Tancredo Neves está com dores abdominais, não quer ir ao hospital antes da posse. O médico Dr. Pinheiro da Rocha acha que é apendicite. Eu não sou médica, mas o pouco que lembro é que as dores de apendicite são absurdas. Tancredo Neves quer continuar driblando as dores com antibióticos e anti-inflamatórios. Pelo o que eu sei, as dores de apendicite são absurdas. Pra passar a dor a pessoa fica praticamente dopada. Tancredo Neves sente dores mas anda, treina discursos e aguenta vários dias assim. Mas enganos acontecem e se os enganos fossem corretamente corrigidos, talvez aqueles horrores não tivessem acontecido.
A posse seria em dois dias e o autor do livro acha que a pressa do próprio Tancredo e dos médicos foram determinantes pra tantos erros nessa cirurgia. Não, não era apendicite, o médico faz um diagnóstico precipitado, tira um pedaço. Isso estava correto, o problema é que na pressa não fechou corretamente o local onde esse pedaço foi tirado e é essa hemorragia que vai matar o presidente 39 dias depois porque ninguém, absolutamente ninguém, percebe a hemorragia até um pouco antes dele morrer. Mas outros erros sucederam nessa cirurgia pela pressa. O médico que operou fica feliz, fecha rapidamente e deixa a hemorragia, sai da sala todo saltitante pra contar a família. Fica lá outro médico fechando o local. O responsável pelo tubo da garganta resolve tirar antes da hora, o que estava fechando o abdômen pergunta porque a precipitação, e o médico diz que é o pro presidente acordar logo e estar melhor logo para a posse. Nessa precipitação o pulmão do presidente enche de água, o que adia ainda mais a recuperação, e agrava ainda mais o caso.
O presidente não melhora, convocam uma equipe de médicos pavões pra se juntar aos outros pavões já estabelecidos. Como Tancredo Neves ainda vomita muito e não come há dias, acham que é uma obstrução intestinal e fazem nova cirurgia, não é, não reparam a hemorragia de novo. Claro, o paciente não melhora e começa a perder muito sangue. Dr. Pinotti, o pavão mor, quer uma cintilografia, não entendi porque não fizeram isso antes da segunda cirurgia. O equipamento de cintilografia desse novo hospital nunca foi usado, o técnico mora em outra cidade, resolvem trazer Tancredo Neves pra São Paulo. O presidente está exausto, recebe bolsas e bolsas de sangue, está absurdamente fragilizado. É difícil convencê-lo da viagem, mas conseguem, é aí que as questões começam finalmente a se resolver. O exame em São Paulo aponta a hemorragia e o presidente é submetido há nova cirurgia, mas já estava muito, mas muito debilitado, fragilizado, pega duas infecções e acaba morrendo. Deve ter sido um filme de difícil realização, eu tive muita dificuldade em assistir porque dá muita revolta. Othon Bastos está incrível como Tancredo Neves, que cenas difíceis. Os médicos são só grandes atores: Leonardo Medeiros, Otávio Müller, Paulo Betti, Emiliano Queiroz, Leonardo Franco, Elcir de Souza e Pedro Brício.
O autor do livro disse que o mais difícil foi levantar sobre a família do Tancredo, que a parte médica era quase um documentário, todos os passos estavam nos documentos médicos, mas que sobre a família não tinham dados. Evitaram no filme de evidenciar muito a família. Esthér Góes faz a Risoleta. Os filhos são interpretados por Mário Hermeto e Luciana Braga. Emílio Dantas faz o jornalista do governo, responsável pelos boletins oficiais a imprensa.
Beijos,
Pedrita
Olá, tudo bem? Eu assisti ao filme e gostei. Ontem fui ao Teatro Eva Herz. Assisti Pousada Refúgio, de Leonardo Cortez c/ direção de Pedro Granato. Daniel Dottori, q vive o cunhado bipolar, sobressai no palco. A peça fala sobre a crise no Brasil (em todos os âmbitos), angústia, dinheiro q corrói "amizades" e cinismo. Bjs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirfabio, é muito bem realizado o filme.
ExcluirAcho que o surgimento de teorias conspiratórias, em casos ligados às mortes de políticos (como o Tancredo), se deve exatamente à existência de coisas não usuais, como hemorragias não percebida pela equipe médica que o assistiu.
ResponderExcluirmarly, nesse caso parece que foi a falta de informação. demoraram muito pra informar pq o presidente estava sendo internado. tentaram esconder inclusive. depois o jornalista oficial q passava os boletins nunca via o presidente.
ExcluirPor essa ocorrência histórica percebemos como somos enganados. Pela mídia e, pior, pelos profissionais da saúde.
ResponderExcluirheloísa, foi tudo muito assustador. acho que a mídia nesse caso ficou a margem da informação e consequentemente a população. tentaram abafar muito o q só impulsionou as especulações.
ExcluirEu vi esse filme, o Otton Bastos está perfeito.
ResponderExcluirbig beijos
lulu, está incrível mesmo. que filme difícil de atuar.
ExcluirQueria muito ter visto esse filme, Pedrita. Mas nao tive tempo. Verei ainda com certeza!
ResponderExcluirsérgio, como entrou na tv a cabo acabei vendo. acho q não conseguiria ver no cinema, é angustiante demais. na tv a cabo dá pra parar pra respirar e voltar e ver depois.
ExcluirOlá Pedrita
ResponderExcluirPuxa que triste :(
Já é horrível pensar em termos de incompetência e risco de morte, agora só porque ele era um político importante na transição do período e todos queriam aparecer como salvadores da pátria, chega a ser cruel.
Levo a indicação.
Ahhhhh sobre O Fantasma da Ópera, eu amooo seus comentários lá no bloguito viu?
Pode escrever o que quiser, sempre que quiser.
Nem considero visita, VC é de casa.
Sempre bem vinda.
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
luli, incomoda demais a disputa pela visibilidade q os médicos queriam "salvando" o presidente. depois q deu errado esconderam o q puderam os documentos do fracasso.
Excluirque bom q posso ir lá conversar tb.
Apesar de gostar de história não sei se teria interesse de assistir.
ResponderExcluirliliane, eu tinha curiosidade de conhecer detalhes. vc q gosta de séries médicas talvez goste.
ExcluirEu vi este filme. Eu gostei. Sou fã do Tancredo Neves e devThon Bastos...
ResponderExcluirisa, é muito jornalístico. sim, othon está incrível.
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