A protagonista é a Elaine. Ela vai abrir uma exposição com seus trabalhos e lembra de sua história. Na infância ela e o irmão jogavam bolinhas de gude. Ele guardava as mais raras e bonitas em vidros e enterrava. Os dois não jogavam as bonitas que conquistavam, só as comuns. Ela conseguiu uma bolina de gude de olho de gato e guardava como amuleto.
O texto contundente da Margaret Atwood aparece em vários momentos. Assustador o que a protagonista passa com suas colegas da escola quando é pequena. Incompreensível ou não ela voltar a ficar amiga de uma delas mais tarde em outra escola. O texto, subliminarmente, mostra o silêncio de todos, dos pais das crianças, mesmo da mãe dela, que percebiam que algo muito grave acontecia, mas fingiam não ver ao ponto de quase uma criança ser morta. E de quanto o ódio que tinham dela vinha do preconceito de seus próprios pais. O silêncio que mata.
Elaine fala dos seus quadros, de como os pinta, no início do livro a autora diz que os quadros não existem, mas cita os artistas que se inspirou para descrevê-los. Um artista é desse quadro, Joyce Wieland.
Outra mencionada é Lenore Atwood. Elaine pinta várias naturezas mortas.
O livro é bastante extenso, passa por toda a vida da Elaine até a exposição quando ela é mais velha. Fala de seus casamentos, das aulas de pinturas, de seus envolvimentos amorosos, um pouco de seu irmão que ficou cientista e bem pouco dos filhos.
Que vocês tenham uma boa passagem de ano com muito cuidado. Que venha 2021, que eu espero que seja mais esperançoso.
Beijos,
Pedrita