora, ela faz em casa experimentos horrendos com quem morreu revivendo-os. Bom, já imaginaram como ela se conecta a mãe. Ela leva a menina pra casa dela e a mãe acaba descobrindo. As duas passam então a viver para manter a menina viva. As ações pra isso ser possível são absurdas. A pesquisadora é meio lunática, o filho dela é a pesquisa. A enfermeira, por ser da área do cuidado, passa a cuidar da pesquisadora. Regula alimentação dela, horários de todos os procedimentos que elas realizam no apartamento. O material de divulgação tenta colocar como assustador a parte de terror, mas o que mais assusta no filme são as ações das duas pra alcançar os resultados. As duas estão inacreditáveis, Judy Reyes e Marin Ireland. A menina é A.J. Lister. E ainda Breeda Woool.Eu fiquei pensando pra onde o filme iria, não conseguia imaginar que desfecho a autora escolheria. Fiquei em choque, consegue ir mais ainda na loucura, desconcertante. Que filme profundo!
Great blog
ResponderExcluirEsse tipo de filme, eu passo. Não curto filmes de terror.
ResponderExcluirbeijos
lulu, esse é mais sobre maternidade. mas é muito indigesto. só pra quem tem coragem mesmo. mas um roteiro inacreditável sobre maternidade.
ExcluirO que me prenderia a um filme desse é a, digamos, intuição, de que alguns dos procedimentos (reanimação, 'renascimento') possam vir a ser possíveis no futuro.
ResponderExcluirBeijo
marly, esse filme incomoda exatamente por ser possível. e pela questão de maternidade que segue por lugares insuportáveis. ótimo roteiro.
ExcluirAproveitando o pós operatório para ver filmes, muito filmes. Beijo,
ResponderExcluirliliane, aproveite.
ExcluirEsse filme é bastante complexo.
ResponderExcluirA doutora muito louca.
É um terror real que dá medo demais.
Bioética, doenças mentais e maternidade são temas que deveriam ser MUITO discutidos e analisados de modo sincero e franco SEM julgamento.
São muitas as nuances e camadas.
luli, sim, a médica vive em outra dimensão, maluca total. e sim, dá medo demais pq é muito próximo da realidade. sim, a ciência tem muitas pirações, mas pelo marketing é vendido como ótima solução.
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