terça-feira, 1 de outubro de 2019

Drone

Assisti Drone (2017) de Jason Bourque no TelecinePlay. Impactante! Não tinha ideia que encontraria um filme tão complexo. O cartaz no Telecine não dá a mínima ideia do que vamos nos deparar. É um filme lento, reflexivo, profundo.

O filme começa no Paquistão, uma família toma café, o marido se despede para ir ao trabalho, quando chega no carro uma bomba cai em cima dele, do carro. Segue então para uma bela casa, com uma família. Interessante como colocaram. Eu até achei que era uma casa em Israel, mas depois vi que era nos Estados Unidos. Uma família aparentemente harmoniosa, com vida confortável e feliz. O marido carinhoso com a insegurança da esposa no espelho. Ele é interpretado por Sean Bean e ela por Mary McCormack. Os dois preocupados com a dificuldade de diálogo com o filho adolescente (Maxwell Haynes). E cada um segue para o seu dia e vemos que essa harmonia não é bem assim, muito pelo contrário.
O marido trabalha em uma cabine, ele acompanha alvos como um vídeo game, quando vê a possibilidade de enviar um míssil e matar o alvo. Ele faz isso confortavelmente da cabine nos EUA. Envia um míssil em um alvo no Paquistão e o mata. O filho que ele tem dificuldade de diálogo está muito triste, ele era o único que visitava o avô que acaba de falecer. Descobrimos que o pai e o irmão mal iam na casa de repouso onde o idoso vivia. A mãe está tentando um relacionamento extra conjugal.

Um homem aparece na casa (Patrick Sabongui) e começa a desmoronar a falsa harmonia familiar. Confronta esse pai dizendo que ele é um criminoso, ele não se sente assim, já que envia mísseis há quilômetros de distância, só vê um vídeo game, decide a vida de pessoas por um controle remoto. Esse pai não se considera um assassino. Ele diz que é profissional de TI. Ele é um terceirizado, é pago só pra seguir o alvo e determinar o momento de enviar um míssil. É o famoso cumpridor de ordens, só aperta um botão, não procura saber qual é o motivo de matar aquela pessoa. Descobrimos inclusive que não se preocupa se há civis no momento da explosão. Não se envolve na guerra, não se sente responsável por aquela ou aquelas mortes. Drone é um filme lento e reflexivo.

Beijos,
Pedrita

8 comentários:

  1. Eu fiquei curioso com seu texto, que lembra um pouco um filme com Ethan Hawke chamado "Máxima Precisão", também sobre um piloto de drones.

    Bjs

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    1. hugo, anotei a sua dica. acho que vai gostar de drone.

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  2. Não curto muito esse tipo de filme.
    big beijos

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    1. lulu, se é de aventura q não gosta, eu tb, raramente vejo, mas esse filme é drama. acho q iria gostar. não parece nada com o q parece. nem com o trailer. é bem lento inclusive.

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  3. Fiquei curiosa com esse filme.
    Realmente provoca reflexão, até que ponto pessoas que cumprem ordens são responsáveis por assassinatos?
    Se pensar que fosse enviar esse drone para um local onde fica a família dele, não enviaria né non?
    Mas como se trata da família e de vidas de outras pessoas então não há ética?
    Levo a indicação quero assistir.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    1. luli, o paquistanês confronta o protagonista. diz q ele é criminoso. faz ele entender o q faz, é muito interessante e triste. o cumpridor de ordens nao se preocupa em saber qual o motivo de matar o alvo. o q levou as pessoas a decidirem matá-lo. só envia o míssil e pronto. e nem tenta saber se atingiu civis na ação.

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