terça-feira, 11 de março de 2025

Nostalgia de Mircea Cărtărescu

Terminei de ler Nostalgia (1993) de Mircea Cãrtãrescu da Mundaréu. Esse escritor romeno vem sendo muito elogiado então em uma feira do livro comprei esse exemplar. Em um evento eu mostrei a uma amiga e o livro acabou ficando com ela que o leu e comentou que não era o tipo de livro que ela gosta. Eu também não vinha gostando da leitura, tanto que depois que ela me devolveu esqueci o livro pela casa. Achei recentemente e resolvi concluir a leitura. Continuo não me identificando com a obra. Belíssima capa!

O marcador de livros foi presente de uma amiga, é um pedaço da obra de Monet, Água Lilás.
Obra Flor (2024) de Pier Bertig

O texto é incrível, com um vocabulário fabuloso, deve ser maravilhoso ler no idioma original. São parágrafos enormes, repletos de descrições, detalhes. São várias histórias de crianças e adolescentes, com suas maldades. É muita perversão. Só são adultos os personagens no epílogo que é bem surreal.

 
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 10 de março de 2025

Venom

Assisti Venon (2018) de Ruben Fleischer na ClaroTV e na Universal. Estavam elogiando muito o último, resolvi ver o primeiro. Comecei pela ClaroTV, mas a qualidade de imagem estava muito ruim. Aí achei na Universal. Não veio valor, a Universal tem alguns filmes gratuitos, espero que esse seja assim. Eu quis ver principalmente porque gosto muito do Tom Hardy. O personagem vem dos HQs.
 

Um cientista, Riz Ahmed, tem alienígenas em seu laboratório. Tom Hardy é jornalista e vai entrevistá-lo. O cientista descobre que o alienígena precisa de hospedeiro pra sobreviver na Terra. Ele começa a testar escondido em humanos, a maioria morre. Ele faz o que muitos pensam sobre pessoas descartáveis, pegam indigentes sem comunicar as pessoas, eles simplesmente desaparecem. 

Dá pra imaginar que em algum momento o alienígena faz o jornalista de hospedeiro. E fica com ele já que há vários filmes na sequência. Eu gosto muito de filmes que falam de ciência. A ganância do empresário, realizar experimentos secretos, matar pessoas, indigentes, enfim, aborda uns temas urgentes.

Alguns outros do elenco são Michelle Williams, Melora Walters, Reid Scott e Jenny Slate.

Beijos,
Pedrita

domingo, 9 de março de 2025

Globo Repórter - Personalidades - Fernanda Torres

Assisti o Globo Repórter - Personalidades com Fernanda Torres na GloboPlay. Eu sou meio desligada com esse programa, não vejo mais comerciais, sempre zapeio, então só soube que era com a Fernanda Torres pelo blog De Olho nos Detalhes, só aí que fui procurar na GloboPlay. Nem sabia que existia esse quadro. O foco seria pra falar do maravilhoso filme Ainda Estou Aqui de Walter Salles e seus prêmios. Eu gosto demais da Sandra Annenberg, que talento!

O programa falou da carreira dessa atriz. Aos 12 ela já queria ser atriz e foi estudar no Tablado, uma das mais importantes escolas de teatro do país. Ela não gostou do curso para crianças e foi estudar na turma de adultos. Fernanda mostrou a Palma de Ouro que ganhou pelo maravilhoso Eu Sei Que Vou Te Amar, eu amo esse filme. Fernando comentou que esse nem é o seu preferido. Ela destacou vários que adora como o lindo e tão atual Terra Estrangeira, Saneamento Básico que também amo e não canso de rever trechos, o lindo Casa de Areia e o divertido Marvada Carne. Falou dos filmes, TV e peças. 

Pena que não falou de Orlando da Bia Lessa que amo tanto. Na foto ela contracenando com Júlia Lemmertz. Das peças que Fernanda destacou estava a icônica com sua mãe dirigida por Gerald Thomas que não vi. Mostraram vídeos inclusive.

Gostei que colocaram trechos da entrevista da Fernanda Montenegro que tinha feito ao vivo para a GloboNews quando Fernanda Torres ganhou Globo de Ouro por Melhor Atriz. Essa entrevista foi histórica e eu vi ao vivo. Deixaram a Fernanda Montenegro falar o tempo todo, muito tempo, sem interrupção, é poesia pura. Inclusive ela achou que era gravada e disse que eles podiam cortar o que quisessem. O bom da tv a cabo é que os programas são mais livres, então deixaram ela falar o tempo que quisesse. Algo tão raro em TV. No Globo Repórter escolheram alguns trechos e ainda terminaram lendo uma carta de Fernanda Montenegro sobre a filha e o prêmio, foi lindo.
Claro que o Globo Repórter falou do lado cômico da atriz. Luiz Fernando Guimarães também foi entrevistado e mostrou fotos da viagem dos dois. Ele contou que Fernanda Torres estava muito triste com uma separação, então ele a convidou para viajar. E foi lá que pensou nos dois atuando juntos e surgiu Os Normais

Andrea Beltrão falou de Tapas e Beijos. E Deborah Bloch da amizade desde o colégio. Claro, falaram ainda seu marido Andrucha Waddington, seu irmão Claudio Torres, Tony Ramos.
Reservaram um tempo para os memes. Já tinham mostrado o Carnaval de Fernanda Torres, as inúmeras fantasias, os drones montando o rosto dela. Ela amou e eu também os bonecos gigantes de Olinda. Foi um programa muito especial. 


 




Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 7 de março de 2025

Oddity

Assisti Oddity (2024) de Damian Mc Carthy no TelecinePlay. Que filme interessante! É de fantasminhas, é assustador, mas bem mais psicológico. Foi filmado na Irlanda.

O filme mostra uma casa de pedra isolada no meio do nada. Eu logo pensei: Quem iria morar em um lugar como aquele? Acho que o roteirista me ouviu porque o filme o tempo todo toca nesse assunto. Eu não sou nada fã de casas de pedra, acho-as frias, até mesmo castelos, nada aconchegantes. Uma mulher, Carolyn Bracken, está exatamente tentando fazer a casa mais confortável com madeiramento. O visual melhora muito, mas eu não ficaria naquela casa. Só um lugar o celular pega e ela avisa ao marido que vai dormir lá.
O marido, Gwilym Lee, é um psiquiatra e trabalha em um manicômio. Ele vive em plantões noturnos, a esposa fica muito sozinha à noite. 

Um paciente do marido e assustador, Tadhg Murphy, aparece na porta trancada da casa de pedra. Ela está ouvindo barulhos, ele diz que não é ele e que ela corre perigo. O filme segue no tempo. Descobrimos que ela foi brutalmente assassinada e que esse paciente foi condenado.

O tempo passa. O médico já está com outra mulher, Caroline Menton. A mulher morta tinha uma irmã gêmea cega que começa a infernizar o casal. Ela aparece do nada na casa de pedra, diz que é o dia da morte da irmã. Leva uma caixa e esse boneco apavorante. Ela é mística. O médico diz que não pode ficar na casa. A nova namorada também não, mas ela não consegue ir embora. A chave do carro some. E esse boneco começa a nos apavorar. Que filme assustador!

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 5 de março de 2025

The Dry

Assisti The Dry (2020) de Robert Connely no Max. É um filme australiano com o ótimo Eric Bana. O filme é baseado no livro policial de Jane Harper. Apesar dela ser uma escritora conhecida em livros policiais, o Brasil não tem edição em português. Uma pena porque queria muito ler.

O personagem do Eric Bana é um policial. Ele volta a sua cidade de origem porque seu amigo de adolescência foi assassinado ou se suicidou. Agora passa a ter spoilers. Ele é hostilizado no velório e enterro e vamos conhecendo a história. Eles eram quatro amigos. O amigo dele era o sedutor e ficava alternando as duas garotas. O outro gostava de uma que acaba morrendo afogada e ele é acusado de tê-la matado. O pai leva ele embora da cidade. Tudo isso vamos descobrindo aos poucos.
São plantações enormes enfrentando a maior seca. É isso, o ser humano vai acabando com as árvores pra fazer monoculturas, depois fica sem conseguir voltar a ter terra fértil porque seca tudo. A região está praticamente desértica. Tinha um rio onde eles nadavam na adolescência mas tudo secou. Agora nenhuma árvore vinga, mas eles não estão muito preocupados em começar o replantio de árvores. Se continuarem assim vai virar tudo deserto.
A cidade é muito violenta, muito ódio. Ele resolve ficar e tentar entender se o amigo se matou ou se o mataram. A música do filme é muito bonita. Vi que o filme terá uma continuação.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 3 de março de 2025

Oscar 2025

Nós ganhamos o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro para o maravilhoso Ainda Estou Aqui. Foi lindo!! O Brasil em clima de Copa do Mundo! Muita festa! Merecidíssimo!! O primeiro Oscar para o Brasil!

Foi Penélope Cruz que entregou o prêmio para Walter Salles que lembrou que o prêmio é pela Eunice Paiva, que teve seu marido desaparecido por militares na Ditadura Militar e ela teve que sustentar e criar seus filhos.
Eu adorei que Zoe Saldaña ganhou Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. O filme Emilia Perez é ela. Merecidíssimo! O filme que é um musical e tem ótima trilha. E ganhou Oscar de Melhor Canção para El Mal. As outras canções que concorriam eram tradicionais, foi muito bom ganhar uma com uma infinidade de ritmos e que desconcerta.

Duna 2 ganhou 2 Oscars, Efeitos Visuais e Melhor Som. Os outros prêmios não posso opinar porque não assisti aos outros filmes.

Eu também gosto de olhar os vestidos. Tanto que começo a ver no E! às 18h, até começar o Oscar na TNT às 21h. Dei uma olhada na TV Globo algumas vezes, mas fiquei mesmo na TNT. Dessa vez gravei o E! porque vi o BBB25. E foi ótimo, vou repetir outros anos, assim eu pulava a falação do canal e ia só no que me interessava. Desde que Fernanda Torres tem participado das premiações, a equipe tem escolhido roupas pensando na Eunice Paiva. Sempre mais sóbrios já que é o que o filme pede. No Oscar ela foi de Chanel. Sim, ficamos inconformados que Fernanda Torres não ganhou o Oscar de Melhor Atriz que merecia muito, mas ganhamos de Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.


Timothée Chalamet veste Givenchy. Hally Barry veste Christian Siriano. E Gal Gadot.

O meu vestido preferido foi da Felicity Jones da Armani.

Outra maravilhosa foi Lupita Nyong´o de Chanel.

Selena Gomez usou um Ralph Laurent inspirado nos anos 50. Essa foi uma tendência na noite. Outras atrizes vieram com modelos inspirados no passado.

Mindy Kalling.

Emma Stone veste Louis Vuitton.

Bruna Marquezine também esteve por lá com um vestido lindo da Versace. Ela usou outro vestido maravilhoso na festa da premiação depois.
Foi uma noite memorável! Tanta alegria que não cabia no peito. Viva o cinema brasileiro! Que os brasileiros respeitem e assistam mais o seu cinema.






Beijos,
Pedrita

domingo, 2 de março de 2025

Triângulo da Tristeza

Assisti Triângulo da Tristeza (2022) de Ruben Östlund no Max. Achei que esse filme era sobre cruzeiros, tem uma viagem em um grande iate, mas é sobre luta social. Ácido, com um humor desconcertante, o filme causa muito desconforto. O incômodo e as reflexões beiram a genialidade. O filme ganhou Palma de Ouro e é o mesmo diretor de outro filme desconcertante, The Square.

Começa com um casal muito, mas muito chato. Eles são modelos e ela ainda é influencer. Ela leva ele em um restaurante caríssimo e se faz de distraída quando a conta chega. São 20 minutos chatos dos dois discutindo sobre pagar a conta, quem ganha mais. Infantis para todo o sempre. Os dois são lindos Charlbi Dean e Harris Dickinson. Foi o último filme dessa atriz que morreu logo depois aos 32 anos. Ela não chegou a ver o lançamento do filme.

O filme segue para o cruzeiro. É um iate, grande, pra milionários. O casal conta que foi convidado, que é permuta porque ela é influencer. Em geral, lugares convidam gente jovem e bonita para colorir. Boa parte dos milionários são mais velhos, então é bom ter jovens no local. Os ricos são insuportáveis, os textos são desconfortáveis. O comandante (Woody Harrelson) não sai do quarto. Uma hóspede quer que todos os trabalhadores usem a piscina e caiam no tobogã. É uma fila de funcionários caindo no tobogã. É tudo muito irônico. Alguns outros do elenco são Vicki Berlin, Zlatko Burik, Jean-Christophe Folly, Sunnyi Mellis, Carolina Gynning e Iris Berben.
O iate é atacado e eles vão parar em uma ilha. É quando as relações se invertem. A funcionária invisível (Dolly de Leon) é a única que sabe pescar, fazer fogueira, então ela se determina comandante. O filme é muito inteligente. Mas não é um filme fácil de assistir. O final fica em aberto. Muito inteligente o final!

Beijos,
Pedrita