quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retrospectiva 3 - 2010 - Televisão

From Mata Hari e 007
Marion sugeriu que eu fizesse uma Retrospectiva 2010 bem caprichada! Resolvi seguir o conselho dela, então pra caber dividi em mais de um post, são três posts. Estava na dúvida se faria uma retrospectiva esse ano, foram muitos eventos maravilhosos, vai ser difícil separar alguns, mas achei que deveria continuar a tradição. Foi um ano de muita diversificação de eventos.Vou dividir os tópicos para caber o que eu destaco de mais incrível que vi em 2010! Foi o ano que vi várias mini-séries. Vou começar com elas porque foram as primeiras em televisão que comentei nesse blog. Na TV Globo vi a impecável Dalva e Herivelto. Adriana Esteves e Fábio Assunção estavam excelentes.

From Mata Hari e 007
Adorei JK de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira. Que produção, que mini-série longa e bem cuidada!


From Mata Hari e 007
Adorei O Tempo e o Vento baseado na obra de Érico Veríssimo. Inclusive comprei os livros iniciais, peguei outros emprestados e vou ler. Glória Pires e Tarcísio Meira estão maravilhosos! Pena que o DVD excluiu um dos episódios.

From Mata Hari e 007
Amei a novela Poder Paralelo de Lauro César Muniz na TV Record. Elenco incrível com atores que adoro Gabriel Braga Nunes, Marcelo Serrado, Miriam Freeland, Paloma Duarte, Tuca Andrada, Lu Grimaldi, Gracindo Jr. Texto tenso, gostei muito!

From Mata Hari e 007
Também adorei Cama de Gato de Ducha Rachid e Thelma Guedes que vi na TV Globo. Camila Pitanga estava majestosa! Incrível elenco, ótima edição, agilidade, trama intrincada, muito boa! 



From Mata Hari e 007
Um maravilhoso 2011 pra vcs!
Beijos,
Pedrita

Retrospectiva 2 - 2010 - Dança, Exposição e Cinema

From Mata Hari e 007
Em dança vi o maravilhoso Jardim Noturno da Cia. Maurício de Oliveira e Siameses! Esse espetáculo foi tão incrível que ganhou dois importantes prêmios, Melhor Intérprete para Marina Salgado na APCA e Melhor Espetáculo de Dança pelos críticos da Folha de S.Paulo.

From Mata Hari e 007
Em exposição vi a maravilhosa Expedição Langsdorff no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo.


From Mata Hari e 007
Esse ano fui pouco ao cinema. Destaque para o incrível Quincas Berro D´Água baseado na obra de Jorge Amado dirigido por Sérgio Amado com excelente elenco!


From Mata Hari e 007
Vai ser difícil escolher os filmes que vi na tv a cabo em DVD, acabei vendo muitos bons filmes e vários que sempre quis ver como O Pagador de Promessas baseado na peça de Dias Gomes e dirigido por Anselmo Duarte. Vou começar a relação pelos filmes que vi no começo do ano pra cá.


From Mata Hari e 007
Amei Foi Apenas Um Sonho do Sam Mendes que perdi nos cinemas e me redimi na tv a cabo. É com dois atores que adoro, Kate Winslet e Leonardo Di Caprio.
From Mata Hari e 007
Adorei Coraline que também perdi nos cinemas!
From Mata Hari e 007
Outro que me redimi da ausência nos cinemas foi Tempos de Paz de Daniel Filho, Dan Stulbach e Tony Ramos arrasam!

From Mata Hari e 007
Amo David Lynch e pude ver Império dos Sonhos. Fantástico! Desse diretor vi ainda o delicado e triste História Real.
From Mata Hari e 007
E que descoberta maravilhosa que foi Lua de Papel de Peter Gogranovich.
From Mata Hari e 007
Outro filme que foi uma pena não ter visto nos cinemas foi o poético e triste Mutum da Sandra Kogut.

From Mata Hari e 007
E claro, pra finalizar, o majestoso O Homem do Trem do genial Patrice Leconte.

Retrospectiva 1 - 2010 - Música, Teatro e Literatura!

From Mata Hari e 007
Em música o destaque vai para o belíssimo recital da Maria João Pires com Pavel Gomziakov na Sala São Paulo, foi absolutamente inesquecível. Essa pianista é maravilhosa.

From Mata Hari e 007
Foi um ano que fui bastante a Sala São Paulo, como há muitos espaços culturais em São Paulo, acabo dividindo mais as minhas idas ao teatro. Outro evento musical que foi absolutamente inesquecível foi o Concerto da Paz no dia 11 de setembro da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), sob regência da excelente maestrina Ligia Amadio, que homenageava ainda o grande compositor Samuel Barber que vergonhosamente eu não conhecia as suas obras. Foi belíssima a interpretação de Adélia Issa para a obra Knoxville: summer of 1915 para voz e orquestra.

From Mata Hari e 007
O teatro teve uma presença muito forte esse ano. Foram várias peças simplesmente maravilhosas! Absolutamente incrível o espetáculo Mulheres que Bebem Vodka do mexicano Victor Hugo Ráscon Banda, direção da ótima Lígia Cortez, que vi no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Texto genial, ótimo elenco em interpretação primorosa!

From Mata Hari e 007
Inesquecível o belíssimo espetáculo Adorável Desgraçada com o texto maravilhoso da brasileira Leilah Assumpção e a esplêndida interpretação da Débora Duartevi no teatro Cultura Artísitca Itaim. Os cenários eram da incrível Bia Lessa. 
From Mata Hari e 007
Ainda nesse teatro vi o belíssimo As Meninas com texto de Maitê Proença, que poesia triste e delicado. Esses três espetáculos eu vi com a minha mãe.

From Mata Hari e 007
Na Funarte vi o incrível A Mulher Que Ri de Yara Novaes, com texto impactante do húngaro Móricz Zsig-mond.

From Mata Hari e 007
Foi difícil escolher em literatura o que quero destacar, foram muitos livros maravilhosos esse ano! Nem lembrava que A Noiva Escura de Laura Restrepo eu tinha lido em 2010, esse livro colombiano é simplesmente maravilhoso! Emprestei para a minha irmã que também amou! Ela igualmente não conhecia essa autora.


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From Mata Hari e 007
Em seguida eu li o maravilhoso O Anjo Silencioso do alemão Henrich Böll que ganhou Prêmio Nobel! Esse foi minha irmã que me emprestou.

From Mata Hari e 007
Amei Tocaia Grande do Jorge Amado! Eu adoro esse autor e com essa obra não foi diferente!

From Mata Hari e 007
Foi o ano que descobri Georges Bernanos e o incluí entre os meus autores preferidos, sensacional o Diário do Pároco de Aldeia. Os comentários sobre esse livro com o Rodrigo Gurgel culminaram no presente que ele me deu do livro abaixo:

From Mata Hari e 007
Thèrese Desqueyroux de François Mauriac, outro livro simplesmente maravilhoso!

From Mata Hari e 007
Devorei e amei Moll Flanders de Daniel Defoe. Tanto esse como o Diário do Pároco de Aldeia estavam aqui fazia um bom tempo, tinha comprado os dois em sebos há anos. Foi bom descobrí-los!

From Mata Hari e 007
Fazia tempo que minha irmã comentava sobre esse livro e essa autora chinesa, Cisnes Selvagens de Jung Chang! Ela me emprestou e eu entendi porquê, esse livro é simplesmente maravilhoso! Quero ler agora a biografia do Mao que essa autora escreveu.

From Mata Hari e 007
Para finalizar os livros destaco o maravilhoso O Sol se Põe em São Paulo do Bernardo Carvalho! Estava em débito com esse autor, nunca tinha lido nada dele e foi uma surpresa maravilhosa!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Queime Depois de Ler

Assisti Queime Depois de Ler (2008) dos Irmãos Coen no Telecine Premium. Queria muito ver esse filme e não tinha conseguido ver no cinema, nem quando estreou no Telecine. É genial! Com muito humor negro, esse suspense nos deixa muito apreensivos. Começa com o personagem do John Malkovich sendo transferido de cargo, sendo rebaixado mais precisamente na CIA. Ele fica revoltado e pede demissão. A mulher dele só reclama, eles até que tem uma vida confortável. A mulher é interpretada pela Tilda Swinton, que está belíssima! O elenco é todo estrelado.

Tudo no filme poderia ser uma questão de espionagem e confidencial, mas no fundo tudo é sobre questões pessoais e financeiras. Todos querem se dar bem. Além do dinheiro a estética também é almejada. Enquanto todos acham que há segredos a ser revelados, os segredos são afetivos e não políticos.


Todo o elenco é e está incrível. Brad Pitt está ótimo como o garoto academia, hilário. Frances McDormand como a mulher que quer arrumar um caso. George Clooney como um ninfomaníaco. O dono da academia é interpretado por Richard Jenkins e escritora de livros infantis por Elizabeth Marvel. Todos são frustrados ou mal resolvidos. 





Beijos, 

Pedrita

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pai Contra Mãe

Li o conto Pai Contra Mãe (1906) de Machado de Assis. Esse autor é sempre incrível. O texto é todo subliminar, muitas palavras, muita ironia e tristeza. É sobre um homem que gosta sempre de novos desafios, novos trabalhos, mas como sempre tem pressa, aprende os ofícios tudo com pressa e tudo fica mal acabado. Ele começa a ganhar um pouco melhor quando passa a ser caçador de escravos fugidos. Vive bem uns anos, se casa, a mulher fica grávida, mas aí há maior concorrência, outros caçadores melhores e as dificuldades reaparecem.



Beijos,

Pedrita

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Homem do Trem

Assisti O Homem do Trem (2002) do Patrice Leconte em DVD na casa da minha irmã. Eu amo esse diretor, tento sempre que dá ver seus filmes no cinema. Esse nem sabia da existência e fiquei esfuziante quando vi entre os DVDs da minha irmã e me programei pra ver. É a história de dois homens, um cheio de aventuras e outra pacata e regrada. Os dois já mais velhos, o pacato um pouco mais, desejam viver a vida do outro. O nome no Brasil é inacreditável de tão ruim: Uma Passagem Para a Vida. O filme é todo em tom azulado, belíssimo! Logo no início já vemos a beleza da filmagem do Leconte, além do tom azulado acompanhamos o andar desse forasteiro chegando na pacata cidade, ele entra e atravessa um prédio, enquanto nós estamos mais longe e acompanhamos a caminhada do lado de fora.

Os dois atores estão impressionantes: Jean Rochefort e Johnny Hallyday. Minha irmã disse que viu com o marido e eles gostaram tanto que passaram uns dois dias comentando, lembrando cenas e redescrobrindo o filme. Realmente é isso, são cenas tão impactantes e impressionantes, um filme majestoso. Esse forasteiro chega na cidade, um senhor oferece um copo d´água, os dois começam a travar relações. A casa desse senhor é antiga, mal conservada e com muitos móveis antigos. Lembrei o que uma amiga que mora na França comentou, na Europa eles gostam de móveis minimalistas, estão cansados dos móveis antigos, enquanto nós, que temos pouco essa tradição, achamos fascinantes.

O senhor é um professor de poesia, o outro um forasteiro. O professor ama o casaco de couro do forasteiro e o forasteiro sonha em ter pantufas. Tudo é milimétrico, perfeito e inteligente. Adorei o senhor fazendo aqueles quebra-cabeças enormes, deu saudade, acho q vou montar um aqui. O Homem do Trem ganhou vários prêmios como Melhor Filme e Melhor Ator para Jean Rochefort no Festival de Veneza.







Adorei que o post de Natal tenha sido com esse maravilhoso filme! Um maravilhoso Natal a todos vocês! Vejam que minha gata veio cumprimentá-los nesse post também!



Beijos,


Pedrita

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Triste Fim de Policarpo Quaresma

Terminei de ler Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) de Lima Barreto. Comprei daquela Coleção Folha Grandes Escritores Brasileiros, não a dessa belíssima capa, é um livro fácil e barato de achar em sebos. Esse livro é da série "Todo Mundo Leu Menos Você". O 007 inclusive brincou que até ele leu. Gostei demais, eu tinha adorado o filme com o Paulo José fazendo o Policarpo Quaresma e não foi diferente  com o livro. Logo no início me identifiquei. Policarpo Quaresma fica amigo de um violeiro, resolve aprender violão e os vizinhos não se conformam como o Quaresma pode se misturar com essa gente. Hoje muita gente ainda acha que quem toca violão é vagabundo, não presta e pior, não trabalha. Se for violino não, mas violão!

Obra Serenata (1925) de Di Cavalcanti

Triste Fim de Policarpo Quaresma é dividido em partes e foi escrito inicialmente para um folhetim. É muito triste e irônico. Incrível como é atual! É um livro triste e desiludido! Policarpo Quaresma tenta a vida na agricultura, claro que ele não tem conhecimentos, mas mesmo assim ele consegue um pequeno lucro que é todo perdido depois com a cobrança de impostos. A história da Ismênia é muito triste!

Obra Estudo de Quatro Cabeças de Artur Timóteo da Costa

Trechos de Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto:

“Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze da tarde.”

“Se não tinha amigos na redondeza, não tinha inimigos, e a única desafeição que merecera fora a do doutor Segadas, um clínico afamado no lugar, que não podia admitir que Quaresma tivesse livros: “Se não era formado, para quê? Pedantismo!”

“Mas não foi preciso pôr a carta; a vizinhança concluiu logo que o major aprendia a tocar violão. Mas que coisa? Um homem tão sério metido nessas malandragens?”  






Beijos,

Pedrita