quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Olho de Gato de Margaret Atwood

Terminei de ler Olho de Gato (1988) de Margaret Atwood da Marco Zero. Uma amiga que me presenteou com o livro. Apesar do marcador de livros ser de gatinhos, presenteado por outro amigo, o olho de gato refere-se a uma bolinha de gude muito famosa no passado. Inclusive a capa da Leda Catunda tem uma bola de gude olho de gato no desenho, mas tá coberto pelo marcador.

A protagonista é a Elaine. Ela vai abrir uma exposição com seus trabalhos e lembra de sua história. Na infância ela e o irmão jogavam bolinhas de gude. Ele guardava as mais raras e bonitas em vidros e enterrava. Os dois não jogavam as bonitas que conquistavam, só as comuns. Ela conseguiu uma bolina de gude de olho de gato e guardava como amuleto.

Obra Primavera Azul (1960) de Joyce Wieland

O texto contundente da Margaret Atwood aparece em vários momentos. Assustador o que a protagonista passa com suas colegas da escola quando é pequena. Incompreensível ou não ela voltar a ficar amiga de uma delas mais tarde em outra escola. O texto, subliminarmente, mostra o silêncio de todos, dos pais das crianças, mesmo da mãe dela, que percebiam que algo muito grave acontecia, mas fingiam não ver ao ponto de quase uma criança ser morta. E de quanto o ódio que tinham dela vinha do preconceito de seus próprios pais. O silêncio que mata. 
Elaine fala dos seus quadros, de como os pinta, no início do livro a autora diz que os quadros não existem, mas cita os artistas que se inspirou para descrevê-los. Um artista é desse quadro, Joyce Wieland.

Outra mencionada é Lenore Atwood. Elaine pinta várias naturezas mortas.
O livro é bastante extenso, passa por toda a vida da Elaine até a exposição quando ela é mais velha. Fala de seus casamentos, das aulas de pinturas, de seus envolvimentos amorosos, um pouco de seu irmão que ficou cientista e bem pouco dos filhos.

Que vocês tenham uma boa passagem de ano com muito cuidado. Que venha 2021, que eu espero que seja mais esperançoso.

Beijos,

Pedrita

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

The Little Stranger

Assisti The Little Stranger (2018) de Lenny Abrahamson na Netflix. Eu procurava um filme pra distrair, não estão sendo dias fáceis e achei essa preciosidade. Achei que era filme de fantasminha e resolvi ver. Que filme psicológico e profundo. É todo nas entrelinhas. É baseado no livro de Sara Waters que quero muito ler.

Um médico começa a ajudar uma família decadente. Aos poucos ele conta que na infância esteve dentro daquela casa uma única vez, que ele era o filho da empregada. Ele é interpretado brilhantemente por Domhnall Gleeson. Charlotte Rampling faz a dona da casa. Sua filha é interpretada por Ruth Wilson.
Há ainda um outro irmão, que esteve na guerra, interpretado por Will Poulter. A empregada é interpretada por Liv Hill.
As duas crianças do passado são interpretadas por Oliver Zetterström e Tipper Seifert-Cleveland. A mansão também um importante personagem.

Beijos,
Pedrita

sábado, 26 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020

Vai ser uma Retrospectiva 2020 peculiar, esquisita mesmo.

Livros:

Eu achei que leria mais livros, mas foi a mesma média dos outros anos, mais ou menos um livro por mês.

Os preferidos foram:

Em Nome dos Pais de Matheus Leitão
Os Bebês de Auschwitz de Wendy Holden
Não Pode Morar nos Olhos de um Gato de Ana Margarida de Carvalho
No Fundo do Poço de Buchi Emecheta

 

Teatro:

Só vi uma peça presencialmente. A belíssima Alma Despejada com a incrível Irene Ravache.

Exposição:

Exposição também foi uma só, Leonardo Da Vinci - 500 Anos de Um Gênio. Lembro que no táxi comentávamos que essa doença ia chegar ao Brasil.

Dança:

Dança tem outra retrospectiva esquisita. Só vi um único espetáculo, quando já não deveria mais sair, me arrisquei muito. Um pouco depois tudo foi fechado.



Já na proteção da minha casa, participei da incrível experiência de Amor de Quarentena. O projeto fez tanto sucesso que continua com outros participantes.

Música:

Sem eventos presenciais, me deliciei com CDs e Spotify, esse a Retrospectiva está aqui.

CD Vozes Mulheres com Adélia Issa, soprano e Rosana Civile, piano.

Os dois estão disponíveis nas plataformas digitais.

Mas foi a televisão, com seus filmes e séries que mais me acompanhou nesse ano difícil.

Séries:

Todas falo da primeira temporada.


Cinema:

Em cinema vou ser injusta com alguns, foram muitos, mas muitos filmes inesquecíveis:




Quando tudo isso passar eu quero dançar!
















Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Emma

Assisti Emma (2020) de Autumn de Wilde no TelecinePlay. Esse filme foi muito elogiado e gostei muito do livro da Jane Austen que comentei aqui. Emma é uma moça arrogante, mimada, insuportável e muito, mas muito rica. A autora é sempre muito mordaz em mostrar as perversas regras sociais da época. Se você não gostou da Emma, lembrem-se, a autora fez a Emma pra nós a odiarmos, ela é insuportável e arrogante.

Sem ter o que fazer, já que tudo é feito por empregados, ela resolve se meter na vida afetiva das pessoas. Ela não faz nada, até se vestir fazem por ela. Acho que se na época dissessem que ricos não poderiam comer com as próprias mãos, os empregados dariam comida na boca. Diferente de muitas mulheres da época, ela pode dar-se ao luxo de ficar solteira. Riquíssima, com vida confortável, ela pode ficar solteira. Seu pai é interpretado por Bill Nighy.

O que ela faz com a suposta melhor amiga é abominável. Ela acha o partido da amiga mais pobre que ela, então tenta arrumar outro casamento e desestrutura mais ainda a amiga sem personalidade. Anya-Taylor Joy está excelente! A amiga é interpretada por Mia Goth. Alguns outros do elenco são: Josh O´Connor, Johnny Flynn, Gemma Whelan, Amber Anderson, Miranda Hart, Rupert Graves, Callum Turner, Connor Swindells e Tanya Reynolds.
A direção de arte é de tirar o fôlego. É um filme deslumbrante! Lindíssimas locações, belíssimos figurinos, e uma fotografia primorosa.

 

Beijos,

Pedrita

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Juntos a Magia Acontece

Assisti ao especial de Natal Juntos a Magia Acontece (2019) de Cleissa Regina Martins na TV Globo. A direção é de Maria de Médicis. É reprise do ano passado, da outra vez não vi mas ouvi os elogios. E como é lindo. É promocional da Coca-Cola, mas tão, tão lindo. É Natal, a personagem da Zezé Motta está arrumando a árvore e morre. É sutil e delicado!

O personagem do Milton Gonçalves fica viúvo e vai morar com a família da filha interpretada pela Camila Pitanga. O marido dela está desempregado, outro ator que adoro, Luciano Quirino. O casal tem uma filha, que atriz linda e talentosa, Gabriely Motta. Chega então para o Natal o filho que está afastado, Fabrício Boliveira. Todos tem pequenas desavenças. Até mesmo a menina está com desentendimentos com os amigos porque ela ainda acredita em Papai Noel.
O avô quer arrumar trabalho de Papai Noel pra ajudar a família, mas não consegue porque é negro. É uma história tão linda, tão cheia de significados e bem realista. A menina consegue cartinhas pro Papai Noel mas aparecem muito mais do que a família daria conta.
Uma loja ajuda bastante, os vizinhos ajudam como podem mais um tantinho, é muito lindo. E sim, juntos somos mais fortes. Em tempos tão difíceis, é bom entender que todos nós precisamos uns dos outros, que cada um pode dar o que pode. Também é bonito porque fala da compreensão pelo outro, pelas dificuldades do outro, entender que cada um tem um caminho, e que ficar brigando pelas escolhas dos outros só nos magoa e nos enfraquece. Uma aula de tolerância, amor e empatia.

Vários atores fazem participações: Tony Tornado, Alice Wegmann, Francisco Cuoco, Zezé Polessa e Aracy Balabanian

Esse então fica a postagem de Natal. Em tempos difíceis, eu desejo mesmo é que vocês se protejam ao máximo e se possível só se encontrem virtualmente. Se cuidem.

Beijos, 
Pedrita

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Alita: Anjo de Combate

Assisti Alita: Anjo de Combate (2019) de Robert Rodriguez no TelecinePlay. É baseado nos quadrinhos do japonês Yukito Kishiro, adoro quadrinhos e filmes baseados neles. Eu queria um filme com cara de fim de semana, estou vendo no modo arrastado vários filmes que continuo insistindo em terminar, mas não estava afim de ver no fim de semana e fiz essa boa escolha. O 007 disse que foi muito mal de bilheteria e que talvez não tivesse uma continuação, uma pena porque eu gostei muito. 

Me apaixonei pela Alita e pelos personagens, só grandes atores. Alita é interpretada por Rosa SalazarChristoph Waltz é um médico, ele pega peças nos ferros velhos e conserta robôs e humanos com as peças. Até que ele acha Alita. Bem pra frente do filme descobrimos que ela é um modelo em extinção. É mais um filme que mostra que a maioria vive um cidades insalubres e só alguns privilegiados vivem na cidade suspensa que nós não conhecemos. Exatamente como nós vivemos, embora falsamente na mesma cidade. Uns com direito a tudo e os outros no salve-se quem puder. O 007 disse que eu vou ter que esperar bastante pra ver a cidade, já que deve aparecer na continuação.

Outra médica que serve ao mal é interpretada pela maravilhosa Jennifer Connelly. O mal da cidade suspensa comanda o personagem de Mahershala Ali. Infelizmente esses dois personagens não estarão na continuação. Alguns outros do elenco são: Ed Skrein, Idara Victor, Kean Johnson, Jorge Lendeborgh Jr. e Jeff Fahey.
Eu fiquei muito preocupada que as cenas de Rollerball iam tomar o filme todo, mas são muito rápidas e bem feitas. Nem dá tempo de se irritar com elas. 


Beijos,
Pedrita