quarta-feira, 8 de maio de 2019

Mare Nostrum

Assisti Mare Nostrum (2018) de Ricardo Elias no Canal Brasil. Como eu queria ver esse filme. Tinha visto uma matéria e ficado muito curiosa com o roteiro. Adoro todo o elenco. Começa com dois homens indo a um terreno na praia pra negociar a compra, eles são interpretados por Ailton Graça e Edson Kameda. Um pai queria montar uma peixaria. Chove muito, então as famílias ficaram no carro, em cada carro um garoto, percebemos que os dois tem praticamente a mesma idade.

Pula para os dias de hoje, no aeroporto, os dois garotos agora são homens, e estão fracassados. Silvio Guindane faz o jornalista esportivo, adoro esse ator, estava com bastante trabalho na Espanha, mas veio a crise e voltou ao Brasil quebrado. A história do japonês é igualmente triste, ele é interpretado por Ricardo Oshiro. Ele vem do Japão, tudo o que guardou do trabalho no Japão investiu em uma casa no país, veio o tsunami e perdeu tudo, voltou com a esposa e só com a roupa do corpo. Ela decide ir embora e deixar o marido. E aí volta a trama do terreno. O pai do rapaz morreu, os IPTUs do terreno estão atrasados demais, ele resolve vender pra pagar os IPTUs e poder lançar seu livro sobre um jogador esquecido que pesquisa há anos.

A filha está sem aulas porque o pai não conseguiu pagar a escola. Confesso que não entendi como a mãe deixou chegar a esse ponto. O pai não vinha conseguindo pagar a mensalidade desde o ano anterior porque estava sem trabalho, e a mãe não coloca a filha em uma escola pública. Clara intolerância a dificuldade dos outros. Sim, a mãe podia ter raiva da indefinição financeira do marido, mas não faz sentido prejudicar a filha. A menina está incrível interpretada por Lívia Santos. A avó por Teka Romualdo. O amigo do pai que ajuda na questão do terreno é interpretado por Carlos Meceni. César Melo faz o editor de uma revista esportiva. Alguns atores fazem participações: Naruna Costa e Vera Mancini.
O filme é bastante pessimista. Talvez alguém ache que o lado mágico do terreno dê alguma esperança, mas no fundo tudo continua com muita desilusão. A irmã do japonês ficou cuidando do pai doente e da peixaria que está lotada de dívidas. O jornalista não consegue emprego na crise e vive com a mãe que tem uma pequena aposentadoria. Gostei da solução não ser mágica, os dois até conseguem sair da embrulhada que suas famílias estão, mas a vida deles continua difícil. Vai passar também no Telecine.
 
Beijos,
Pedrita

8 comentários:

  1. Este filme parece ser interessante. Sendo a vida bastante desafiadora, eu gosto de ver como as pessoas em dificuldades e obrigadas a reconstruir a vida agem para superar os seus problemas.

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    1. marly, eles continuam com dificuldades mas mais administráveis.

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  2. Oi Amiga!!! Que saudade eu estava de você e do seu blog!!! Gostei da dica do filme vou assistir!!! Beijinhos

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  3. Olá Pedrita
    Gostei bastante da indicação.
    Gosto de histórias reais, possíveis e não romantizadas.
    Da probabilidade de apesar de "tudo continuar como antes" encontrar uma solução.
    Vida real x vida ideal.
    Gosto muito do Ailton Graça e do Silvio Guindane.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    1. luli, tb não gosto das histórias irreais. acho que vai gostar. vai passar no telecine esses dias.

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