sábado, 5 de outubro de 2024

Brava Serena de Eduardo Krause

Terminei de ler Brava Serena (2018) de Eduardo Krause da Dublinense. Eu vou há anos na banca da editora na Festa do Livro da USP e Eduardo Krause foi um grande anfitrião vários anos. Agora ótimos outros vendedores estão no lugar dele. Na primeira vez fui buscar um livro José Luiz Peixoto. Ótimos vendedores, saí de lá com vários, e muitos entre os melhores livros que já li na vida como No Fundo do Poço de Buchi Emecheta. Eles viram que eu adoro obras de escritoras e a editora tem vário, me indicaram vários. Até que uns anos depois descobri que o livreiro tinha obras publicadas que eu ignorava sumariamente. Resolvi corrigir essa falta e descobri essa preciosidade.

O marcador de livro é parte de um calendário bem antigo e amarelado, com imagens de Roma, que alguém me enviou pelo correio.

E por que Marcello Mastroianni na capa e agora no pôster? Porque o personagem era a cara dele. Como ele dizia, o Mastroianni dos últimos filmes. O personagem se incomodava muito que as pessoas só lembravam sempre de um ou dois filmes com ele, sempre os mesmos. Escolhi I Girasoli de Victtorio de Sica, com outra grande e deslumbrante atriz, Sofia Loren, ainda Sofia, sem o atual Sophia. Entre meus filmes preferidos. Eu cantava a música ao piano, tocava depois também. O Mastroianni brasileiro viaja para Roma. Ele ainda é jovem, mas se considera um idoso com pouco mais de 70 anos. Ele quer reviver todos os locais que passou com sua linda e adorada esposa Alice, já falecida há décadas, mas isso vamos descobrindo aos poucos.

Roberto se hospeda em um prédio cheio de quartos onde moram as proprietárias Serena e sua mãe. É nas madrugadas que assiste o programa apresentado por Ambra Angiolini (foto), conhecida pela T´appartengo. Roberto e Serena ridicularizam a breguice da música que estou viciada. Experimentem também a versão de Ebbanesis. As duas tem no Spotify. Ambra era a cara da esposa de Roberto. Brava Serena é um livro sensorial. Parecia que eu andava com eles por Roma, pela Itália, pela gastronomia, pelos cinemas, filmes, música. O que não faltam são pratos e mais pratos de guloseimas, regados a muito vinho. É um livro de sensações, sentimentos e profundamente cinematográfico. Daria um belo filme ou série.
La Dolce Vita é um dos filmes que o protagonista não aguenta mais que mencionem. O livro é uma delícia! E profundamente surpreendente no final. Sim, eu já tinha ideia que ia para algum caminho parecido, mas jamais imaginei os desdobramentos, brilhante. É um delicioso livro pra ser levado como companheiro em viagens.

Espero que eu não frustre o autor com um texto tão simples com sua obra e com ilustrações bem diferentes das tradicionais obras de arte que ele tanto gosta.



Beijos,
Pedrita

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cultura é vida!